reserva de emergência

O que é e como construir uma Reserva de Emergência?

Neste texto você vai aprender:

Ninguém está imune às surpresas da vida. Podem ser problemas de saúde, mudanças repentinas no emprego ou até a chegada de um novo membro na família. Mas seja uma notícia boa ou ruim, a melhor maneira de enfrentá-la é ter uma garantia na hora do aperto. O fundo ou reserva de emergência serve exatamente para situações como essas.

Esse tipo de investimento é uma prevenção. Caso você precise lidar com uma situação inesperada, a reserva impede que você recorra a empréstimos – e aos altos juros bancários que os acompanham. O fundo de emergência também garante que os seus outros investimentos sigam intocados. Assim, você não deixa de realizar seus objetivos por causa de imprevistos.

Se você ainda não tem um fundo de emergência, você não está sozinho. Nos últimos anos, diversos levantamentos apontaram que mais da metade dos brasileiros não tem essa segurança financeira. De acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), pouco mais de um terço da população brasileira fez algum tipo de economia em 2020. 

Muitas vezes, a vontade de poupar ou de investir esbarra em fatores culturais, como o baixo acesso à educação financeira, além da realidade evidente de que boa parte da população simplesmente não tem recursos disponíveis para economizar. Mesmo assim, o cenário da pandemia foi um incentivo para muitos brasileiros começarem a construir uma reserva de emergência. 

Segundo pesquisa da fintech Neon, entre abril de 2020 e junho de 2021, o percentual de brasileiros que declararam ter uma reserva de emergência saltou de 44% para 57%. Apesar da melhora no índice, muita gente ainda precisa dar o primeiro passo nesse investimento essencial. E se você é uma dessas pessoas, calma: nós vamos explicar o passo a passo para começar. Organização e persistência são fundamentais.

Quanto devo ter investido no fundo de emergência?

O ideal é que o fundo de emergência seja capaz de manter o seu padrão de vida por até um ano. Se, no entanto, não for possível reservar um montante tão alto, recomenda-se um investimento que cubra suas despesas usuais por pelo menos seis meses. 

Quer um exemplo? Aqui vai: se a sua renda mensal é de R$ 5 mil, a reserva de emergência deve variar entre R$ 30 e R$ 60 mil.

O ideal é que o fundo seja construído em um prazo curto, de até três anos. Afinal, é impossível prever quando a vida vai surpreender.

A poupança conta como reserva de emergência?

Em resumo, não. A poupança não apresenta a rentabilidade adequada para um fundo de emergência. Mesmo para investidores mais cautelosos ou conservadores, a poupança não é mais indicada como fonte de investimento. Hoje ela rende menos que a inflação e, apesar de apresentar isenção do imposto de renda. Muitas vezes, a rentabilidade real de quem investe na poupança pode ser até negativa.

A poupança rende apenas no “dia de aniversário” após um mês da data de início da aplicação. De fato, o dinheiro investido acaba rendendo apenas em um dia do mês. Toda vez que a Taxa Selic é alterada pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom), o rendimento da poupança também é alterado. Seus lucros ainda são determinados pela Taxa Referencial, que também é variável. 

Desde 2012, os depósitos em caderneta de poupança passaram a render da seguinte forma:
– Quando a Taxa Selic for igual ou inferior a 8,5%, a poupança pagará mensalmente 70% da Selic + Taxa Referencial;
– Quando a Taxa Selic for superior a 8,5%, a poupança pagará 0,5% ao mês + Taxa Referencial.

Atualmente, a Taxa Selic está em 12,75% ao ano e a Taxa Referencial, zerada. Ao considerar a alta inflação, o rendimento da poupança se torna irrisório ou negativo. Basta atentar para a tendência de retorno do investimento nos últimos anos em comparação com a década anterior:

  • 2021: -6,37%
  • 2020: -2,30%
  • 2019: -0,05%
  • 2018: +0,85%
  • 1995: +14,28%
  • 1990: -22,44% 

Há outras opções seguras e rentáveis para quem quer começar uma reserva de emergência. Listamos algumas para você conhecer:

👉🏼 Fundos de Renda Fixa

São considerados de baixo risco, especialmente os que são vinculados tanto a títulos públicos quanto a crédito privado. Esses fundos oferecem liquidez diária.

