IPO

IPO: o que é e como investir

 

IPO significa Initial Public Offering. No Brasil, a sigla em inglês costuma ser traduzida como Oferta Pública Inicial. É, portanto, o nome dado ao processo de abertura de capital de uma empresa na Bolsa de Valores.

Nesse momento, a empresa transforma o seu caráter de “limitada” (Ltda.), em que conta com dois ou mais sócios, para “sociedade anônima” (S/A), com suas ações listadas e vendidas na Bolsa de Valores. Em geral, o IPO funciona como uma forma de captar mais recursos para organizações em crescimento.

Mas como esse processo acontece? Quais os critérios para uma empresa abrir o seu capital? Como saber em qual empresa vale a pena investir? Vamos explicar tudo isso a partir de agora.

 

Como funciona o IPO?

Para poder negociar os seus papéis na Bolsa de Valores, uma empresa precisa fazer uma Oferta Pública Inicial. Ou seja, precisa alterar ao menos parte da propriedade do negócio. Assim, a empresa muda a sua composição societária para permitir a entrada de investidores externos. 

Abrir o capital é um processo longo, que pode demorar mais de um ano. Após um período de planejamento e auditoria externa das finanças, a empresa precisa cumprir uma série de procedimentos burocráticos. O primeiro deles é pedir o registro de companhia aberta à Comissão de Valores Imobiliários, o grande xerife do mercado de capitais.

Para fazer o IPO e ter suas ações negociadas na Bolsa de Valores, a empresa precisa atender aos requisitos da instrução 361 da Comissão. Solicitar a listagem na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, é outro procedimento importante. 

Após cumprir todos os trâmites burocráticos, então a empresa chega ao IPO em si: a abertura ao público, a primeira negociação de ações da empresa na bolsa de valores. A partir de então, a empresa pode receber investimentos externos, sejam eles de investidores minoritários ou de investidores institucionais, como os fundos de investimento.

 

Quais são os tipos de IPO?

Há dois tipos de IPO: as ofertas primárias e as ofertas secundárias. A classificação depende da origem dos papéis e do destino dado aos recursos levantados. 

  • Ofertas Primárias

Ocorrem sempre que a empresa emite ações e as lança no mercado. A primeira dessas ações é o IPO tradicional. Porém, também existe o follow-on primário. É quando a empresa emite novas ações após a estreia na bolsa de valores. Dessa forma, ela aumenta a base de acionistas.

  • Ofertas Secundárias

Ocorrem quando um sócio opta por vender sua participação na empresa no mercado financeiro. Essa ação aumenta o número de ativos daquela empresa disponíveis na bolsa. Nessa modalidade, no entanto, o retorno da venda desses ativos vai direto para o ex-sócio e não para o caixa da organização.

 

Por que as empresas fazem IPOs? 

A realização de um IPO costuma ter valor estratégico para uma empresa. O processo pode ser uma boa opção para organizações que precisam investir em infraestrutura. Serve também para empresas que desejam expandir os negócios sem recorrer a bancos ou crédito a partir de projetos governamentais.

O interesse interno a respeito da troca de controle acionário da empresa é outra motivação comum para abrir o capital. Nesse caso, a oferta pública permite que um determinado acionista compre ações o suficiente para se tornar majoritário. O IPO pode beneficiar também donos e fundadores que dedicaram anos de vida ao desenvolvimento da empresa. Com a venda de ações, eles podem obter o retorno do investimento.

 

Além disso, o IPO ainda apresenta outras vantagens para empresas:

– Há possibilidade de ampliar a área de atuação ou a fatia do mercado da empresa. A expansão do negócio costuma aumentar também a relevância da organização para a sociedade; 

– O IPO permite que a empresa ofereça ​​ações de participação aos funcionários. Em geral, essa é uma iniciativa eficaz para a retenção de talentos e, portanto, para a otimização dos recursos empregados em capacitação;

– A lucratividade do negócio tem seu potencial aumentado, pois o capital é revertido diretamente para o caixa da empresa. Ao contrário de empréstimos, não é necessário devolver qualquer valor aos investidores.

Que tipo de empresa deve fazer um IPO?

Em geral, as empresas que decidem fazer um IPO já estão em um estágio de desenvolvimento avançado. Em primeiro lugar, é preciso ter as finanças do negócio em dia para ser elegível ao processo de abertura de capital. Isso envolve uma análise detalhada das contas da empresa, a qual deve gerar uma projeção positiva de crescimento do negócio.

