Financiar Alugar ou comprar um imóvel

Financiar, alugar ou comprar um imóvel? Qual vale mais a pena?

A decisão da casa na qual vamos morar é uma das mais importantes e centrais de toda nossa vida. E ela traz consigo também outra questão: como vai ser meu modelo de pagamento por essa residência?

Em outras palavras, o melhor é financiar, alugar ou comprar um imóvel? Vamos explicar melhor esses três modelos, e te mostrar duas perguntas que você deve fazer a si mesmo para saber, sem dúvidas, qual o melhor para você!

As diferenças entre financiar, alugar e comprar um imóvel

O sonho da casa própria talvez seja o mais comum entre os brasileiros. Segundo a pesquisa Censo de Moradia QuintoAndar, encomendada pela startup para o Instituto Datafolha, 87% dos mais de 3 mil entrevistados desejam ter uma residência em seu nome.

E existem algumas formas de chegar no objetivo de ter um lugar para morar. Antes de tudo, é importante entender de forma muito clara quais são as 3 opções principais para isso:

1. O que é e como funciona um financiamento imobiliário?

Ao financiar um imóvel, você está basicamente “comprando ele aos poucos”Quando o consumidor não tem o montante total para a aquisição de uma casa (o que acontece muito pois os imóveis são geralmente bens bastante caros), ele recorre a uma instituição financeira para que ela adquira a casa e, em seguida, paga para essa instituição o valor do imóvel em parcelas acrescidas de juros e correção monetária ao longo de vários anos.

Financiamentos imobiliários são conhecidos por ter taxas de juros mais baixas que outras dívidas, e com períodos de pagamento que podem chegar a 35 anos. Ou seja, se um apartamento vale R$ 400 mil, é possível dar uma entrada de, por exemplo, R$ 40 mil para o banco financiar os outros R$ 360 mil para serem pagos em parcelas mensais pelos próximos 35 anos, por exemplo.

Assim, o financiamento imobiliário é uma dívida que pode ser contraída pelo investidor, porém, uma dívida que permite que alguém que não tenha os recursos para comprar uma residência à vista pelo menos comece a se tornar dono de um imóvel. Por isso, financiamento imobiliário é uma das escolhas principais dos brasileiros na hora de se mudar.

2. O que saber antes de alugar um apartamento?

Ao alugar o imóvel, você paga mensalmente um determinado valor para poder utilizar o imóvel que pertence a outra pessoa. Assim como o aluguel de qualquer outra coisa, como um carro, você paga pelo “direito de uso” do bem.

Mas você pode estar se perguntando o seguinte: “Mas se eu pago para usar o imóvel de outra pessoa e ele nunca vira meu, como isso me ajuda a ter a casa própria?”

Grande pergunta, com uma resposta interessante. A ideia de aluguel como forma de conseguir a casa própria vem do fato de que, muitas vezes, ele é mais barato do que as parcelas de um financiamento…

De acordo com o Fipezap, o aluguel hoje é em média, 5,25% do valor do imóvel ao ano:

Assim, você conseguiria investir dinheiro enquanto paga o aluguel para, no futuro, comprar seu imóvel, que é a terceira forma que vamos comentar neste artigo. Ou seja, o aluguel seria uma fase passageira para permitir que o investidor acumulasse capital para adquirir sua própria residência.

3. O que é necessário para comprar um imóvel?

Comprar um imóvel é bem autoexplicativo: você basicamente tem um montante de capital grande o suficiente para comprar um imóvel à vista ou em poucas parcelas, diferente de um financiamento. Você adquire o imóvel construído ou na planta e ele se torna seu, para o uso que preferir fazer dele.  

Mas quais os pontos positivos e negativos de cada um deles? 

