Como declarar Fundos Imobiliários no IR

Como declarar Fundos Imobiliários no Imposto de Renda 2025?

Neste artigo, vamos te explicar de forma simples e objetiva como funciona a tributação, quem precisa declarar, quais documentos são necessários e um passo a passo detalhado para você acertar as contas com a Receita corretamente em 2025.

Se você investe em Fundos Imobiliários (FIIs), já deve saber que o Leão da Receita Federal quer uma parte do seu bolo. Mas calma! Declarar seus FIIs no Imposto de Renda não precisa ser um bicho de sete cabeças.

Como funciona a tributação normal dos investimentos?

Antes de falarmos sobre Fundos Imobiliários, é importante entender como funciona a tributação dos investimentos em geral.

A Receita Federal tributa os investimentos de duas formas principais:

  • Renda fixa: Imposto de Renda (IR) cobrado diretamente na fonte, conforme a tabela regressiva;
  • Renda variável: tributação sobre ganhos de capital, com alíquotas que variam conforme o tipo de ativo e prazo da operação.

Tabela de alíquotas do Imposto de Renda para renda fixa:

Prazo do Investimento

Alíquota de IR

Até 180 dias

22,5%

De 181 a 360 dias

20%

De 361 a 720 dias

17,5%

Acima de 720 dias

15%

Já para renda variável, como ações, os ganhos de capital são tributados em 15% para operações normais e 20% para day trade.

Quem deve declarar Fundos Imobiliários no IR 2025?

Se você investiu em Fundos Imobiliários (FIIs) em 2024, é hora de encarar o leão do Imposto de Renda. Mas calma, não precisa sair correndo! Você só é obrigado a declarar seus FIIs se se encaixar em uma destas situações:

  • Vendeu mais de R$ 40 mil em ativos na Bolsa – Se, ao longo de 2024, você negociou FIIs e o valor total das vendas (independentemente do lucro) ultrapassou essa quantia, precisa declarar.
  • Teve lucro na venda de cotas – Se vendeu cotas de FIIs e obteve qualquer lucro, mesmo que tenha sido um valor pequeno, a Receita Federal quer saber. Afinal, fundos imobiliários são tributáveis, e o imposto sobre os ganhos precisa ser pago via DARF.

Agora, se você apenas comprou cotas de FIIs e não realizou nenhuma venda, pode respirar tranquilo – declarar não é obrigatório nesse caso, desde que você não se encaixe em outros critérios da Receita. Mas, se vendeu qualquer cota ao longo do ano, já sabe: melhor ficar em dia com o IR para não cair na malha fina.

Quer saber mais informações sobre Fundos Imobiliários? Confira no vídeo abaixo:

 

Quais documentos são necessários para declarar FIIs?

Para preencher sua declaração e não ter problemas futuros, é muito importante reunir os documentos corretos. Confira a lista:

  • Informe de Rendimentos: enviado pela corretora ou pelo administrador do fundo, contendo os valores recebidos de rendimentos isentos, amortização e outras informações fiscais.
  • Comprovantes de Compra e Venda: relatórios das negociações feitas ao longo do ano.
  • DARFs pagos: se você vendeu cotas com lucro, deve guardar os comprovantes dos impostos pagos.
  • Extrato da Corretora: mostra a posição consolidada das suas aplicações em FIIs.

Como declarar seus Fundos Imobiliários no Imposto de Renda?

Agora que você já tem os documentos necessários, vamos ao passo a passo para declarar corretamente seus FIIs no programa da Receita Federal.

1. Declarar a posição dos FIIs

Se você possuía cotas de FIIs no dia 31/12/2024, deve informá-las na ficha “Bens e Direitos”:

  • No campo “Grupo”, selecione 7 – fundos e no campo “Código”, selecione 3 – Fundos de Investimento Imobiliário;
  • Informe o CNPJ do fundo (presente no Informe de Rendimentos);
  • No campo “Discriminação”, escreva o nome do fundo e a quantidade de cotas;
  • No campo “Situação em 31/12/2023”, informe o valor da aplicação na época;
  • Em “Situação em 31/12/2024”, informe o saldo atualizado do investimento.

2. Declarar os rendimentos isentos

Declare os rendimentos dos FIIs na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, na opção 26 – Outros:

  • Informe o nome e o CNPJ do fundo;
  • Declare o valor total recebido ao longo do ano, conforme consta no Informe de Rendimentos.

3. Declarar o ganho de capital

Se você vendeu cotas de FIIs com lucro, precisa calcular e pagar o IR antes de declarar. O imposto é de 20% sobre o lucro e deve ser pago via DARF até o último dia útil do mês seguinte à venda.

Para declarar:

  • Acesse a ficha “Renda Variável”;
  • Escolha a aba “Operações Fundos de Investimento Imobiliário”;
  • Informe os ganhos e os impostos pagos (DARFs).

4. Declarar amortização

Caso tenha recebido amortização de cotas (devolução parcial do capital investido), informe na ficha “Bens e Direitos” como redução do valor do investimento.

Declarar Fundos Imobiliários no Imposto de Renda pode parecer complicado no início, mas seguindo este passo a passo, você evita erros e mantém sua situação regular com a Receita Federal.

Lembre-se de pagar os DARFs corretamente, caso tenha vendido cotas com lucro, e de reunir todos os documentos necessários antes de começar sua declaração.

Se precisar de ajuda, procure um contador ou utilize plataformas que automatizam o cálculo do IR para investimentos. Assim, você evita surpresas desagradáveis e mantém sua relação com o “leão” da Receita sob controle.

 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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