Arte como investimento- vale a pena Veja quanto custa entrar nesse mercado

Arte como investimento: vale a pena? Veja quanto custa entrar nesse mercado

Quanto custa investir em arte no Brasil hoje? Quais as vantagens e desvantagens de comprar obras de arte? Neste artigo, vamos falar tudo que você precisa saber sobre esse mercado!

Diferente do que muitos pensam, o mundo dos investimentos não tem só ações, fundos de investimento, imóveis e títulos públicos…

Cada vez mais investidores estão colocando obras de arte em seu portfólio de investimentos, para aproveitar possibilidades de valorização e diversificação de carteira.

Porém, como funciona investir em arte? E quanto isso pode custar?

Neste artigo, vamos falar mais sobre isso! Acompanhe!

Como funciona investir em arte?

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Fonte: Gallerease

Globalmente, mesmo com uma retração de 12% em 2024, o mercado de arte movimentou US$ 57,5 bilhões, conforme o The Art Market Report Basel & UBS.

Isso representa aproximadamente R$ 309,7 bilhões, mais do que o triplo do valor movimentado por Fundos Imobiliários em 2024, por exemplo.

Ou seja, trata-se de um mercado gigantesco e global, que pode ser aproveitado por investidores que desejam colocar parte de seu patrimônio em um ativo descorrelacionado de grande parte dos investimentos tradicionais do mercado financeiro.

No entanto, investir em arte como classe de ativo envolve etapas específicas, além de ter características únicas e riscos que diferem de outros investimentos financeiros.

Primeiro, o investidor precisa decidir o que busca: pura valorização financeira, prazer estético ou ambos. Isso vai definir os mercados artísticos nos quais o investidor deve entrar.

Depois disso, é necessário fazer a seleção da obra ou veículo de investimento. Você pode comprar diretamente uma obra de arte, mas esse modelo exige conhecimento, curadoria, verificação de procedência e avaliação das condições físicas da obra. Ou seja, é bem complexo para uma pessoa que não é da área.

Por isso, hoje já existe também a alternativa de investir de forma indireta, por meio de fundos de arte ou plataformas de “arte fracionada” (onde vários investidores compartilham a posse de uma obra de alto valor).

Se você adquire a obra diretamente, é necessário também atentar para os custos associados: transporte, seguro, conservação, armazenamento, autenticação e outros.

E, mesmo depois de todo esse processo, a valorização ou não da obra ainda vai depender de vários fatores, como reputação do artista, raridade, estado de conservação, tendência de mercado, exposição em museus/galerias, entre outros.

Ou seja, trata-se de um mercado muito único em suas características.

Vale lembrar também que, como a arte não gera fluxo de caixa (como dividendos ou aluguéis), o retorno possível depende totalmente da venda futura da obra. Como arte possui baixa liquidez em comparação com ações ou títulos públicos, para vender pode ser necessário aguardar comprador, fazendo com que o investidor precise estar disposto a manter a obra por um longo período, se necessário.

Apesar disso, por ter baixa correlação com ativos tradicionais, a arte pode oferecer uma diversificação interessante de portfólio, sendo esse um dos fatores que atrai muitos investidores para ela. Mas será que arte é investimento mesmo? Vamos descobrir!

Arte é investimento ou especulação?

A arte pode ser vista como investimento, mas frequentemente se aproxima mais da especulação.

Quando você compra uma obra de arte com a expectativa de valorização no longo prazo, você está basicamente esperando que alguém decida comprar essa obra de você no futuro pagando ainda mais do que você pagou hoje.

Esse é o mesmo princípio que leva várias pessoas a adicionarem ouro a sua carteira, por exemplo. Você compra hoje para vender por mais amanhã.

E isso pode acontecer, como mostra o gráfico abaixo que ilustra o crescimento do valor de obras de arte em relação a ações (representadas pelo índice britânico FTSE100) e vinhos desde 2004:

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Fonte: Maddox Gallery

No entanto, essa crença de valorização se baseia em critérios altamente subjetivos, como gosto, reputação, escassez, exposição, e muitas vezes de “hype”.

Além disso, os custos de manutenção, seguro, autenticação e transporte são altos e nem sempre são considerados na “rentabilidade”.

Então, nós recomendamos que, se você decidir comprar arte, faça isso depois de já ter uma carteira consolidada, e pensando principalmente na sua paixão pessoal por essas obras. Realizar essa “aposta” pensando primeiramente em rentabilidade não é a melhor decisão, e ativos mais tradicionais podem ser mais seguros e rentáveis.

Vantagens e desvantagens de investir em arte

Agora, vamos falar um pouco mais sobre algumas vantagens e desvantagens do investimento em arte:

✅ Vantagens de investir em arte

  • Baixa correlação com ativos tradicionais

Obras de arte tendem a ter uma correlação relativamente baixa com ações e títulos, o que torna o segmento útil para diversificação de carteira.

  • Potencial de valorização no longo prazo

Embora não haja garantias, conforme comentamos, a arte pode sim se valorizar significativamente ao longo dos anos, especialmente se o artista ganhar relevância ou se sua obra se tornar rara.

