BDR

BDR: Vale a pena investir em empresas internacionais?

Já imaginou investir nas maiores empresas do mundo? Quem opta por aplicar recursos no mercado internacional também tem a oportunidade de acompanhar o crescimento de novos negócios. A questão que fica é: como você pode fazer isso aqui do Brasil? Para quem quer investir em empresas estrangeiras, existe o BDR. A sigla significa Brazilian Depositary Receipt (recibos depositários brasileiros). Em outras palavras, esses ativos são certificados de depósito de valores mobiliários, regulamentado e fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Na prática, o BDR não representa a compra de uma ação. O investidor adquire o certificado de uma ação que escolheu, como uma comprovação de que há lastro daquela aplicação em ações internacionais. Não entendeu? Segue o texto para entender melhor!

O que é um BDR?

O BDR é um valor mobiliário emitido no Brasil para representar outro valor mobiliário vinculado a uma organização com sede no exterior. O país regulamentou essa modalidade de investimento desde os anos 2000, mas ela ganhou popularidade a partir de 2020, quando as autoridades permitiram que investidores não qualificados a negociassem.

No Brasil, quem emite esse tipo de certificado leva o nome de instituição depositária. É essa empresa que mantém uma relação com a companhia estrangeira na qual você decidiu investir. E é através dessa representante brasileira que você recebe os dividendos dos BDRs.

Há diferentes tipos de BDR, classificados de acordo com características de divulgação de informações e regras de negociação. Eles também são divididos entre os certificados que possuem patrocínio das empresas emissoras dos valores mobiliários e os que não possuem.

BDR patrocinado

Os certificados patrocinados são aqueles cuja própria empresa emissora das ações decidiu oferecê-los na bolsa brasileira. Nesse caso, a companhia contrata uma instituição depositária no Brasil para disponibilizar os seus BDRs.

Os BDRs patrocinados podem ser de nível I, II ou III.

No nível I, não é necessário que a empresa estrangeira tenha registro na CVM. Assim, os  certificados só podem ser negociados em mercado de balcão e por investidores institucionais e consultores CVM. Nesse sentido, não é possível adquirir essas posições em mercado de bolsa de valores. Além disso, esses BDRs prevêem que as mesmas informações divulgadas pela empresa no seu mercado local sejam fornecidas também aos investidores brasileiros.

No caso dos níveis II e III, as empresas do exterior precisam se registrar na CVM. Dessa forma, seus certificados podem ser negociados no pregão usual da bolsa de valores. Nestes casos, para a divulgação de informações, aplicam-se as regras de transparência da regulamentação brasileira.

BDR não-patrocinado

Esse tipo de certificado depende da instituição depositária brasileira para ser negociado na bolsa de valores. Afinal, o interesse em ofertar esses BDRs no mercado local não partiu da empresa original. Em outras palavras, esse é o caso em que uma empresa brasileira cria um BDR de alguma companhia estrangeira sem que haja a iniciativa desse papel estrangeiro.  

Nesse caso, a instituição depositária adquire os papéis e toma a responsabilidade de emitir tanto os certificados quanto o seu lastro, além de fornecer as informações necessárias aos investidores brasileiros.

Os BDRs não-patrocinados são a maioria dos certificados estrangeiros disponíveis na bolsa de valores. Quanto à classificação, são todos considerados de nível I.

Quem pode investir em BDR?

Muitos brasileiros desejam investir em negócios estrangeiros. Afinal, é uma oportunidade de se vincular a grandes empresas dos mais variados setores. Além de acompanhar o crescimento dessa companhias, há ainda o benefício de investir em uma economia mais forte.

Além disso, as bolsas financeiras de outros países – principalmente a dos Estados Unidos – apresentam uma multiplicidade de negócios maior do que a brasileira. Isso significa a possibilidade de diversificar a carteira de investimentos de forma mais qualificada.

Até outubro de 2020, apenas investidores qualificados, aqueles que possuem mais de R$ 1 milhão no mercado financeiro, tinham acesso a esse tipo de investimento. Hoje, o BDR está liberado também para os pequenos investidores. Dessa forma, qualquer pessoa física pode acessar ações de empresas listadas em bolsas no exterior.

Quais são as vantagens de investir em BDR?

Diversificar a carteira de investimentos é uma das principais vantagens das aplicações em BDR. Você tem a oportunidade de investir em economias mais fortes, além de participar dos lucros das maiores empresas internacionais.

Quando você tem investimentos com lastro em outros países, você dilui o seu risco e protege o seu dinheiro.

Além disso, investir em BDRs é muito mais prático do que investir de forma direta no exterior, já que isso implica burocracia e custos elevados. Já os certificados são adquiridos em real e operados diretamente na bolsa de valores brasileira.

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E as desvantagens?

Os BDRs são uma modalidade de investimento em renda variável e, portanto, apresentam risco. O resultado dessas aplicações depende muito das oscilações do mercado e do sobe e desce de preços das ações das empresas.

É possível – e, em alguns casos, comum – que os BDRs percam valor em relação ao momento da compra. Por isso, esse é um tipo de investimento mais indicado para perfis moderados ou arrojados. 

Então, antes de investir no mercado exterior, certifique-se de que esse tipo de aplicação corresponde ao seu estilo e aos seus objetivos financeiros. 

Além disso, por mais que os BDRs tenham lastro em ativos estrangeiros, essas posições continuam sendo custodiadas no Brasil e negociadas em reais. Nesse sentido, essa classe de ativos é um passo inicial para o investimento no exterior, mas com características nacionais. 

Por fim, os BDRs ainda tem baixa liquidez, quando comparada com as ações brasileiras. Como esse tipo de investimento é recente, o nível de negociação desses papéis é muito menor e, por isso, você pode ter mais dificuldade de comprar e vender posições. 

Como funciona a aplicação?

Agora que você aprendeu sobre BDRs e conseguiu analisar os prós e contras dessa modalidade de investimento, você já pode tomar uma decisão bem informada.

Se você decidir investir em BDRs, saiba que o processo é bastante simples.

Em geral, a aplicação em BDRs funciona de forma semelhante à compra de outros ativos da bolsa de valores brasileira. Basta identificar a sigla correspondente ao BDR da sua escolha e emitir uma ordem de compra. Nesse tipo de investimento, os investidores podem negociar pelo menos uma unidade de ações.

Desde 2020 os BDRs estão disponíveis a todos os investidores que já acessam aplicações em renda variável. Assim, ficou mais fácil analisar o perfil e a performance das empresas estrangeiras em que você deseja investir.

Você está pronto para lucrar no mercado estrangeiro? Aproveite a expertise da Faz Capital para tirar suas dúvidas e fazer as melhores escolhas para o seu dinheiro. Converse com um de nossos assessores financeiros para ampliar hoje mesmo os seus rendimentos.

 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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