Quanto rende a poupança

Quanto rende a poupança?

Descubra quanto rende a poupança, como funciona e por que pode não ser a melhor escolha de investimento.

Quando se trata de investir, muitos brasileiros ainda recorrem à poupança como uma opção de segurança e praticidade. No entanto, é fundamental entender as nuances desse investimento e avaliar se ele realmente atende às suas necessidades financeiras.

Neste texto, exploraremos o quanto rende a poupança, seu funcionamento e por que, apesar de sua popularidade, ela pode não ser a melhor escolha para quem deseja maximizar seu patrimônio. 

O que é a poupança e como ela funciona? 

Antes de entender quanto rende a poupança, precisamos entender como ela funciona.

A poupança é o investimento mais tradicional e amplamente utilizado no Brasil. Ela é conhecida por sua simplicidade e segurança, sendo uma escolha comum para quem deseja guardar dinheiro sem correr grandes riscos.

Basicamente, ao depositar uma quantia em uma conta poupança, você permite que o banco utilize esse dinheiro para outras operações, e em troca, recebe uma remuneração — os chamados rendimentos. 

Características principais da poupança

  • Liquidez diária: você pode sacar seu dinheiro a qualquer momento, sem precisar esperar um prazo de carência. 
  • Garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos): até o valor de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, o FGC garante a devolução do seu saldo em caso de falência do banco, o que aumenta a sensação de segurança. 
  • Isenção de Imposto de Renda: os rendimentos da poupança são isentos de IR para pessoas físicas, o que atrai muitas pessoas que querem evitar tributação sobre seus ganhos. 

🆗 Uma das maiores vantagens da poupança é a sua acessibilidade. Qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento financeiro avançado, pode abrir uma conta poupança em um banco ou em uma fintech, e começar a investir sem complicações. Com isso, muitos brasileiros ainda a utilizam como principal forma de investimento, especialmente para criar uma reserva de emergência. 

No entanto, apesar dessa popularidade, a rentabilidade da poupança frequentemente fica abaixo da inflação, o que significa que, em termos reais, o poder de compra do seu dinheiro pode diminuir ao longo do tempo. Por isso, embora a poupança seja uma opção segura, ela pode não ser a mais eficiente para quem busca crescimento financeiro a longo prazo. 

Todas as poupanças são iguais? 

Apesar de a poupança ser um produto financeiro bastante padronizado em termos de rentabilidade e funcionamento, existem algumas diferenças que podem influenciar a experiência do investidor dependendo de onde a conta é aberta. A principal distinção entre as poupanças está nos tipos de instituições que oferecem esse serviço e nas facilidades que cada uma proporciona. 

Poupança em bancos tradicionais vs. bancos digitais 🥊

Uma das grandes diferenças entre contas poupança está no tipo de instituição financeira em que você a abre. Bancos tradicionais, como Caixa Econômica, Banco do Brasil e Bradesco, têm uma longa história no mercado e são as escolhas mais comuns. Por outro lado, o surgimento dos bancos digitais e fintechs trouxe uma nova forma de lidar com a poupança, com menos burocracia e mais agilidade. 

  • Bancos tradicionais: oferecem uma rede de agências físicas, além de diversos outros produtos financeiros. Para quem gosta de atendimento presencial e prefere realizar suas operações em um ambiente mais tradicional, essa pode ser uma vantagem. No entanto, muitos desses bancos ainda cobram tarifas de serviços bancários e têm processos mais burocráticos. 
  • Bancos digitais e fintechs: aqui, a grande vantagem está na praticidade. Com interfaces mais modernas e amigáveis, bancos digitais como Nubank e C6 Bank permitem a abertura de uma conta poupança em poucos minutos, diretamente pelo smartphone. Além disso, esses bancos costumam isentar o cliente de tarifas, o que torna a experiência mais leve e acessível. 