  • Valor estético e utilitário pessoal

Ao contrário de muitos investimentos puramente financeiros, arte combina valor patrimonial com apreciação estética ou emocional, o que para muitos investidores apaixonados por essas obras é uma vantagem adicional que pode até tirar sua urgência de venda para liquidação do lucro.

  • Proteção contra inflação ou deterioração monetária (em alguns casos)

Ativos tangíveis como arte podem atuar como hedge em cenários de alta inflação ou depreciação de moedas, ainda que esse efeito não seja garantido.

❌ Desvantagens de investir em arte

Baixa liquidez

Vender uma obra de arte por um preço justo pode levar tempo. Não há “mercado 24h” como para ações ou títulos. Por isso, o investidor pode demorar bastante para transformar seu patrimônio em dinheiro, e pode até ter que vendê-lo com grande desconto.

  • Altos custos de transação e manutenção

Há taxas elevadas em leilões e galerias, mais custos de transporte, seguro, conservação e autenticação, que reduzem o retorno líquido.

  • Avaliação subjetiva e risco de precificação incorreta

O valor de uma obra depende de fatores mais difíceis de quantificar (reputação do artista, raridade, condição, tendências culturais), o que aumenta o risco de diferenças grandes na precificação.

  • Ausência de renda corrente / dividendos

Diferente de imóveis alugados ou ações que pagam dividendos, obras de arte só geram retorno quando vendidas, e esse retorno depende de valorização futura.

Como incluir arte na sua carteira de investimentos?

Aqui vão 3 pontos para atentar na hora de investir em arte:

1. Diversifique entre várias obras

Assim como em qualquer carteira de investimentos, diversificar é essencial. Em vez de concentrar todo o capital em uma única obra, busque variedade: artistas diferentes, estilos distintos e, se possível, faixas de preço variadas. Isso reduz o risco de desvalorização e aumenta as chances de ter uma peça que se valorize com o tempo.

2. Mantenha um percentual baixo da carteira

Por ser um ativo de baixa liquidez e difícil precificação, a arte deve representar apenas uma pequena parcela da carteira total, algo entre 2% e 5%, dependendo do seu perfil de risco e horizonte de investimento. O ideal é tratá-la como um complemento de diversificação, nunca como o núcleo da estratégia.

3. Comece devagar e de forma acessível

Não é preciso gastar fortunas para começar. Hoje existem plataformas de investimento coletivo em arte, fundos especializados e galerias com obras de artistas emergentes a preços acessíveis. Começar com valores menores permite aprender sobre o mercado, entender o comportamento das obras e amadurecer sua estratégia ao longo do tempo.

Quanto custa investir em arte hoje

Investir em arte pode ter custos bastante variados, tanto no valor mínimo para começar quanto nos custos associados.

Obras de “entrada”, de artistas emergentes, podem custar poucos milhares de reais. Já peças consagradas de grandes artistas (que seriam as “blue-chips” deste mercado) podem custar milhões.

De acordo com um relatório da Art Basel e UBS de 2024, o segmento de obras de arte abaixo de US$ 5.000 cresceu 7% em valor e 13% em lotes vendidos, e o setor abaixo de US$ 50.000 também aumentou 8% em valor.

Ou seja, é possível “entrar” no mercado de arte com valores relativamente baixos, na casa de R$ 50.000 a R$ 100.000 e encontrar um mercado crescente para isso.

Porém, obras de artistas emergentes também oferecem riscos maiores, assim como a necessidade de manter o ativo por um horizonte de tempo mais longo para ter chances maiores de valorização.

Além disso, conforme comentamos, ter a obra é apenas o começo: você deve considerar custos adicionais como comissões de galeria ou leilão, transporte, seguro, armazenagem, conservação, autenticação e eventual taxa de revenda. Por exemplo, a plataforma Marcus alerta que comissões de leilão podem alcançar cerca de 30% sobre o valor da obra.

Portanto, você pode começar com alguns milhares de reais para obras mais acessíveis, mas mantendo atenção aos custos invisíveis que impactam o retorno líquido.

Vale a pena investir em arte?

Depende do seu objetivo e do estágio da sua vida financeira.

A arte pode, sim, fazer parte de uma carteira bem diversificada, especialmente como ativo complementar para unir sensibilidade estética, propósito e potencial de valorização no longo prazo. No entanto, é importante reconhecer que esse é um mercado de alta incerteza, com baixa liquidez e forte componente especulativo.

Em outras palavras: antes de pensar em investir em obras de arte, é essencial ter uma base sólida em ativos tradicionais, como renda fixa, ações e fundos imobiliários e previdência. Esses instrumentos são os que vão sustentar sua estratégia financeira e permitir que você assuma riscos pontuais em investimentos alternativos como a arte.

E se você quiser montar uma estratégia equilibrada, nossos assessores estão prontos para ajudar. Eles podem analisar o seu perfil de investidor, sugerir a alocação ideal e indicar o melhor momento para incluir ativos como a arte no seu portfólio.

Aperte o botão abaixo, fale com um assessor e descubra como construir uma carteira com segurança e estratégia!

 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.