O que é bear market e como impacta nos seu investimentos

O que é bear market e como impacta nos seus investimentos?

O que é bear market? Entenda como esse período de queda afeta seus investimentos e como se proteger com estratégias inteligentes.

Quando o mercado começa a cair de forma consistente, a insegurança costuma aparecer. Notícias negativas ganham espaço, gráficos ficam vermelhos e decisões passam a ser tomadas com base no medo. É justamente nesse cenário que surge uma dúvida comum: o que é bear market e por que ele assusta tanto os investidores?

Compreender esse conceito é essencial para investir com mais clareza, evitar erros emocionais e atravessar períodos de queda com mais estratégia.

O que é bear market?

O termo bear market é usado para definir um período prolongado de queda nos preços dos ativos financeiros. De forma geral, considera-se que um mercado entrou em bear market quando ocorre uma desvalorização de 20% ou mais em relação ao topo recente.

Esse movimento não costuma ser pontual. Ao contrário, ele se estende por semanas ou meses, sendo acompanhado por pessimismo, redução do volume de negociações e maior aversão ao risco.

O nome vem da forma como o urso ataca, de cima para baixo, simbolizando a queda dos preços. Já o movimento oposto é chamado de bull market, quando o mercado está em tendência de alta.

O que costuma provocar um bear market?

Um bear market dificilmente surge por um único fator. Na maioria das vezes, ele é resultado da combinação de diferentes eventos econômicos e financeiros.

Entre os principais motivos, podem ser destacados:

  • Crises econômicas globais ou locais
  • Alta das taxas de juros para conter a inflação
  • Recessão ou desaceleração da economia
  • Queda nos lucros das empresas
  • Instabilidade política ou fiscal
  • Eventos inesperados, como pandemias ou conflitos internacionais

Quando esses fatores se acumulam, a confiança dos investidores é afetada e os preços passam a ser ajustados para baixo.

Como identificar se o mercado está em bear market?

Nem toda queda representa um bear market. Oscilações fazem parte do comportamento natural dos mercados.

Alguns sinais ajudam a identificar esse cenário:

Quedas prolongadas

Os preços passam a cair de forma consistente por um período mais longo, e não apenas em alguns dias isolados.

Sentimento negativo generalizado

O noticiário se torna predominantemente pessimista, com projeções mais conservadoras e alertas constantes de risco.

Menor apetite ao risco

Investidores reduzem exposição à renda variável e priorizam ativos considerados mais defensivos.

Aumento da volatilidade

Oscilações diárias mais intensas passam a ser observadas, aumentando a sensação de instabilidade.

Exemplo de bear market no Brasil: o que aconteceu em 2020

Em 2020, o Brasil viveu um dos exemplos mais claros e rápidos de bear market da sua história recente. O movimento foi provocado pelo início da pandemia da Covid-19, que gerou incertezas globais, paralisação da atividade econômica e forte fuga de capital dos mercados emergentes.

Entre fevereiro e março daquele ano, o Ibovespa acumulou uma queda superior a 45%, entrando oficialmente em bear market em poucas semanas. A intensidade do movimento foi tão grande que os circuit breakers da B3 precisaram ser acionados diversas vezes para conter o pânico.

gráfico - Variação do Ibovespa em 2020

Fonte: B3

Variação do Ibovespa em 2020

No gráfico, é possível observar como a queda foi abrupta. O índice saiu de níveis próximos aos 120 mil pontos e chegou a operar abaixo dos 70 mil pontos, refletindo o choque de expectativas e a aversão ao risco naquele momento.

Esse episódio ilustra de forma prática o que é bear market. A desvalorização não ocorreu por problemas pontuais de empresas, mas por um evento sistêmico que afetou toda a economia global.

Ao mesmo tempo, 2020 também mostra que bear markets fazem parte dos ciclos do mercado. Após o período mais crítico, iniciou-se uma recuperação gradual, impulsionada por estímulos monetários, queda dos juros e retomada da atividade econômica.

Como o bear market impacta os seus investimentos?

Entender o que é bear market ajuda a compreender como esse cenário afeta uma carteira de investimentos.

Desvalorização temporária dos ativos

Ações, fundos imobiliários e outros ativos de renda variável tendem a perder valor no curto prazo.

Maior instabilidade

Oscilações passam a ser mais frequentes, o que pode gerar desconforto, principalmente para investidores menos experientes.

Emoções entram em jogo

Medo e ansiedade costumam influenciar decisões. Muitos investidores vendem ativos no pior momento, transformando perdas temporárias em prejuízos definitivos.

Impacto no curto prazo

Quem precisa resgatar recursos durante um bear market pode ser prejudicado, pois os preços ainda não tiveram tempo de se recuperar.

Bear market significa prejuízo certo?

Não. Um ponto importante precisa ser reforçado: bear market não é sinônimo de perda permanente.

O prejuízo só é efetivado quando o investimento é vendido durante a queda. Enquanto isso não acontece, a perda permanece apenas no papel.

Historicamente, os mercados passaram por diversos ciclos de queda e recuperação. Em muitos casos, os preços voltaram a subir e superaram os níveis anteriores.

Quais oportunidades surgem em um bear market?

Apesar do cenário negativo, o bear market também pode gerar oportunidades relevantes.

Ativos com desconto

Empresas sólidas passam a ser negociadas a preços mais atrativos.

Construção de preço médio

Aportes feitos durante a queda ajudam a reduzir o preço médio da carteira ao longo do tempo.

Revisão da estratégia

Esse é um momento em que a alocação pode ser reavaliada e ajustada aos objetivos de longo prazo.

Como atravessar um bear market com mais tranquilidade?

Algumas atitudes ajudam a lidar melhor com esse período.

  • Manter a carteira diversificada
  • Evitar decisões baseadas apenas em emoção
  • Reforçar o foco no longo prazo
  • Contar com orientação profissional

Quando existe estratégia, o bear market deixa de ser apenas um momento de medo.

Dúvidas comuns sobre bear market

Todo bear market vira uma crise?

Não. Alguns períodos de bear market são mais curtos e menos intensos.

Quanto tempo dura um bear market?

Não existe um prazo fixo. A duração depende do cenário econômico e dos fatores que provocaram a queda.

É melhor sair do mercado durante um bear market?

Na maioria dos casos, sair no meio da queda pode gerar prejuízos maiores. Cada decisão deve ser analisada com cuidado.

Compreender o que é bear market muda completamente a forma de enxergar períodos de queda. Em vez de agir por impulso, o investidor passa a tomar decisões baseadas em estratégia, disciplina e visão de longo prazo.

Agora que você entende como esse ciclo funciona, sua carteira está preparada para atravessar o próximo bear market com mais equilíbrio?

 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.