Supermicro: a empresa de IA que vem crescendo mais do que a Nvidia

O boom da inteligência artificial não é segredo para ninguém. O que você talvez ainda não saiba é que a Supermicro vem crescendo mais do que a própria Nvidia, líder do segmento 

Enquanto o investimento no setor continua a crescer exponencialmente, alguns especialistas alertam para um possível estouro da “bolha”, como aconteceu durante o boom da internet. 

O fato é que grande parte dos analistas de mercado consideram que o impacto da revolução da IA pode ser ainda maior do que a revolução industrial e que vai se prolongar por muitos anos. 

Conheça a empresa de que você ainda vai ouvir muito falar 

A Supermicro projeta, desenvolve, fabrica e vende servidores baseados em arquitetura x86. As ofertas da empresa incluem: 

  • servidores em rack server e blade server systems,  
  • high-end workstations,  
  • storage server systems, 
  •  motherboards, 
  • chassis, 
  • componentes para servidores chamados Server Building Block Solutions. 

Fundada em 1993 pelo engenheiro e atual CEO Charles Liang, fica localizada em San Jose, Califórnia, e teve seu IPO em março de 2007.  

A companhia vem crescendo sua base de funcionários a cada ano, em suas operações nos Estados Unidos, Europa, e Ásia, contando com clientes em mais de 76 países. 

A Supermicro é considerada uma das principais fornecedoras de sistemas de servidores e armazenamento de alto desempenho. Os produtos de computação podem ser usados em centros de dados empresariais, computação em nuvem, inteligência artificial e 5G. A empresa também fornece serviços de suporte para instalar, atualizar e manter a infraestrutura de data center de seus clientes. 

Talvez a maior vantagem competitiva seja construir tecnologia de servidores do zero e projetar seu próprio chassi, placa-mãe e outros componentes. Isso permite que desenvolva uma solução personalizada para cada cliente, incorporando rapidamente novos designs. 

A Supermicro ainda oferece diversas opções de soluções de resfriamento líquido, que ajuda os clientes a reduzirem os custos operacionais em até 40%, em parte devido a menores despesas com ar condicionado, e também permite usar milhares de chips em conjunto. 

Diferenciais não faltam, não é mesmo? 

2023: o ano em que a Supermicro apareceu para o mundo 

A Supermicro aposta na IA há cerca de 20 anos, o que a posicionou para tirar o máximo de proveito desse interesse atual no setor. Mas o crescimento exponencial da cia no último ano também teve como causa a estreita relação com a Nvidia, uma gigante que não sai mais do radar dos investidores. 

O que ninguém esperava é que a Supermicro crescesse mais que a Nvidia no ano. 

Depois de uma alta de mais de 700% no ano passado, a Supermicro já valoriza mais de 300% no ano, cotada acima dos US$ 990, um crescimento ainda mais meteórico do que o da fabricante de chips Nvidia. 

Mas qual é a ligação entre essas duas companhias? 

Os servidores da Supermicro são o hardware usado para executar chips de IA da Nvidia e outros fabricantes. A empresa também tem parcerias com a AMD, e a Intel nos segmentos de computadores (CPUs) e aceleradores de unidades de processamento gráfico (GPU). 

A valorização da fabricante de servidores é impulsionada pela parceira, estrela da inteligência artificial, que apresentou resultados e projeções que surpreenderam o mercado. Mas a empresa, com sede em San Jose, Califórnia e cerca de 7 mil funcionários, também tem um background e diferenciais próprios.

Os números da Supermicro? São de cair o queixo 

No trimestre encerrado em dezembro de 2023, a receita da Supermicro cresceu 103% em relação ao mesmo período de 2022, para US$ 3,66 bilhões. Já o lucro líquido chegou a US$ 296 milhões, alta de 68% contra os US$ 176 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. 

E após uma avaliação de valor de mercado superior a US$ 50 bilhões, os investidores já começaram a especular que a companhia poderia ser adicionada ao S&P500. O que de fato aconteceu na abertura do pregão de 18 de março, com o rebalanceamento do índice. A Supermicro entrou substituindo a Whirlpool na carteira do principal índice americano. 

O que esses números significam para a concorrência? 

O desafio agora, da maior revelação do ano no seguimento de IA, é ficar à frente dos seus principais concorrentes, Dell e HP. 

Considerando que esse é um mercado extremamente competitivo, a Supermicro conseguiu conquistar muito market share ao longo dos últimos anos. Em 2018, ela se tornou a 3ª maior fornecedora de servidores do mundo com aproximadamente 6% do mercado. 

Porém, nos últimos meses, a crescente demanda por processamento ligado a inteligência artificial e a proximidade da empresa com a maior fornecedora de GPUs do mundo, a Nvidia, fez os prognósticos de crescimento da Supermicro melhorarem consideravelmente. 

A empresa tem sido bem-sucedida em incorporar rapidamente as últimas inovações tecnológicas em seus produtos, fazendo da SuperMicro a escolha preferida para servidores dedicados IA. 

 

supermicro comparação
Fonte: conteudo.xpi.com.br

 

Olhando para a concorrência, e em termos de capitalização de mercado, a Supermicro já se aproxima da capitalização da Dell e se encontra em um patamar 2x maior que o da HP. 

O que o futuro reserva para a Supermicro? 

Além de entrar para o S&P 500 em março deste ano, o Bank of America resolveu iniciar a cobertura das ações da companhia em fevereiro, colocando um preço alvo de US$ 1.040 para o papel. 

Os analistas do banco acreditam que o mercado de servidores de IA é muito maior do que o previsto. Eles preveem que o mercado de servidores de IA crescerá, em média, 50% ao ano nos próximos três anos, em comparação com o crescimento histórico do mercado de servidores. Segundo o time de analistas, o mesmo deve acontecer com a receita da Supermicro, impulsionada pelo ganho de participação no mercado. 

O Morgan Stanley também iniciou recentemente a cobertura da ação. Mas tem uma visão mais contida de que o valor da empresa já vem sendo colocado no preço dos papéis recentemente. 

Já para a própria Supermicro não importa quem ganha a corrida da IA, pois se você estiver comprando chips de IA, seja da Nvidia ou de outra pessoa, você precisará deles conectados e resfriados, e é aí que entram as soluções da companhia. 

O diferencial parece enorme para ser apenas uma bolha… 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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