Eurobonds

Eurobonds – invista em moedas do mundo todo

Captar dinheiro em moeda estrangeira não é novidade para empresas e países, e já faz muito tempo. Mas, na maioria das vezes, essa captação é feita somente em dólares.

Neste post falaremos de um instrumento de emissão de dívidas de companhias e governos através do qual o investidor pode obter retornos nas mais diversas moedas estrangeiras: os Eurobonds.

NO MICROSCÓPIO 🔬

Apesar do nome, este tipo de ativo não está necessariamente relacionado à moeda euro e tampouco ao continente europeu. Na verdade, o prefixo “euro” é comumente associado à moeda em que é emitido. Eurodólar e euroiene, para dívidas emitidas nas moedas americana e japonesa, são exemplos clássicos.

Estes títulos são (quase exclusivamente) prefixados, então podem compor parte do percentual de renda fixa da seua carteira. São normalmente emitidos em múltiplos de mil e podem pagar cupons, usualmente semestrais ou anuais.

Os prazos de vencimento variam, e não raro chegam a 30 anos. Mas não se preocupe. Como valores mobiliários de renda fixa, podem ser comercializados no mercado secundário e vendidos teoricamente a qualquer momento.

Neste caso, o investidor fica suscetível a dois riscos:

🟡 Risco de liquidez: há compradores interessados?

🟡E risco de mercado: naquele momento, a taxa originalmente contratada segue atrativa?

Ambos são os fatores que mais fortemente afetam a cotação do seu eurobond na venda antecipada.

Para o emissor, os eurobonds têm a vantagem de se atingir mercados muito maiores e potencialmente captar dinheiro mais barato. Já para o investidor, representam:

1️⃣ Uma oportunidade de se investir em empresas do mundo todo;
2️⃣ Preservação de poder de compra de uma moeda forte;
3️⃣ Tomada adicional de risco (e potenciais ganhos maiores) de outros tipos de moeda.

Você sabia que é possível, por exemplo, adquirir títulos da dívida brasileira em dólares?

Ou emprestar dinheiro para a Petrobras em euros ou libras e receber os juros nessas moedas?

É para isso que servem os eurobonds.

 

NO TELESCÓPIO 🔭

Os primeiros eurobonds foram emitidos na Itália, na década de 1960, e as transações foram organizadas por bancos britânicos e listados na Bolsa de Valores de Luxemburgo. De lá para cá, se tornaram populares para grandes empresas e governos financiarem seus gastos.

O próprio governo brasileiro lança mão frequentemente deste ativo. Do mais de R$ 1,5 trilhão da dívida externa brasileira, grande parte se deve à emissão de eurobonds. Isto ocorre principalmente porque o mercado doméstico não consegue absorver toda a emissão que o Estado brasileiro precisa para se sustentar, e acessar o mercado global resolve facilmente esta limitação.

🚨 Lembrete 🚨

O mercado de capitais brasileiro corresponde a meros 2% do volume global. Ou seja, há cerca de 50 vezes mais movimentação de capitais lá fora do que no mercado nacional.

 

COMO INVESTIR EM EUROBONDS?

Cada conta global tem seu acesso específico a ativos como eurobonds. Confira no seu broker global a seção específica para isto.

No entanto, traremos algumas fontes de consulta que podem interessar ao leitor:

👉 Euronext, a Bolsa Pan-Europeia

A European New Exchange Technology é uma bolsa de valores sediada em Amsterdã que conecta os mercados de capitais de Bruxelas, Londres, Lisboa, Dublin, Oslo e Paris (além, obviamente, da própria capital holandesa).

Nela, estão listadas mais de 1.500 empresas, com ativos disponíveis também de vários países europeus. Confira o site da Euronext que lista os ativos de renda fixa AQUI.

Ressalto a opção de filtros que a Euronext disponibiliza. Você pode pesquisar ativos pelas mais variadas categorias, mas destaco as de “Government” e “Maturity”, através das quais você pode ver os bonds de países e escolher quais quer comprar com base no prazo de vencimento. Boa pesquisa!

👉 Disponibilização diretamente pelas empresas

Se você gosta de empresas brasileiras específicas e quer emprestar dinheiro para elas em moedas estrangeiras, pode acessar a página de relação com investidores delas. Apesar de não poder adquirir através do site, pode pesquisar os eurobonds de que gostar e comprá-los diretamente em sua conta broker.

Veja alguns exemplos (clique na imagem para abrir a página de empresa):

👉 Investindo através de fundos

Como é quase sempre a regra, é possível acessar eurobonds por meio de fundos de investimento com foco nesses ativos. As vantagem é aquela tradicional: você tem gestores especializados para escolher e girar os ativos no mercado e não precisa escolher um a um.

Neste caso, é vital escolher um gestor sólido e competente do fundo. Portanto, você pode pesquisar por eurobonds nas plataformas das maiores gestoras do mundo, como Black Rock, PIMCO, Vanguard e Fidelity Investments.

Aviso legal

Aqui é o momento em que temos que avisar que nada neste texto configura sugestão de investimento. Para escolher boas opções para incluir em seu portfólio, estude bastante e conte com seu especialista em investimentos internacionais.

Bons investimentos! 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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