Importante e cheia de polêmicas…
Essa é a Oi, uma das maiores companhias de telecomunicações do Brasil!
Neste artigo, vamos falar mais das ações OIBR3 e da empresa por trás delas, além da história de suas recuperações judiciais e sucessivas quedas – além da esperança de muitos investidores de que ela dê a volta por cima!
Confira!
O que é a Oi?
A Oi é uma grande empresa de telecomunicações que oferece serviços de banda larga, TV por assinatura, transmissão de voz local e de longa distância.
Criada em 1998, a partir do processo de privatização do sistema Telebrás (assim como a Telefônica Brasil), a Oi começou a operar em 64% do país prestando seus serviços que só cresceram em importância desde então.
Em 2008, a companhia lançou o serviço de telefonia móvel no estado de São Paulo e, em 2009, comprou a Brasil Telecom, passando a atuar neste ramo em todo o território nacional.
A Oi tem uma fama grande por ter enfrentado duas recuperações judiciais, em 2016 e 2023, devido a dívidas significativas. O plano mais recente, aprovado em abril de 2024, envolveu reestruturação de dívidas e entrada de novos acionistas.
Essa situação dividiu investidores, entre aqueles que acreditam em uma reviravolta da companhia que poderia render muito, e aqueles que acreditam que ela nunca mais vai se recuperar de sua queda de 99,99% desde os tempos dourados:
A questão é que a companhia segue de pé, e, atualmente, a Oi concentra seus esforços na expansão da internet de fibra óptica e no atendimento ao mercado corporativo, buscando se consolidar como uma provedora de soluções digitais completas no Brasil e “virar o jogo”.
O que a Oi faz?
A Oi, como mencionado, oferece os serviços de banda larga, TV por assinatura, transmissão de voz local e de longa distância.
A companhia é a operadora com maior capilaridade de rede de fibra, com mais de 400 mil quilômetros, o que garante sua presença em todo o território nacional, mesmo em áreas remotas.
Além disso, o recente plano de expansão da capilaridade de fibra da Oi tem possibilitado o crescimento das ofertas de “fibra até a casa” para mais de 10,5 milhões de unidades, levando serviços de ultra banda larga e de voz e TV para residências em mais de 2.300 cidades.
Além de serviços de telecomunicações para os mercados varejo e corporativo, a Oi oferece soluções de TI inovadoras, hospedadas em nuvem, para empresas de todos os portes. Isso inclui Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), IoT (Internet das Coisas), Big Data & Analytics, Cibersegurança e outros.
A companhia também comercializa serviços e infraestrutura de telecomunicações para as demais operadoras, tendo como objetivo se posicionar como principal provedor nacional de rede neutra e facilitador da infraestrutura 5G no Brasil.
Quanto a Oi lucra?
No primeiro trimestre de 2025, a Oi, apesar de estar em recuperação judicial, apresentou lucro líquido de R$ 1,67 bilhão, revertendo prejuízo de R$ 2,78 bilhões no mesmo período de 2024.
Essa diferença é explicada principalmente pela venda da operação de banda larga para a V.tal em fevereiro, que gerou ganho de R$ 3,7 bilhões. A Oi também contou com redução da despesa financeira devido a efeitos cambiais.
O Ebitda da companhia no mesmo período ficou em R$ 3,26 bilhões, contra resultado negativo de R$ 204 milhões um ano antes. Sem contar essa venda, o Ebitda ficou negativo em R$ 433 milhões, representando piora de 158%.
A receita líquida da Oi também merece ser mencionada: totalizou R$ 1,43 bilhão, retração de 34,3%, influenciada pela perda da receita com o negócio de banda larga, bem como pela alienação da operação de televisão por assinatura.
Ou seja, a Oi conseguiu lucro no primeiro trimestre de 2025, mas ele vem de fontes não recorrentes, e ajustes profundos no negócio seguem necessários.
Como investir na Oi?
A Oi possui dois tipos de ações negociadas na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, a OIBR3 (ordinária, que dá direito a voto) e a OIBR4 (preferencial, que dá preferência no recebimento de dividendos, mas não confere direito de voto).
Estima-se que mais de 1,6 milhão de brasileiros tenha ações da Oi em carteira.
O que está acontecendo com as ações da Oi (OIBR3)?
As ações OIBR3 estão valendo R$ 0,65 cada no momento em que este artigo é escrito. Elas caíram um total de 89,24% no último ano, e tiveram a máxima de R$ 6,62 e a mínima de R$ 0,46 no período.
Já as ações OIBR4, as preferenciais da Oi com muito menos liquidez do que as ordinárias, estão sendo vendidas por R$ 7,74 cada. Elas caíram 56,52% no ano anterior à escrita deste artigo, e chegaram à máxima de R$ 18,30 e à mínima de R$ 5,65 no período.
