taxa referencial

O que é a Taxa Referencial (TR)?

Saiba o que é a Taxa Referencial (TR), como é calculada e suas aplicações em financiamentos, poupança e contratos financeiros no Brasil.

A Taxa Referencial (TR) é um indicador econômico que nasceu em 1991, como parte do Plano Collor II, com a difícil missão de conter a inflação e dar direção à correção monetária de aplicações financeiras.

Embora tenha perdido relevância como ferramenta direta de controle inflacionário ao longo dos anos, a TR ainda desempenha um papel fundamental em contratos e produtos financeiros no Brasil.

Como a Taxa Referencial é calculada?

O cálculo da Taxa Referencial (TR) é realizado com base em uma fórmula estabelecida pelo Banco Central, que utiliza como referência a média ponderada dos juros pagos em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e Recibos de Depósito Bancário (RDBs). Esses valores refletem a rentabilidade oferecida pelos bancos no mercado financeiro.

A fórmula considera um redutor, chamado fator de ajuste, que é aplicado para garantir que a TR não reflita diretamente as taxas de mercado, mas funcione como um índice de referência. Esse ajuste busca suavizar variações bruscas e adequar a TR ao objetivo de servir como um balizador para contratos e aplicações financeiras.

O resultado do cálculo é divulgado diariamente pelo Banco Central e, embora atualmente a TR esteja frequentemente em 0%, seu método de cálculo segue ativo e pode influenciar vários produtos financeiros no Brasil.

Para que serve a Taxa Referencial?

Sua principal aplicação está na rentabilidade da poupança, onde ela complementa os juros calculados sobre o saldo, especialmente em cenários de baixa taxa Selic.

  • Além disso, a TR é amplamente usada no cálculo de financiamentos habitacionais, como os contratos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), ajustando o saldo devedor ao longo do tempo.
  • Outra função importante da TR é corrigir valores de depósitos judiciais e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), assegurando que esses montantes mantenham parte de seu valor ao longo dos anos.

Apesar de atualmente apresentar valores baixos ou nulos, a TR continua sendo um parâmetro indispensável para dar previsibilidade e regularidade a contratos financeiros de longo prazo.

TR vs outras taxas: qual escolher?

Na hora de tomar decisões financeiras, como investir ou contratar financiamentos, é importante entender como a TR se compara a outros índices, como o IPCA, a taxa fixa e a Selic. Cada uma delas possui características próprias e é mais adequada para determinados objetivos.

TR ou IPCA?

Enquanto a TR é amplamente utilizada para corrigir financiamentos habitacionais e a poupança, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) reflete diretamente a inflação oficial do país. Se o objetivo é proteger seu dinheiro contra a perda de valor do poder de compra, o IPCA é mais indicado, pois acompanha a variação dos preços no mercado. Já a TR, por frequentemente ser zero, pode não oferecer essa proteção, mas garante maior previsibilidade em contratos de longo prazo.

TR ou taxa fixa?

A taxa fixa é ideal para quem busca previsibilidade total nos rendimentos ou custos. Em financiamentos, por exemplo, ela permite saber exatamente quanto será pago ao final do contrato. Já a TR, por ser uma taxa de referência que varia ao longo do tempo, pode gerar flutuações nos saldos corrigidos, especialmente em cenários de alta dos juros no mercado. Para contratos mais estáveis, a taxa fixa pode ser mais vantajosa; porém, em períodos de TR baixa, ela tende a ser menos onerosa.

TR ou Selic?

A Selic é a taxa básica de juros da economia e influencia diretamente os investimentos em renda fixa e os custos de crédito no Brasil. Diferentemente da TR, a Selic é mais dinâmica e reflete as decisões de política monetária do Banco Central. Para investidores, produtos atrelados à Selic oferecem maior rendimento em cenários de alta de juros.

TR e poupança: entenda a relação

A relação entre a Taxa Referencial (TR) e a poupança é fundamental para entender a rentabilidade dessa aplicação tão popular no Brasil. Embora a poupança seja um investimento de baixo risco, sua rentabilidade não é fixa, pois ela é calculada com base na TR e na taxa de juros determinada pelo governo.

Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança tem uma rentabilidade de 0,5% ao mês mais a TR. Porém, quando a Selic está abaixo desse patamar, a rentabilidade da poupança cai para 70% da Selic, ainda com a adição da TR. Em cenários de TR igual a zero, o rendimento da poupança fica praticamente restrito aos juros definidos pela Selic.

Embora a TR não tenha sido utilizada para corrigir a poupança nos últimos anos (sendo frequentemente zero), ela continua sendo parte do cálculo de rentabilidade da aplicação. Em períodos de inflação mais baixa e Selic reduzida, a TR desempenha um papel menos significativo, mas a escolha da poupança como investimento deve considerar, também, a sua relação com essas taxas.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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