A Space-X, de Elon Musk, realizou recentemente um novo lançamento de teste do equipamento Starship, que pretende ser um veículo reutilizável para viagens espaciais.
Mais uma vez, durante o processo de reentrada na atmosfera, a nave não resistiu e foi destruída, mas não sem primeiro fornecer dados valiosos para que futuros lançamentos possam ser bem-sucedidos.
É assim que a indústria aeroespacial opera – com muitos erros e acertos e, naturalmente, muito dinheiro envolvido. Neste texto vamos falar sobre possibilidades de investimento nessa área.
Aposto que você não sabia
O teste 3 da Starship é um de muitos passos que pretendem proporcionar transporte recorrente para, primeiramente, a órbita terrestre. Depois disto, passagens regulares para a Lua, tanto para pessoas quanto para equipamentos.
O objetivo final é – você já deve suspeitar – a colonização de Marte, com a construção de cidades autossustentáveis e idas e vindas constantes de passageiros, o que outros projetos anteriores de outras empresas não previam.
Por exemplo: quem não lembra da campanha do Projeto Mars One, em 2013, para angariar 100 candidatos para uma viagem de colonização do planeta vermelho… mas a passagem seria apenas de ida. Mais de 200.000 pessoas se candidataram e a seleção foi efetivamente feita.
Porém, o projeto faliu e ninguém foi enviado para se tornar o primeiro marciano. Será que a empresa de Elon Musk consegue?
Como nasceu a indústria aeroespacial?
Após o pouso na Lua (que tem gente que ainda acredita que não aconteceu) em 1969, o setor privado passou a mostrar interesse comercial pelo espaço. Na década de 1970, empresas como Lockheed Martin e Boeing, fortes no segmento de aviação, expandiram suas operações para sistemas de propulsão, materiais leves e resistentes ao vácuo e satélites.
As décadas de 1980 e 1990 viram a expansão da privatização da exploração espacial, com agências governamentais de superpotências, como EUA, Rússia e China, aliando-se a empresas para desenvolver tecnologia e dividir os riscos e custos estratosféricos das missões.
Já os anos 2000 trouxeram uma leva de empresas, como Blue Origin e Virgin Galactic, com um objetivo diferente e mais próximo do cidadão comum: a exploração do turismo espacial.
A Blue Origin, de Jeff Besos, fundador da Amazon, anunciou em 2021 seu primeiro destino comercial, o Orbital Reef, uma espécie de condomínio residencial e comercial que deverá orbitar a 250 quilômetros de altitude da Terra. Porém, como tudo nesta indústria, as dificuldades e imprevisibilidades são imensas.
No momento, o Orbital Reef ainda está trabalhando na fase 1 e não tem previsão sobre o envio dos primeiros humanos pagantes para órbita. Ainda teremos que esperar um pouco para tirar férias fora do planeta.
Como investir na indústria aeroespacial?
A lista de empresas que têm pelo menos alguma divisão de exploração espacial é considerável e vem crescendo. Ela vai das tradicionais Boeing, Lockheed e Northrop Grumman às mais recentes Virgin, Origin e SpaceX.
Muitas delas precisam usar os recursos de suas divisões rentáveis para financiar os bilionários projetos da indústria aeroespacial e, portanto, requerem muito dinheiro. Porém, muito poucas abriram capital e têm suas ações negociadas em bolsa. Abaixo, seguem os dados de duas delas nas quais o investidor pode apostar, a Virgin Galactic e a Northrop Grumman.
1️⃣ Investindo na indústria aeroespacial através de ações
Você pode optar por investir diretamente nas empresas. Seguem as duas opções:
Ações da Virgin Galactic Holdings*: ✅ Valor de Mercado da Companhia: US$ 574 bilhões Ações da Northrop Grumman Corporation*: ✅ Valor de Mercado da Companhia: US$ 70 bilhões *Valores de fechamento em Nova York do dia 18/03/2024 |
2️⃣ Investindo na indústria aeroespacial através de fundos
Como de costume, o investidor pode optar por ETFs que alocam recursos em pacotes de empresas e ativos. Seguem três opções das áreas espacial e de defesa militar:
iShares U.S. Aerospace & Defense ETF ✅ Código de Negociação em Nova York: ITA Direxion Daily Aerospace & Defense Bull 3X Shares ✅ Código de Negociação em Nova York: DFEN Invesco Aerospace & Defense ETF ✅ Código de Negociação em Nova York: PPA |
Aviso legal
Aqui é o momento em que temos que avisar que nada neste texto configura sugestão de investimento. Para escolher boas opções para incluir em seu portfólio, estude bastante e conte com seu especialista em investimentos internacionais.
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