Quanto custa plantar soja

Quanto custa plantar soja?

Descubra quanto custa plantar soja por hectare, os principais gastos da lavoura e como calcular receita e lucro na produção agrícola.

A soja é uma das commodities mais importantes do mundo e o Brasil é um dos seus maiores produtores. O grão está presente em diversos setores, desde alimentação até produção de biocombustíveis, e por isso seu preço tem forte influência no mercado global.

Além de ser um produto negociado em bolsas internacionais, a soja também é o resultado de uma atividade agrícola complexa. Sua produção envolve planejamento, riscos e custos relevantes.

Neste artigo, vamos mostrar na prática quanto custa plantar soja, explicando as principais etapas do processo e os gastos envolvidos em cada uma delas. Vale lembrar que os valores variam conforme a região, safra, época, preço dos insumos, clima e outros fatores. Por isso, não pretendemos trazer um valor fixo e definitivo: o objetivo é oferecer uma visão aproximada e didática para quem deseja entender esse mercado

No fim, também vamos analisar a receita e a margem de lucro que um produtor pode obter ao plantar um hectare de soja.

Etapas da produção: como plantar soja

A produção de soja segue um ciclo bem definido, no qual cada fase exige investimentos específicos. Para quem está acostumado a olhar apenas para os números do mercado financeiro, é importante entender que por trás de cada saca negociada existe um complexo processo produtivo. Veja as principais etapas:

Preparo do solo: antes mesmo de plantar, o produtor precisa corrigir o solo para garantir boas condições de desenvolvimento da lavoura. Isso pode incluir calagem (aplicação de calcário para corrigir a acidez), análise química e adubação inicial.

Principais custos: calcário, adubos de base, serviços de preparo do solo e mão de obra.

Semeadura: nesta fase, o produtor utiliza sementes selecionadas, muitas vezes geneticamente modificadas, para aumentar a produtividade e resistência da planta.

Principais custos: sementes, insumos de plantio, uso de maquinário e combustível.

Tratos culturais: durante o ciclo da soja, é necessário cuidar da nutrição e da proteção da lavoura. São aplicados fertilizantes, herbicidas e defensivos para evitar pragas e doenças.

Principais custos: fertilizantes (um dos itens mais caros da produção), herbicidas, inseticidas e mão de obra técnica.

Colheita: a fase mais aguardada, mas também uma das mais caras. Envolve uso intenso de maquinário agrícola, consumo de diesel e necessidade de operadores qualificados.

Principais custos: colheitadeiras, manutenção de máquinas, combustível e mão de obra especializada.

Pós-colheita: após a retirada dos grãos do campo, ainda existem despesas com transporte, armazenagem e movimentação da produção.

Principais custos: transporte para silos ou cooperativas, custos de armazenagem e logística de distribuição.

Plantar soja é um investimento de risco, mas com grande potencial de retorno. Cada uma dessas etapas impacta no custo, mas também têm efeito direto na produtividade e retorno da operação.

Quanto custa plantar 1 hectare de soja?

Plantar soja envolve muito mais do que simplesmente lançar sementes no solo. O processo é estruturado em diversas etapas, cada uma com seus próprios custos, que juntos compõem o orçamento final da safra. Desde a preparação do terreno até o transporte da colheita, o produtor considera gastos com sementes, fertilizantes, defensivos, maquinário, mão de obra e logística.

Categoria Itens incluídos Custo (R$/ha) % do total Equivalente (sacas/ha)
Preparo do solo Corretivo de solo R$ 418,50 6,98% 2,9
Semeadura Sementes, tratamento de sementes, inoculantes R$ 633,80 10,57% 4,5
Tratos culturais Fertilizantes, fungicidas, herbicidas, inseticidas, adjuvantes R$ 2.200,20 36,68% 15,7
Mecanização Operações com máquinas, manutenção, depreciação R$ 650,35 10,84% 4,6
Mão de obra Equipe de campo R$ 144,13 2,40% 1,02
Logística e pós-colheita Transporte, armazenagem R$ 284,35 4,74% 2,02
Administração/financeiro Assistência técnica, despesas administrativas, juros R$ 1.068,12 17,80% 7,62
Seguros & compliance Seguro agrícola, impostos, encargos R$ 417,14 6,95% 2,9
Remuneração do capital Retorno esperado sobre capital R$ 181,47 3,03% 1,29
Total R$ 5.998,06 100% 42,84

Esses números mostram que plantar soja é um investimento de alto custo, mas com estrutura bem definida. Os tratos culturais (fertilizantes e defensivos) aparecem como a parte mais cara da produção. Só essa etapa representa cerca de um terço do orçamento total, enquanto despesas administrativas, financeiras e de mecanização também têm peso significativo.

Ao todo, o custo para plantar 1 hectare de soja em 2024/25 é de cerca de R$ 6.000, ou 42 sacas por hectare ao preço médio de R$ 140 por saca*. É uma estimativa de referência, já que cada safra, região e tecnologia adotada pode alterar bastante esse resultado.

*Preço referente ao dia 10/09/2025, conforme indicado por CEPEA.

Receita e lucro de plantar soja

Quando se fala em lucro no agronegócio, a conta parece simples: basta vender a soja e subtrair os custos da lavoura. Mas, na prática, essa margem pode variar bastante, e entender como calculá-la é essencial para avaliar a viabilidade da produção.

O lucro por hectare nada mais é do que a diferença entre a receita obtida com a venda da soja e o custo de produção. Isso inclui todos os gastos diretos com plantação e trato, como os indiretos, como manutenção, transporte e despesas administrativas.

A fórmula básica é:

Lucro por hectare = (Produtividade por hectare × Preço da saca) – Custo de produção

Usando como referência a safra 2024/25 no Mato Grosso do Sul, temos um custo médio de R$ 5.998/ha e produtividade estimada em 60 sc/ha. Se a saca é vendida ao preço médio de R$ 140, a receita bruta por hectare chega a R$ 8.400. por hectare.

Seguindo a fórmula:

Lucro/ha = (60*140) – 5.998

Lucro/ha = R$ 2.401,94

Porém, o sucesso da plantação e da venda depende de muitos fatores, incluindo clima, preço dos insumos e das comodities no mercado internacional. Todos os fatores influenciam no custo de produção, e nem sempre o fazendeiro tem controle sobre o preço pelo qual vai vender sua safra.

A rentabilidade da soja depende de dois fatores-chave: eficiência na gestão de custos e estratégia de comercialização – que pode incluir contratos futuros ou hedge. Controlar bem os gastos e definir o momento certo de vender é o que garante a saúde financeira da fazenda, mesmo em tempos de margens apertadas.

Como investir no Agro

Ao longo desse artigo, vimos fatores que influenciam no custo de produção de soja, e como o fazendeiro pode calcular os custos e o lucro estimado. Mas, existem diversos outros segmentos e produtos do agronegócio nos quais você pode investir.

O agro é um dos setores que mais cresce no país, responsável por cerca de 25% do PIB brasileiro. E você pode ajudar a financiar esse setor fundamental da nossa economia – e ser recompensado por isso!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

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03. Não imobilização do patrimônio
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Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.