5 estratégias para investir em renda fixa com liquidez diária (1)

5 estratégias para investir em renda fixa com liquidez diária

Descubra 5 estratégias de renda fixa com liquidez diária para investir com segurança e flexibilidade. Saiba como aplicar e proteger seu dinheiro.

Se você é investidor conservador, já sabe: segurança e previsibilidade valem ouro. Mas e quando aparece a necessidade de resgatar o dinheiro rapidamente? É aí que entra a renda fixa com liquidez diária — uma alternativa que une solidez e flexibilidade. Neste texto, você vai conhecer cinco estratégias práticas para investir com liquidez diária — e entender como escolher bem — sem abrir mão da estabilidade.

Para começar, vale observar um dado que revela o momento favorável desse cenário: no segundo trimestre de 2025, o número de investidores em renda fixa aumentou 20% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando mais de 100,2 milhões de CPFs e com valor em custódia de aproximadamente R$ 2,8 trilhões, segundo relatório da B3.

Esse crescimento mostra como mais pessoas têm buscado segurança com liquidez no portfólio.

Agora, vamos às estratégias — com exemplos e explicações claras.

O que significa “renda fixa com liquidez diária”?

Antes das estratégias, é importante definir bem o conceito:

  • Renda fixa: são aplicações em que você sabe (ou ao menos projeta) uma rentabilidade indexada (juros, inflação, etc.).
  • Liquidez diária: significa que você pode resgatar seu dinheiro em qualquer dia útil, sem precisar aguardar um prazo de vencimento.

Essa combinação permite que o investidor preserve o capital, receba juros e ainda mantenha flexibilidade para emergências.

Nem todo produto de renda fixa oferece liquidez diária — logo, a escolha precisa ser feita com critério.

5 estratégias para investir em renda fixa com liquidez diária

1. Fundos DI ou de renda fixa referenciados DI

O que são

Fundos que investem predominantemente em títulos públicos ou privados de curto prazo indexados à taxa DI (ou próximo). A liquidez normalmente é diária, ou seja, você pode pedir resgate em qualquer dia útil — embora o pagamento efetivo leve 1 dia útil após o pedido.

Por que usar essa estratégia

  • Ideal para “reserva de oportunidade” (dinheiro que pode ser usado em algo que aparecer).
  • Permite diversificação automática entre diferentes títulos e emissores.
  • Você conta com a gestão profissional, sem ter que escolher cada título.

Cuidados / exemplos práticos

  • Verifique a taxa de administração: taxas altas corroem rentabilidade líquida.
  • Veja o prazo de liquidação (geralmente D+1).
  • Exemplo: você investe R$ 10.000 num fundo DI com liquidez diária e taxa de administração de 0,5% ao ano. Se o rendimento bruto for de 8% ao ano para DI, a taxa líquida cairá após custos.

2. CDBs de liquidez diária (CDB com resgate a qualquer momento)

O que são

Certificados de Depósito Bancário emitidos por bancos que permitem resgate em qualquer dia útil (alguns oferecem cotas diárias ou “CDB liquidez diária”).

Por que usar essa estratégia

  • Sem intermediação de fundo, você investe diretamente no título.
  • Pode encontrar taxas competitivas, especialmente em bancos menores.
  • Bom para quem quer controle mais direto dos ativos.

Cuidados / exemplos práticos

  • Verifique quem é o emissor (risco de crédito).
  • Certifique-se de que há liquidez diária contratual.
  • Mesmo com liquidez diária, não espere “pagar hoje para retirar hoje” em todos os casos; alguns CDBs têm prazo mínimo ou carência.
  • Exemplo: um CDB de liquidez diária emitido por banco médio paga 110% do CDI. Se o CDI estiver em 13,5% ao ano, você teria um rendimento bruto próximo a ~14,85% (antes de impostos e taxas). Mas, ao pedir resgate, consulte se há prazo de liquidação.

3. Tesouro Selic (Tesouro Direto) — com resgate antecipado

O que é

Título público federal indexado à taxa Selic. Mesmo que não seja “liquidez intradiária” no sentido puro, o Tesouro Selic permite venda em qualquer dia útil no mercado secundário, com liquidação em D+1.

Por que usar essa estratégia

  • Segurança elevada (título público).
  • Rendimento flutua conforme a taxa Selic (ágil em ambiente de juros elevados).
  • A parcela de Tesouro Selic no portfólio ajuda a balancear risco.

Cuidados / exemplos práticos

  • Ao vender antes do vencimento, você recebe o valor de mercado do título — pode haver pequeno desvio dependendo da curva de juros.
  • taxa de custódia da B3 (0,25% ao ano) e tributos regulares (IR regressivo).
  • Exemplo: você compra Tesouro Selic com liquidez teórica diária. Se, dois meses depois, a taxa Selic cai, o valor de venda poderá ter leve impacto. Mas, historicamente, o impacto costuma ser pequeno para prazos curtos.

4. LC com liquidez diária / LC “conta remunerada”

O que são

Alguns bancos oferecem Letras de Câmbio (LC) ou modalidades semelhantes com liquidez diária, ou transformam “contas remuneradas” em instrumentos de crédito. Muitas contas remuneradas são, na prática, títulos de crédito (CDB, LC) com liquidez imediata.

