Lockheed Martin

Lockheed Martin: vale a pena investir em ativos de guerra?

⚔️ Empresas privadas que constroem armamentos e equipamento de defesa em larga escala não são novidade. É o caso da Lockheed Martin, mas vamos com calma, rs.

Desde meados do século XIX, quando o governo britânico firmou contrato com a Elswick Ordnance Company para a produção de peças de artilharia e canhões de campo, diversas corporações passaram a se dedicar à indústria de defesa.

Historicamente, desde forjas espartanas na antiguidade, passando por oficinas de engenheiros de catapulta na França medieval, até os canhões otomanos que colocaram fim às muralhas que por 800 anos protegeram a cidade de Constantinopla, eram os próprios governos que se encarregavam da produção em massa de seus armamentos.

Naturalmente, artesãos, engenheiros e fornecedores privados contribuíam para os arsenais dos seus governantes, mas a fabricação de armas, munições e armaduras sempre foi considerada questão de soberania nacional e estritamente controlada.

Depois que os britânicos começaram a terceirizar a privados a produção e a inovação de armamentos, em uma questão de poucas décadas a maioria das grandes nações também o fazia.

⛪ Em 1912, em uma igreja alugada (isso mesmo, em uma igreja) em Los Angeles, Glenn L. Martin fabrica o primeiro avião do que viria a ser a maior empresa de armas do mundo, a Lockheed Martin.


primeiro avião da Lockheed Martin
Design, inovador à época, do primeiro avião da Lockheed Martin

Em pouco mais de 100 anos de história, a companhia, listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), é fornecedora das 6 forças armadas americanas (exército, marinha, aeronáutica, fuzileiros navais, guarda costeira e forças espaciais), além de diversos outros Estados e grupos privados.

📝 Ficha técnica das ações da Lockheed Martin:

  • Negociação: Ações na NYSE e BDRs na B3
  • Ticker de Negociação em Nova York: LMT
  • Ticker de Negociação na B3: LMTB34
  • Valor de Mercado: US$ 111 bilhões
  • Receita em 2022: US$ 66 bilhões
  • EBITDA em 2022: US$ 8,7 bilhões
  • Valorização em 1 ano: ~11%
  • Payout de dividendos: 45%
  • Dividendos (DY): 2,72%

 

💣 Não só de destruição…

Você pode estar se perguntando: poxa, logo nesse momento de conflito armado no Oriente Médio vamos falar sobre as ações de uma empresa que constrói bombardeiros, tanques, mísseis e os mais variados dispositivos de destruição?

É verdade que a empresa supriu o governo americano com armas na Segunda Guerra Mundial e nas Guerras da Coreia, Vietnã e Golfo. Mas não é só de tecnologia de ataque que a Lockheed vive.

🛡️ Sabe o Domo de Ferro?

Kipat barzel. É assim que os judeus chamam em hebraico o sistema de alta tecnologia que abate mais de 90% dos ataques por mísseis disparados contra Israel, alegadamente já tendo impedido que mais de 2.000 foguetes atingissem o solo. 🚀

Apesar de a Lockheed Martin não ter construído o Domo de Ferro (a tarefa foi empreendida pelas empresas israelenses Rafael Advanced Defense Systems e Israel Aerospace Industries), ela desenvolveu e aprimorou sistemas de defesa similares para diversos países.

A empresa americana aperfeiçoou a tecnologia hit-to-kill que, apesar do nome, não é feita para matar, mas para proteger. O sistema basicamente consiste em mísseis especializados em acertar… mísseis!

É por causa deste tipo de tecnologia que a ameaça de apocalipse nuclear não é tão realista como o imaginário popular deixa a crer.

Já é comum o conhecimento de que as nações com armamento nuclear podem aniquilar toda a superfície da Terra diversas vezes com seu poderio acumulado. No entanto, caso decidissem realmente fazer isto, teriam que utilizar em sua maioria ICBMs, aqueles mísseis gigantes que atacam de um continente para outro.

É aí que a tecnologia hit-to-kill teria potencial de impedir a autoaniquilação da raça humana: todos os países com armamento nuclear também contam com maior ou menor grau de proteção antimíssil. Como os ICBMs são lentos e demoram para atingir seu alvo, em uma hipotética troca de disparos de ogivas entre potências nucleares, poucas, se é que alguma, atingiriam seu destino. 🎯

⚠️ Não é razão suficiente para desconsiderar o perigo deste tipo de armamento (até porque os lançamentos de curto alcance não seriam tão facilmente repelidos), mas tecnologias como as desenvolvidas pela Lockheed ajudam a mitigar os riscos.

Você pode conferir dezenas de outros sistemas high-tech que ajudam a salvar vidas, que vão desde segurança cibernética até extraplanetária.

Acesse o site da empresa aqui, clique nas opções “What we do” e então “Deterrence capabilities” e se surpreenda!

📈 Comportamento das ações da Lockheed Martin (LMT):

No gráfico de 5 anos do comportamento dos papéis da empresa, vemos que a valorização foi de quase 50%, de US$ 300 para mais de US$ 441.

Na semana passada, em apenas 1 dia, as ações da companhia subiram aproximadamente 10%. Você deve ter adivinhado: foi justamente uma reação do mercado ao ataque do Hamas a Israel e o subsequente contra-ataque. 💥

Depois da subida abrupta, a cotação não voltou a recuar, o que parece sugerir que o mercado enxerga uma valorização sustentável e não apenas uma reação psicológica de demanda pelo setor. O mesmo aconteceu com as ações de outras titãs da indústria de defesa, como a americana Northrop Grumman e a britânica BAE Systems, apontando para uma iminente demanda crescente por equipamentos de ataque e defesa. ⚔️🛡️

Bons investimentos!

Aviso legal
Aqui é o momento em que temos que avisar que nada neste texto configura sugestão de investimento. Foi apenas uma forma de mencionar o triste conflito no Oriente Médio para explorar um ativo global que está intimamente ligado ao desenrolar do evento. Para escolher boas opções para incluir em seu portfólio, estude bastante e conte com seu especialista em investimentos internacionais.

 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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