Investir em LCI e LCA vantagens e desvantagens e o que muda com a nova tributação

Investir em LCI e LCA: vantagens e desvantagens e o que muda com a nova tributação

Descubra o que são LCI e LCA, como funcionam, quais as vantagens e se ainda valem a pena mesmo com a nova tributação a partir de 2026.

Quem começa a investir geralmente dá os primeiros passos pela renda fixa. E não é à toa: essas aplicações oferecem previsibilidade, segurança e são ideais para quem está construindo sua estratégia financeira com cautela. Dentro desse universo, existem diversas alternativas além da tradicional poupança. E uma alternativo interessante é investir em LCI e LCA.

Esses dois investimentos têm ganhado destaque porque unem segurança, bons rendimentos e benefícios fiscais, já que tem Imposto de Renda reduzido para pessoas físicas. Além disso, ajudam a financiar setores estratégicos da economia brasileira, como o imobiliário e o agronegócio.

Se você tem interesse em investir em renda fixa e quer saber mais sobre esses ativos, esse é o lugar certo. Neste artigo, vamos explicar o que são LCI e LCA, como funcionam, vantagens e desvantagens, e como incluí-los de forma inteligente na sua carteira.

O que são LCI e LCA

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos de renda fixa emitidos por bancos. São uma forma de captar recursos para financiar setores estratégicos da economia: o mercado imobiliário (no caso da LCI) e o agronegócio (no caso da LCA).

Ao investir em LCI e LCA, você está emprestando dinheiro para o banco, que direciona esses recursos para operações ligadas a esses setores. Em troca, você recebe uma rentabilidade previamente definida, seja ela prefixada, atrelada ao CDI ou híbrida.

Uma característica importante é que tanto a LCI quanto a LCA contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC assegura investimentos de até R$ 250 mil por CPF e instituição, em caso de problemas com o emissor. Isso faz com que sejam considerados investimentos bastante seguros, especialmente quando comparados a alternativas de maior risco, como ações.

Assim, são instrumentos que unem baixo risco com potencial de retornos atrativos, especialmente para investidores que buscam diversificar além do Tesouro Direto e CDBs.

Como funciona investir em LCI e LCA

Investir em LCI e LCA funciona como um empréstimo que o investidor faz ao banco. Em seguida, o bando empresta esse dinheiro para produtores ruais, que usam para comprar insumos e financiar suas atividades. Em troca do empréstimo ao banco, recebe a promessa de remuneração em uma data futura. Essa remuneração pode ser de três tipos:

Prefixada: você já sabe exatamente quanto vai receber no vencimento, pois a taxa é definida no momento da aplicação.

Pós-fixada: a rentabilidade é atrelada a um índice, geralmente o CDI, acompanhando as taxas de juros do mercado.

Híbrida: combina uma parte prefixada com outra indexada à inflação (IPCA), protegendo o poder de compra no longo prazo.

Outro ponto importante é o prazo de carência. Diferente da poupança ou de alguns CDBs com liquidez diária, LCIs e LCAs exigem que o dinheiro permaneça investido até a data de vencimento estabelecida. Esse período pode variar de alguns meses a alguns anos, e não é possível resgatar o valor antes.

Um dos grandes atrativos sempre foi a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, tornando sua rentabilidade líquida bastante competitiva. No entanto, uma medida do governo institui a cobrança de uma alíquota de 5% nos rendimentos das LCIs e LCAs emitidos a partir de 2026. A tributação impacta na comparação com outros títulos, mas as mantém como uma opção atrativa, tendo uma das menores taxa entre os investimentos.

Investir em LCI a LCA: Vantagens e Desvantagens

Assim como todo investimento, as LCIs e LCAs apresentam pontos fortes e limitações. Entender esses aspectos é essencial para avaliar se eles se encaixam na sua estratégia.

