Planejamento financeiro pessoal- 7 passos práticos para começar hoje

Planejamento financeiro pessoal: 7 passos práticos para começar hoje

Dados mostram mais de 50% dos brasileiros têm pouco conhecimento financeiro. Veja 7 passos práticos para começar seu planejamento financeiro pessoal hoje.

Você sente que “dinheiro nunca sobra” ou que investiu mal e poderia estar rendendo mais? O planejamento financeiro pessoal é a chave para mudar isso. Ele vai te dar clareza sobre seus objetivos, aliviar a ansiedade com gastos e permitir que você comece a construir patrimônio de forma consistente.

Vamos passar a seguir 7 passos práticos que você pode começar hoje mesmo, mesmo que esteja no início dessa jornada.

Por que planejar agora é mais importante do que nunca

Segundo a Pesquisa Observatório Febraban, 55% dos brasileiros admitem entender pouco (40%) ou nada (15%) sobre educação financeira.

Ainda assim, 91% avaliam que educação financeira tem importância em suas vidas pessoais e profissionais.

Vale ressaltar que 76,4% das famílias brasileiras estão endividadas de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – fevereiro de 2025 — o que evidencia que muitos vivem no limite, sem folga para emergências ou para investir.

Esses números mostram que há uma lacuna grande entre saber que educação financeira importa e saber de fato como praticá-la. Se você está lendo isso, já está dando o primeiro passo para preencher essa lacuna. E os próximos passos vão ajudar a tornar esse caminho concreto.

Os 7 passos práticos para aplicar hoje

1. Entenda sua situação atual

Antes de tomar qualquer decisão, é essencial saber exatamente onde você está financeiramente:

  • Liste todas as suas fontes de renda (salário, freelas, rendimentos, etc.).
  • Faça um mapeamento de gastos fixos (aluguel, contas, transporte) e variáveis (lazer, alimentação fora, compras).
  • Verifique sua dívida se houver — quanto você deve, juros e prazos.

Por que isso é importante? Porque só quem conhece o ponto de partida consegue planejar o trajeto certo.

2. Defina objetivos claros e prazos

“O que eu quero alcançar com meu dinheiro?” Se isso não estiver claro, fica difícil manter disciplina.

  • Exemplo de objetivo de curto prazo: ter uma reserva de emergência em 6 meses.
  • Médio prazo: pagar dívidas ou fazer uma viagem em 1-2 anos.
  • Longo prazo: aposentadoria confortável, casa própria, independência financeira etc.

Escreva seus objetivos e coloque prazos. Um objetivo bem definido é motivador.

3. Monte sua reserva de emergência

Essa é a fundação de qualquer planejamento financeiro pessoal sólido.

  • Ideal: entre 3 a 6 meses de seus gastos mensais guardados.
  • Onde deixar esse dinheiro? Em um lugar seguro, com liquidez como por exemplo, investimentos em renda fixa.
  • Evite usar esse fundo para outras finalidades, a não ser em emergências reais.

4. Organize seu orçamento mensal

Com sua renda, gastos e objetivos definidos, monte um orçamento:

  • Separe suas despesas fixas e variáveis.
  • Defina quanto você pode poupar ou investir todo mês.
  • Use ferramentas simples: planilhas, apps de finanças pessoais ou mesmo cadernos.

Aliás, revise esse orçamento sempre — pelo menos todo mês — para ver se algo mudou.

5. Corte gastos desnecessários (sem abrir mão do que importa)

Uma parte importante do planejamento financeiro pessoal é enxugar o que consome seu dinheiro sem trazer valor.

Pergunte-se: “Esse gasto me aproxima de meus objetivos?”

Exemplos: assinatura de serviços que você não usa, comer fora diversas vezes por semana, compras por impulso.

Mas atenção: não adianta cortar tudo e viver com privação. Mantenha aquilo que te dá prazer ou qualidade de vida, dentro do possível.

6. Estabeleça hábitos de poupança/investimento

Guardar dinheiro todo mês é ótimo, mas colocar esse dinheiro para trabalhar é ainda melhor.

  • Defina um valor ou percentual fixo da sua renda para poupar/investir.
  • Comece com perfis conservadores se estiver inseguro: tesouro direto, CDBs, fundos de renda fixa.
  • Conforme ganha confiança e conhecimento, vá diversificando (ações, fundos, imóveis etc.).
  • Use o poder dos juros compostos a seu favor — quanto mais cedo começar, mais efeito terá.

7. Acompanhe, ajuste e celebre pequenas vitórias

Planejamento financeiro pessoal não é algo que você faz uma vez e esquece.

  • Revise mensalmente: seus objetivos continuam válidos? Seus gastos mudaram? Sua renda mudou?
  • Ajuste seu plano caso necessário.
  • Registre seus progressos: “deixei de gastar X”, “investi Y este mês”, “diminuí dívidas”.
  • Celebre as conquistas, por menores que sejam. Isso ajuda a manter o compromisso.

Perguntas frequentes (FAQ)

O que fazer primeiro: quitar dívidas ou começar a investir?

Depende dos juros: dívidas com juros altos (cartão, cheque especial) devem ser prioridade. Mas não precisa esperar “estar perfeito” para investir algo: começar pequeno ajuda a criar hábito.

Quanto devo poupar ou investir por mês?

Uma regra prática inicial: 10% da sua renda. Se puder mais, ótimo. O importante é manter consistência.

Preciso ser bom de matemática ou usar planilhas complexas?

Não! Um controle simples é suficiente: registro de entradas e saídas, revisão mensal, e ajustes. Apps ajudam bastante se quiser praticidade.

Veja como seria na prática:

João ganha R$ 4.000 por mês.

Tem despesas fixas de R$ 2.500 e variáveis de R$ 800.

Sobra R$ 700. Ele resolve poupar/investir 10% da renda → R$ 400.

Assim, lhe restam R$ 300 para lazer/imprevistos.

Mantendo esse ritmo por 6 meses, ele montaria:

  • Reserva de emergência estimada: valores dos seus gastos mensais (R$ 3.300) x 6 = R$ 19.800
  • Se guardar/investir R$ 400/mês, em 6 meses acumularia R$ 2.400 + rendimentos (se houver)

Rumo a um futuro financeiro mais seguro

Olhando para os números e para os 7 passos que vimos, fica claro que o planejamento financeiro pessoal não é um luxo, mas sim uma necessidade. Ele ajuda a sair do ciclo da desorganização, dá clareza sobre seus objetivos e abre espaço para construir patrimônio de forma consistente.

Começar pode parecer desafiador, mas cada pequeno hábito — anotar gastos, guardar um percentual da renda, investir com cautela — vai, pouco a pouco, transformando sua relação com o dinheiro. O mais importante é dar o primeiro passo hoje.

E para aprofundar essa jornada, preparamos um material exclusivo: o e-book “O Plano Financeiro da Sua Vida”. Nele, você encontra orientações detalhadas para montar um plano sólido e começar a se destacar como investidor.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.