O Índice Bovespa (Ibovespa) surgiu com a modernização do mercado financeiro do Brasil. Também conhecido como IBOV, ele é o principal índice da Bolsa de Valores do país, pois calcula a média de desempenho das principais ações negociadas na B3.
Em 1968, a B3 ainda era conhecida apenas como Bolsa de Valores de São Paulo. Ela criou o Ibov como forma de fornecer dados e informações adicionais para os investidores. O Ibovespa se tornou uma espécie de termômetro do mercado de ações brasileiro. Mas para que você entenda melhor a sua importância, é preciso conhecer toda a sua história.
Da Bovespa ao Ibovespa
A Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo, foi criada em 1890. Inicialmente, ela se chamava Bolsa Livre e apenas em 1935 passou a ser conhecida pelo nome atual. Até o final do século XX, cada estado tinha sua própria bolsa de valores. No entanto, em 2000 as instituições foram unificadas.
Assim, criou-se uma Bolsa de Valores brasileira. Porém, o nome se manteve o mesmo, como homenagem à sede em São Paulo. Afinal, não é exagero dizer que a cidade é a capital financeira do país. Em 2017, a Bovespa passou por uma nova grande mudança: a BM&FBovespa se uniu à Cetip (Central de Custódia). A fusão deu origem à Brasil, Bolsa e Balcão, mais conhecida como B3.
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O índice Ibovespa acompanhou a evolução da própria Bolsa de Valores. As bases para a formulação do índice remontam ao IBV, Índice Bolsa de Valores, vinculado à antiga Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Após também incorporar outras instituições do mercado, o Ibovespa ganhou a relevância que tem hoje: além de avaliar as variações nos preços dos principais ativos da bolsa, o índice leva em consideração o potencial impacto no pagamento de rendimentos pelas empresas emissoras das ações.
Ibovespa: uma história que oscila com o mercado
Um único índice capaz de mostrar o comportamento das ações mais negociadas na B3. Formado por uma carteira de ações teórica, ele reúne os papéis com maior volume financeiro da Bolsa de Valores brasileira. Essa é a importância que o Ibovespa acumula nos seus mais de 50 anos de história.
O índice permite que os investidores acompanhem a rentabilidade média dessas ações. Assim, fica mais fácil tomar decisões sobre o futuro de suas aplicações. Desde 1968, o Ibovespa registrou ganhos de 2481,39%, segundo pesquisa concluída em 2018. Nesse período, o índice finalizou 25 anos com ganhos e outros 25 anos com perdas.
Os momentos mais marcantes do Ibovespa
O índice Ibovespa oscila com o mercado, o qual, por sua vez, oscila de acordo com a realidade política e socioeconômica do país. Na trajetória de mais de meio século, o Ibovespa enfrentou momentos marcantes.
O ano de 1990 foi um dos piores na história do índice. As perdas acumuladas chegaram a 74,11% diante do anúncio do Plano Collor. Essa foi a política que mais afetou as cadernetas de poupança e as reservas econômicas dos brasileiros nas últimas décadas.
Porém, já no ano seguinte, o Ibovespa acumulou ganhos de 316,38%. Foi nessa época que o índice registrou a maior alta diária, de 36%. Isso ocorreu em 4 de fevereiro de 1991 como reflexo da expectativa dos investidores em relação ao lançamento do Plano Collor 2, que prometia controlar a inflação no país.
Em 2018, ano do seu cinquentenário, o Ibovespa também atingiu altas históricas. Dessa vez, tanto o mercado interno quanto o externo demonstraram expectativas positivas quanto ao resultado das eleições presidenciais no Brasil.

A evolução do Índice Bovespa
Quando foi criado, o Ibovespa reunia apenas 17 ações. Mas entre essas pioneiras estão algumas grandes empresas que fazem parte do índice até hoje. Entre elas estão organizações como a Ambev, antiga Antarctica, o Banco Itaú, as Lojas Americanas e a Companhia Vale do Rio Doce, hoje conhecida como Vale.
Nesses mais de cinquenta anos, no entanto, os critérios para fazer parte do Ibov foram refinados. Hoje os principais quesitos para fazer parte da carteira do Ibovespa são uma boa liquidez e um grande volume de ações negociadas na Bolsa. A cada quatro meses, a B3 reavalia a composição da carteira do Ibov.
Dessa forma, é possível adicionar ou excluir ações conforme elas cumprem ou deixam de cumprir os critérios estabelecidos. Para seguir no Ibovespa, é preciso, por exemplo, obter um volume de negociações maior ou igual a 0,1% nos últimos 12 meses. A empresa também deve participar de, no mínimo, 95% dos pregões anuais. Além disso, são vetadas as ações consideradas “penny stock”, com cotação média abaixo de R$1. Ainda são desconsideradas empresas em recuperação judicial ou extrajudicial, bem como regime especial de administração temporária ou intervenção.
O investidor que aplica no índice Bovespa pode acompanhar diariamente as ações cujos valores sobem ou descem no mercado financeiro. Mais do que uma carteira teórica de ações, o Ibovespa é uma grande fonte de informações qualificadas para quem lida com investimentos. Mas você não precisa enfrentar todos esses dados sozinho. A Faz Capital tem o conhecimento e a experiência para guiar os seus melhores investimentos.