Interface e usabilidade 📱

Outro aspecto que diferencia as contas poupança é a experiência digital que cada banco oferece. Nos bancos digitais, você encontra interfaces intuitivas, ferramentas de acompanhamento em tempo real e maior integração com outros serviços financeiros, como investimentos e pagamentos. Já nos bancos tradicionais, essas plataformas digitais podem ser um pouco mais limitadas ou menos otimizadas, embora também ofereçam versões online e aplicativos. 

Atendimento e suporte 🧑🏽‍💻

O suporte ao cliente é outro ponto de diferenciação. Enquanto os bancos tradicionais oferecem atendimento presencial, telefônico e digital, muitas fintechs focam no atendimento via chat ou e-mail.

Embora isso seja mais rápido e eficiente para alguns, pode não ser ideal para quem prefere o contato humano direto, especialmente em momentos de dúvida ou necessidade de resolver problemas urgentes. 

Custos operacionais e tarifas 💸

Embora a conta poupança em si seja isenta de tarifas em todas as instituições, os custos operacionais associados a outros serviços bancários podem variar.

Em bancos tradicionais, é comum que tarifas de manutenção de conta corrente ou serviços extras acabem impactando sua experiência financeira geral. Já nos bancos digitais, a maioria dos serviços adicionais é oferecida de forma gratuita. 

 

Como é calculada a rentabilidade da poupança? 

Para entender quanto rende a poupança, é necessário saber que a sua rentabilidade segue uma regra simples e está diretamente ligada à taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) e à Taxa Referencial (TR). Existem duas fórmulas principais para calcular o rendimento, e a aplicação de cada uma delas depende do valor da Selic. Isso garante que o rendimento da poupança se ajuste conforme as condições econômicas do país. 

☝🏼 Quanto rende a poupança quando a Selic está abaixo ou igual a 8,5% ao ano ?

Neste cenário, a rentabilidade da poupança é calculada como 70% da taxa Selic + Taxa Referencial (TR). A TR, que é um índice adicional, tem tido valor zero nos últimos anos, o que torna a Selic o fator mais relevante no cálculo do rendimento. 

Fórmula de quanto rende a poupança com a Selic abaixo ou igual a 8,5%: 

Rentabilidade = 70% da Selic + TR 

Exemplo: Se a taxa Selic estiver em 6% ao ano e a TR for zero, o rendimento da poupança seria: 

Rentabilidade = 70% de 6% = 4,2% ao ano. 

Isso significa que, ao aplicar R$ 1.000 na poupança, seu saldo ao final de 12 meses seria de aproximadamente R$ 1.042. 

✌🏼 Quanto rende a poupança quando a Selic está acima de 8,5% ao ano?

Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a fórmula para o rendimento da poupança muda. Nesse caso, a remuneração é fixa: 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR). Mesmo que a Selic continue subindo, a poupança mantém essa taxa fixa, limitando os ganhos dos investidores. 

Fórmula de quanto rende a poupança com a Selic acima de 8,5%: 

Rentabilidade = 0,5% ao mês + TR 

Exemplo: Se a Selic estiver em 9%, o rendimento da poupança não muda; ela renderá os mesmos 0,5% ao mês. Com a TR zerada, o rendimento anual seria em torno de 6,17% ao ano. 

Neste caso, ao investir R$ 1.000, o saldo ao final de 12 meses seria de aproximadamente R$ 1.061,70. 

Ciclo de aniversário da poupança 🎂

Outro ponto relevante é que a poupança tem um ciclo de rendimento mensal chamado “data de aniversário”. Isso significa que o rendimento só é creditado na conta a cada 30 dias, a partir da data em que o depósito foi feito. Se você sacar o valor antes dessa data, perderá os rendimentos correspondentes ao período. 

 

Quanto rende a poupança hoje? 

Com a Selic atualmente em 10,75% e a Taxa Referencial (TR) em 0,0738, vamos calcular quanto rende a poupança hoje. 

Como a Selic está acima de 8,5% ao ano, já sabemos que a rentabilidade da poupança é calculada da seguinte forma: Rentabilidade mensal = 0,5% + TR. 