Por que usar essa estratégia

  • Fácil de aplicar: muitas instituições permitem movimentação por app.
  • Transparência e simplicidade.
  • Pode servir como “substituto” para o fundo DI de parte da reserva.

Cuidados / exemplos práticos

  • Verifique se há limite de saque diário ou “buffer” mínimo.
  • Observe taxas e bonificações.
  • Exemplo: você deixa R$ 5.000 numa conta remunerada que remunera 100% do CDI. Se o CDI estiver em 14% ao ano, você recebe 14% ao ano proporcionalmente (com liquidez quase imediata). Mas se quiser sacar num final de semana, o processamento pode esperar até o próximo dia útil.

5. Estratégia mista: caixa + liquidez parcial + saldo amortizado

O que é

Não se trata de um produto único, mas de uma combinação inteligente de instrumentos com liquidez diária para compor a parcela “disponível” do seu portfólio:

  • Parte do capital fica em fundo DI ou Tesouro Selic (para emergências).
  • Outra parte, em CDB de liquidez diária que ofereça retorno superior.
  • Uma “folga” em conta remunerada para flexibilizar ainda mais.

Por que usar essa estratégia

  • Gera equilíbrio entre rendimento e segurança.
  • Reduz risco de “prender dinheiro” em momento errado.
  • Permite reagir a oportunidades sem depender de prazos longos.

Cuidados / exemplos práticos

  • Monitore mensalmente o peso de cada instrumento.
  • Recalibre proporcionalmente após grandes resgates.
  • Exemplo prático: você decide que 30% do capital ficará em liquidez diária pura (fundo DI + Tesouro Selic), 50% em CDB líquido e 20% em aplicações com prazo mais longo (sem liquidez diária). Quando precisar de recursos emergenciais, gira-se a parte de liquidez diária.

Quer saber como investir em renda fixa em uma das maiores instituições financeiras do Brasil? Veja como no vídeo abaixo:

As informações neste material são de caráter exclusivamente informativo e não se configuram como recomendação de investimento, oferta de compra ou venda de quaisquer ativos financeiros.

Comparativo das estratégias (resumo)

Estratégia Vantagens principais Riscos / pontos de atenção
Fundo DI diversificação automática, praticidade taxas de administração, prazo de liquidação
CDB de liquidez diária rendimento direto, controle risco de crédito do banco, limitação de resgate
Tesouro Selic segurança pública custo de custódia, possível variação no mercado
Conta remunerada / LC com liquidez praticidade, movimentação fácil limites de saque, taxas ocultas
Estratégia mista robustez e flexibilidade exige monitoramento constante

Perguntas frequentes (FAQ)

1. “Liquidez diária” significa que posso resgatar e ter dinheiro no mesmo dia?

Nem sempre. Em muitos casos, o resgate é solicitado hoje, mas o valor é liquidado no dia útil seguinte (D+1). Ou seja: você não precisa aguardar vencimento fixo, mas não necessariamente recebe na hora.

2. Mesmo com liquidez diária, posso perder dinheiro?

Sim, especialmente se o emissor tiver risco de crédito ou se houver impacto no mercado (em casos de títulos negociados antes do vencimento). Por isso, prefira emissores sólidos e diversifique.

3. Vale deixar tudo em liquidez diária?

Não necessariamente. Se seu horizonte de investimento for maior (anos), parte do capital pode render mais em aplicações com prazo, cuja rentabilidade tende a ser superior. Liquidez diária serve à parcela mais conservadora do portfólio.

4. Como tributar essas aplicações?

Geralmente, aplica-se Imposto de Renda na fonte, segundo tabela regressiva (22,5% até 6 meses, etc.). Fundos DI têm regime específico, mas também são sujeitos a IR conforme prazo.

5. Existe garantia do FGC nessas aplicações?

Sim, para CDBs e LCs emitidos por bancos regulados (até R$ 250 mil por instituição) existe cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Já nos fundos DI e Tesouro Direto a garantia não aplica — a segurança vem da saúde da instituição ou do título público.

Por que escolher renda fixa com liquidez diária hoje?

  • Em períodos de juros mais altos, a renda fixa torna-se mais atrativa como alternativa à poupança.
  • O aumento de investidores no segmento confirma essa tendência: o mercado registrou crescimento de 20% no número de investidores de renda fixa entre segundo trimestre do ano de 2024 e segundo trimestre do ano de 2025, com mais de 100,2 milhões de CPFs na categoria.
  • Ações e outros ativos mais voláteis continuam atraentes para parte do portfólio, mas a base conservadora precisa de “colchão” com liquidez.

Ao investir em renda fixa com liquidez diária, você conquista não apenas segurança, mas também liberdade para reagir a imprevistos e oportunidades. Seja via fundos DI, CDBs de liquidez, Tesouro Selic ou contas remuneradas, o essencial é entender qual estratégia combina com seu perfil e com seus objetivos.

Se você quer se aprofundar ainda mais nesse universo e aprender como estruturar uma carteira de renda fixa com inteligência, vale conferir nosso material exclusivo. Clique aqui e baixe gratuitamente o e-book “Renda Fixa: tudo o que você precisa saber”.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.