👉🏼 Certificado de Depósitos Bancários (CDB)

O CDB com liquidez diária também é uma alternativa para a construção do fundo de emergência. Ele é emitido pelos bancos e costuma apresentar boas taxas de rentabilidade.

👉🏼 Tesouro Selic

trata-se de um título público de renda fixa emitido pelo governo. O rendimento desse tipo de investimento está vinculado à taxa Selic, atualmente fixada em 12,75% ao ano. Essa modalidade também oferece liquidez diária.

O primeiro passo de um investidor

Considere a reserva de emergência como o primeiro passo na sua jornada de investidor. Ela marca o início de um bom planejamento financeiro e permite que você se torne um investidor de longo prazo. Com as finanças organizadas e com a segurança de que os imprevistos não vão gerar dívidas, é possível iniciar outros tipos de investimento.

A consistência de uma reserva bem construída permite que os seus demais investimentos tenham foco na busca pela rentabilidade, especialmente em relação a ativos que exigem maior prazo. Assim, você vai obter mais controle e segurança para desenvolver sua carteira de investimentos em Renda Fixa e Variável. 

Como começar a sua reserva de emergência

Antes de iniciar um fundo, é preciso planejar. Você precisa ter clareza sobre quais são, de fato, os seus ganhos e gastos mensais. Além de impostos, é preciso levar em conta os gastos fixos como aluguel, energia, saúde e educação. Contabilize também os gastos variáveis, como alimentação e compras em cartão de crédito.

Saber exatamente a sua necessidade mensal facilita o estabelecimento de um valor regular para o investimento na reserva de emergência. Você pode cortar determinados custos, se julgar necessário, mas é importante ter uma meta realista, que seja condizente com seus ganhos e que vá, de fato, ser realizada. 

O próximo passo é decidir onde aplicar o seu dinheiro. Entre os títulos de renda fixa ou do Tesouro Direto, é importante escolher o que mais se aproxima do seu perfil de investidor e dos seus objetivos. A partir daí, é essencial manter a determinação para cumprir o seu planejamento.

Não esqueça de priorizar os seguintes fatores na hora de eleger o melhor investimento para a sua reserva:

1️⃣ Liquidez: é preciso contar com a facilidade de ter acesso ao dinheiro a qualquer momento.

2️⃣ Baixo custo: o investimento não deve apresentar altos custos administrativos ou grande impacto sobre o Imposto de Renda.

3️⃣ Segurança: a aplicação deve ter cobertura do Fundo Garantidor de Crédito ou oferecer outros mecanismos de segurança.

4️⃣ Baixa volatilidade: o investimento não pode sofrer grandes oscilações a fim de preservar essa parte do seu patrimônio.

Não confunda desejos com emergência!

É preciso muito cuidado para manter a sua reserva de emergência e usá-la apenas nos momentos adequados. Não é nada incomum ficar tentado a usar o dinheiro desse fundo para trocar de carro, fazer uma grande viagem ou até antecipar a aposentadoria.

Isso porque os nossos sonhos e desejos geralmente trazem uma sensação de urgência para os projetos. Mas o investidor responsável sabe separar as coisas. O nome do fundo é claro: reserva de emergência. Portanto, você deve usá-lo apenas em momentos de real necessidade. 

A hora de mexer na reserva de emergência é quando surge alguma situação incontornável na vida, como perder o emprego de repente ou enfrentar um problema de saúde. Também é possível que você precise acessar o fundo para resolver de problemas menores, mas igualmente inesperados, como um vazamento na sua casa ou um fogão que estragou sem aviso.

É muito importante que você não comprometa à toa a estabilidade da reserva de emergência, pois nunca se sabe quando você vai, de fato, precisar dela. Depois de estabelecer essa rede segurança com consistência, é hora de começar a investir nos seus demais objetivos.

O fundo de emergência é uma fonte de tranquilidade e resiliência frente às oscilações da vida e do mercado. Todo investidor deve encarar o fundo de emergência como uma prioridade. Entre em contato com a Faz Capital para começar o seu agora mesmo!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.