Substituindo os valores para rentabilidade mensal: 

0,5% + 0,0738%  = 0,5738% 

 

Cálculo da rentabilidade anual 

Para calcular a rentabilidade anual, multiplicamos a rentabilidade mensal por 12 meses: 

Rentabilidade anual = 0,5738% x 12 = 6,8856% ao ano (aproximadamente 6,89%) 

Exemplo prático 

Se você investir R$ 1.000 na poupança, ao final de 12 meses, considerando a rentabilidade de aproximadamente 6,89% ao ano, seu saldo será:

R$ 1.000 + (6,89% de R$ 1.000) = R$ 1.000 + R$ 68,89 = R$ 1.068,89

Portanto, com a Selic em 10,75% e a TR em 0,0738, a poupança atualmente rende cerca de 0,5738% ao mês, resultando em uma rentabilidade de aproximadamente 6,89% ao ano.

Para acompanhar as taxas de rendimento da poupança, você pode visitar o site do Banco Central. 

 

Por que a poupança não é considerada um bom investimento? 

Apesar de sua popularidade e simplicidade, a poupança frequentemente não é vista como a melhor opção de investimento por vários motivos que vão além da questão da rentabilidade. Agora que você já sabe quanto rende a poupança, vamos ver algumas razões que explicam por que muitos especialistas recomendam explorar alternativas mais vantajosas: 

1️⃣ Rentabilidade abaixo da inflação 

A principal crítica à poupança é que seus rendimentos muitas vezes não acompanham a inflação. Em cenários em que os preços sobem rapidamente, a rentabilidade da poupança pode ser insuficiente para preservar o poder de compra do investidor. Isso significa que, mesmo com um saldo maior, o dinheiro pode valer menos em termos reais ao longo do tempo. 

2️⃣Falta de diversificação 

Investir todo o capital na poupança implica em uma falta de diversificação. Ter todos os ovos na mesma cesta pode ser arriscado, pois em momentos de baixa rentabilidade, como os atuais, o investidor fica exposto a um crescimento limitado.

Alternativas como ações, fundos de investimento ou títulos públicos podem proporcionar uma diversificação mais robusta e potencialmente maiores retornos. 

3️⃣ Oportunidade de crescimento 

Enquanto a poupança oferece um rendimento fixo e previsível, outras opções de investimento podem gerar retornos exponenciais. O mercado de ações, por exemplo, pode trazer rendimentos significativamente mais altos, embora com riscos associados.

A decisão de não investir em alternativas mais dinâmicas pode resultar em perda de oportunidades de crescimento ao longo do tempo. 

4️⃣ Evolução do mercado financeiro

O avanço da tecnologia financeira e a popularização de plataformas de investimento tornaram o acesso a produtos financeiros mais diversificado e menos oneroso.

Com aplicativos e plataformas que permitem investimentos em renda fixa e variável com baixo custo e sem complicações, a poupança se torna cada vez menos atraente. 

5️⃣ Custo de oportunidade 

Ao optar pela poupança, o investidor pode estar perdendo a chance de investir em produtos que oferecem retornos mais altos ou vantagens fiscais. Essa é uma questão crítica, especialmente para quem tem metas financeiras de longo prazo, como aposentadoria ou compra de imóveis. 

Por essas razões, a poupança, embora segura e acessível, não é considerada um bom investimento para quem busca maximizar seu retorno financeiro. A diversificação e a busca por alternativas mais rentáveis são essenciais para garantir que seu dinheiro trabalhe de forma eficaz para atingir suas metas. 

Investir de maneira inteligente é crucial para o crescimento do seu patrimônio ao longo do tempo. Embora a poupança tenha suas vantagens, as alternativas disponíveis no mercado financeiro podem oferecer melhores retornos e uma proteção mais eficaz contra a inflação.  

Na Faz Capital, estamos prontos para auxiliá-lo na escolha de investimentos que se alinhem com seus objetivos financeiros, proporcionando segurança e potencial de crescimento. Não deixe seu dinheiro parado: venha conversar conosco e descubra como podemos ajudá-lo a alcançar suas metas financeiras. 


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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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