Ao longo de 2024e do começo de 2025, as ações da Oi caíram fortemente por quatro principais motivos:
- Diluição acionária após aumento de capital, que reduziu o valor das ações em circulação
- Prejuízo elevado, com perdas de R$ 2,9 bilhões no 4º trimestre de 2024
- Queda na receita e dificuldades operacionais, especialmente no setor de fibra óptica
- Decisões controversas, como a proposta de pagar R$ 199 milhões a executivos mesmo com a empresa em crise
Esses fatores abalaram a confiança dos investidores e derrubaram o preço dos papéis.
A Oi (OIBR3) paga dividendos?
Não, a Oi não paga dividendos no momento.
A última vez que a companhia distribuiu dividendos foi em 2013, quando as ações ordinárias e preferenciais pagaram cerca de R$ 81,54 cada (22,59% de dividend yield para as ordinárias e 22,72% para as preferenciais)
Por que a Oi (OIBR3) caiu tanto?
A Oi passou por uma combinação de decisões estratégicas equivocadas, endividamento excessivo e fatores externos desfavoráveis ao longo dos anos.
A empresa adotou uma estratégia agressiva de expansão, realizando aquisições como a da Brasil Telecom em 2008 e da Portugal Telecom em 2013, que aumentaram significativamente sua dívida sem trazer os retornos esperados.
Além disso, a Oi enfrentou problemas operacionais e regulatórios, como a queda da receita com telefonia fixa e multas da Anatel por descumprimento de metas. A pandemia agravou ainda mais sua situação, elevando despesas e reduzindo a base de clientes.
A valorização do dólar, os juros altos e a inflação também pesaram negativamente.
Essa situação levou a dois processos de recuperação judicial na história recente da companhia, e a desconfiança do mercado sobre o futuro da Oi é o que causou essas quedas.
O primeiro processo de RJ, iniciado em 2016, foi o maior já registrado no Brasil até então, com dívidas superiores a R$ 65 bilhões. A empresa enfrentava dificuldades causadas por má gestão, alto endividamento e perda de competitividade.
Durante esse processo, a Oi vendeu diversos ativos – como torres, imóveis e sua operação móvel – para pagar dívidas e reestruturar suas operações.
Esse plano foi encerrado oficialmente em dezembro de 2022. No entanto, em março de 2023, a Oi entrou novamente em recuperação judicial, desta vez com dívidas estimadas em R$ 29 bilhões, alegando dificuldades para cumprir obrigações assumidas no plano anterior.
Em abril de 2024, a Justiça aprovou um novo plano que prevê o alongamento de prazos de pagamento, entrada de novos acionistas e reestruturação do foco da empresa, agora concentrado na oferta de internet por fibra óptica e soluções digitais.
É possível a Oi (OIBR3) se recuperar?
Como você pode ver, as ações da Oi (OIBR3) enfrentam um cenário desafiador, mas alguns investidores acreditam em sua recuperação, por alguns motivos…
Primeiramente, em abril de 2024, a Oi teve seu novo plano de recuperação judicial para reestruturar uma dívida de R$ 44,3 bilhões aprovado. Esse plano inclui a conversão de parte das dívidas em participação acionária, permitindo que credores assumam até 80% do capital social da empresa.
Além disso, está prevista a entrada de novos recursos por meio de um aumento de capital de R$ 1,3 bilhão, com a participação de fundos como PIMCO, SC Lowy e Ashmore.
A Oi também está focada na venda de ativos não essenciais para fortalecer sua posição financeira. Em setembro de 2024, a V.tal apresentou uma proposta de R$ 5,6 bilhões pela carteira de clientes de fibra óptica da ClientCo, subsidiária da Oi.
Ou seja, existem iniciativas para a reestruturação financeira e operacional da Oi, mas a recuperação sustentável de suas ações dependerá da execução eficaz dessas estratégias e da resposta positiva do mercado a essas mudanças.
Vale a pena investir na Oi (OIBR3)?
Será que vale a pena comprar ações da Oi hoje? A empresa vai se recuperar e os papéis OIBR3 vão disparar?
Alguns investidores escolhem suas ações desse jeito, mas não recomendamos que você faça assim.
Para saber se as ações da Oi fazem sentido na sua carteira, é preciso antes entender seu perfil de investidor, seus objetivos, prazos e tolerância ao risco.
Quer descobrir se a OIBR3 é uma boa escolha para você? Fale com um assessor da Faz Capital!
Você pode fazer isso preenchendo o formulário abaixo!
Esperamos que este artigo tenha ajudado você a entender mais sobre essa folclórica empresa da Bolsa brasileira, e nos vemos no próximo!