Vantagens

Segurança: LCIs e LCAs são lastreadas em créditos imobiliários e do agronegócio, setores estratégicos da economia brasileira. Além disso, contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até R$ 250 mil por CPF e por instituição, trazendo mais proteção.

Rentabilidade líquida competitiva: até 2024, a isenção de IR garante que o rendimento líquido seja superior a muitos CDBs ou Tesouro Selic. Mesmo com a futura taxação de 5%, a carga tributária segue muito menor que a de outros ativos de renda fixa.

Diversificação: investir em LCIs e LCAs permite variar a carteira dentro da renda fixa, com prazos e indexadores diferentes.

Desvantagens

Baixa liquidez: não é possível resgatar antes do vencimento. Isso exige planejamento financeiro para não comprometer a reserva de emergência.

Oferta limitada: a disponibilidade desses títulos varia conforme a captação das instituições financeiras. Muitas vezes, as melhores taxas estão em bancos médios, o que pode afastar investidores mais conservadores.

Risco de perder atratividade: com a chegada da nova tributação em 2026, LCIs e LCAs podem perder parte da vantagem em relação a outros produtos isentos ou mais líquidos.

Investir em LCI e LCA: ainda vale a pena após a taxação?

A grande dúvida de muitos investidores hoje é se as LCIs e LCAs ainda serão atrativas depois da implementação da nova tributação de 5%, que entra em vigor em 2026. Primeiro, precisamos entender como a tributação vai funcionar.

A partir de 2026, os títulos de LCI e LCA emitidos passarão a ter alíquota fixa de 5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Essa mudança faz parte da nova reforma tributária, que também altera a forma de tributação de outros produtos de renda fixa. Com a nova regra, produtos como CDBs e Tesouro Direto deixarão a tabela regressiva atual (15% a 22,5%) para uma alíquota única de 17,5%. Porém, os títulos emitidos em 2025 permanecem com as regras atuais.

Na prática, mesmo com essa nova regra, LCIs e LCAs continuam oferecendo uma boa vantagem em relação a outras aplicações. Por exemplo, em uma LCI com rendimento bruto de 10% ao ano, o investidor hoje recebe líquido os mesmos 10%. A partir de 2026, esse valor cai para cerca de 9,5% com a nova alíquota. Já um CDB de 10% renderia líquido apenas 8,25% com a tributação de 17,5%.

Como exemplo, vamos imaginar um investimento de R$ 100.000 com rendimento de 10% ao ano durante cinco anos em uma LCI e em um CDB. Mesmo com a alíquota de 5%, o investimento em LCI teria acumulado cerca de R$ 157.423 líquidos ao final do período. Já no CDB, tributado em 17,5%, o valor seria de aproximadamente R$ 148.641. Ou seja, uma diferença de quase R$ 9.000 em favor das letras de crédito.

Assim, mesmo com o fim da isenção total, LCIs e LCAs seguem atrativas, pois preservam um diferencial tributário em relação a outros produtos. Para investidores que buscam segurança e rendimento líquido competitivo, essas aplicações continuam sendo boas opções para diversificação da carteira.

Como incorporar LCI e LCA na sua carteira

Investir em LCI e LCA pode desempenhar um papel estratégico dentro de uma carteira de investimentos em renda fixa. Por oferecerem segurança, prazos definidos e boa rentabilidade líquida, mesmo após a nova tributação, são ideais para compor a parte mais conservadora do portfólio.

Eles podem ser usados como alternativa ao CDB, ao Tesouro Selic ou até mesmo a alguns fundos, garantindo diversificação e eficiência fiscal. Para investidores que já possuem exposição em renda variável, funcionam como um contrapeso estável, ajudando a equilibrar risco e retorno.

O ponto essencial é alinhar o prazo do título com seus objetivos financeiros. Ajustando sua necessidade de liquidez, investir em LCI e LCA é uma excelente opção para preservar patrimônio e obter retornos consistentes.

Quer entender melhor como as letras de crédito podem beneficiar a sua carteira de investimentos? Fale com a gente!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.