Vantagens e desvantagens de financiar, alugar ou comprar um imóvel

Podemos adiantar que não tem uma alternativa boa para todo mundo, e que todas as três opções têm prós e contras:

1. Vantagens e desvantagens de financiar um imóvel

  • Vantagens: Ao final do financiamento, o lado bom é que o imóvel será seu. Também há casos em que o consumidor consegue dar uma entrada maior, ou adiantar parcelas,  o que reduz os juros e pode deixar essa opção mais interessante.
  • Desvantagens: Porém, até você quitar o imóvel, ele não é seu. Ele é do banco, e o não pagamento das parcelas pode dar uma dor de cabeça grande. Além disso, você precisa entender que está fazendo uma dívida de décadas, com juros e correção monetária. É uma decisão séria.

2. Vantagens e desvantagens de alugar um imóvel

  • Vantagens: A opção de alugar pode ser vantajosa por alguns motivos. O primeiro é a mobilidade, já que um inquilino pode mudar de endereço de forma mais rápida e menos burocrática que um proprietário. Outro ponto é que morar de aluguel pode permitir que o consumidor junte o valor do imóvel à vista mais rápido que o prazo do financiamento, como mencionei.
  • Desvantagens: Entre as desvantagens, estão os possíveis transtornos. O imóvel é de outra pessoa, e o proprietário pode querer encerrar o contrato antes do previsto, por exemplo. Além disso, muitos inquilinos fazem melhorias nos imóveis e não são ressarcidos por isso. Nesse sentido, a casa própria garante que os reparos feitos valorizarão o bem e trarão mais retorno.

3. Vantagens e desvantagens de comprar um imóvel

  • Vantagens: Ao comprar o imóvel, ele já vira seu. Você pode se mudar para ele, usar esporadicamente, alugar, vender… sem dores de cabeça, sem décadas de parcelas de financiamento a pagar. 
  • Desvantagens: Porém, para comprar um apartamento, você já precisa ter um grande capital inicial, um dos pontos que vou mencionar a seguir.

Qual a melhor opção: financiar, alugar ou comprar?

A resposta para essa pergunta varia de pessoa para pessoa, mas depende diretamente de dois pontos:

Qual o seu objetivo em relação a esse imóvel?

  • Você pretende usar ele por um tempo de sua vida? Talvez isso faça o aluguel fazer mais sentido…
  • Você quer morar nesse imóvel para sempre? Talvez assim, financiar ou comprar seja melhor…
  • Pensa no imóvel como um investimento? Neste caso, recomendaríamos que você desse uma olhada nesse artigo sobre Fundos Imobiliários, que, pra nós, são uma forma mais interessante de  investir em  imóveis.

Suas intenções com o imóvel não são o único fator a considerar, mas é importante pensar bem nisso. Ter clareza de suas intenções com essa casa ou apartamento.

Qual será seu CET?

CET é a sigla para Custo Efetivo Total, que é o valor que você, de fato, paga em um bem, contabilizando juros, correções, impostos, etc.

  • Para comprar, o custo será o valor que vai pagar à vista. Não tem mistério.
  • Porém, para o financiamento isso fica diferente.

Não permita que a falta de organização financeira atrapalhe seu relacionamento.

Imagine, por exemplo, que você esteja financiando um imóvel de aproximadamente R$ 500.000, em um prazo de 30 anos a uma taxa de 11% ao ano.

Segundo a calculadora do FipeZap, o aluguel nesse caso seria financeiramente mais vantajoso, se o valor de locação for inferior a R$3.046,79 o que seria o caso considerando a média de 5,25% ao ano que estabelecemos antes.

Porém, isso é apenas a perspectiva financeira, não existe uma resposta definitiva para todos. Você precisa levar em consideração o imóvel que está estudando, o custo de oportunidade, o custo efetivo total e entender que, em um caso, seu dinheiro está imobilizado, e no outro ele está livre.

No final de contas, o que define isso é o seu caso específico. Por isso, recomendamos que você tenha a ajuda de um assessor para tomar essa decisão tão importante, e aqui na Faz Capital, estamos prontos para te ajudar com isso e outras questões de finanças e investimentos!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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