O processo de aprovação do IPO na Comissão de Valores Imobiliários é bastante caro e pode ser bem demorado. Por isso, a empresa que se dispõe a tomar esse passo precisa de capital suficiente para se sustentar por essa jornada.

E, mesmo que a aplicação para o IPO seja concluída com sucesso, é preciso considerar a possibilidade de que as ações não sejam comercializadas conforme a expectativa da empresa. A organização deve considerar os riscos e as potenciais consequências do processo antes de se comprometer com ele.

Fazer um IPO exige muita maturidade nos negócios. A perda de liberdade na gestão da empresa, por exemplo, é um ponto crucial a ser estudado antes de abrir o capital. De certa forma, é por isso que a Bolsa de Valores brasileira reúne apenas 400 empresas. 

 

Vale a pena investir em IPOs?

São diversos os benefícios para as empresas. Mas quais são as vantagens que o IPO oferece ao investidor?  Ao analisar o desempenho positivo de grupos como Locaweb e Méliuz, por exemplo, participar de um IPO se torna mais atraente para o investidor. Porém, é preciso cuidado na hora de aplicar os seus recursos. 

Mesmo quem vê o IPO como a chance de se tornar sócio de uma empresa que admira para crescer junto com ela, deve ter cautela. É preciso considerar que, para o mercado financeiro, a empresa que abre o capital é considerada uma empresa nova. Como o regramento para o IPO exige apenas registros dos últimos três anos, não há informações de longo prazo sobre a performance da empresa. 

Investir em IPO não é indicado para quem deseja comprar ações baratas para revender com preço maior. Isso porque as empresas costumam abrir o capital no que consideram o seu melhor momento. Ou seja, quando a própria empresa está numa trajetória de valorização que garante ações a um bom preço.

De qualquer forma, a melhor mentalidade para quem deseja investir em IPO é a do investimento a longo prazo. A decisão deve ser feita caso a caso, levando em consideração o perfil do investidor, os seus objetivos e as análises de especialistas no mercado.

Os grandes IPOs da história brasileira


No Brasil, há diversos casos lucrativos de abertura de capital. Algumas empresas asseguraram centenas de milhões e até alguns bilhões de reais na estreia do IPO.

Os exemplos a seguir podem ser considerados marcos no mercado brasileiro de ações, mas não são indicações diretas de investimento, ok?

Santander: o banco está entre as maiores estreias da bolsa de valores brasileira. A abertura do capital ocorreu em 2009, com captação de R$ 13,1 bilhões.

– BB Seguridade: controlado pelo Banco do Brasil, tem diversos produtos relacionados a seguros. Chegou à bolsa em 2013, com captação superior a R$ 11,4 bilhões.

– Petz: a rede de pet shops foi a primeira do ramo a entrar na bolsa brasileira. O IPO realizado em 2020 teve captação de R$ 3 bilhões.

– Locaweb: também em 2020, a empresa de soluções digitais arrecadou R$ 1,03 bilhão no seu IPO.

– Multilaser: ainda no segmento de tecnologia, a empresa abriu o capital em 2021 com arrecadação de R$ 1,9 bilhão na estreia do IPO.

– Raízen: em 2021, outro destaque foi a companhia de biocombustíveis, a qual arrecadou R$ 6,9 bilhões na abertura de capital.

 

Agenda de IPOs para 2022

​​Ficou interessado em investir em IPOs? De fato, a abertura de capital é uma tendência em crescimento tanto entre empresas quanto entre investidores. Apenas entre 2020 e 2021, os IPOs movimentaram mais de R$ 180 bilhões.

Ainda em 2022 novas empresas devem entrar na bolsa de valores. Algumas das companhia mais conhecidas que já têm o processo de IPO protocolado na B3 são:

  • Privalia Brasil S.A.
  • CFL Inc. Pars.A.
  • Laboratório Teuto Brasileiro S.A.
  • Estok Comércio e Representações S.A. (Tok Stok)
  • Kalunga S.A.
  • Nadir Figueiredo S.A.
  • Dori Alimentos S.A.
  • Lupo S.A.

Então, fique atento para essas oportunidades e conte com a ajuda da Faz Capital para guiar os seus investimentos. Nossos assessores financeiros estão disponíveis para apontar os melhores caminhos no mercado financeiro.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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