COE

Operações estruturadas: o que é COE (e como investir)?

Descubra o que é COE, como funciona e quais seus tipos, vantagens e riscos para diversificar sua carteira de investimentos.

No cenário atual de investimentos, cada vez mais investidores buscam alternativas que combinem segurança e potencial de rentabilidade. Entre essas opções, o COE (Certificado de Operações Estruturadas) vem ganhando espaço no Brasil. Esse tipo de investimento une elementos da renda fixa e da renda variável em um único produto, com características e resultados pré-definidos.

Mas afinal, o que é COE? Ao longo deste artigo, vamos explicar em detalhes o que são operações estruturadas, como funciona o COE, quais são seus tipos, vantagens e riscos, e como você pode investir nesse produto de forma alinhada ao seu perfil e objetivos financeiros.

Venha conhecer mais sobre esse instrumento financeiro comum no exterior e adaptado ao mercado brasileiro.

O que é COE

O COE, ou Certificado de Operações Estruturadas, é um produto financeiro que combina diferentes tipos de ativos e estratégias dentro de uma única estrutura. É uma alternativa que une a previsibilidade da renda fixa com o potencial de valorização da renda variável, em um formato acessível e com regras claras.

Esse tipo de investimento segue modelos internacionais conhecidos como structured notes, bastante comuns nos mercados dos Estados Unidos e da Europa. No Brasil, o COE é regulamentado pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), garantindo mais segurança e transparência para o investidor.

É importante entender que o COE é um veículo de alocação, e não a alocação em si. Isso significa que ele funciona como um “envelope” que abriga diferentes ativos e estratégias — como títulos públicos, derivativos, ações, moedas ou commodities — de forma estruturada. A alocação acontece nos instrumentos que estão dentro dele, e é essa composição interna que define o risco e o potencial de retorno da operação.

Essa estrutura faz do COE uma alternativa versátil, adequada para diferentes perfis, desde os que priorizam segurança até os que buscam oportunidades mais arrojadas.

Como funciona um COE

Como falamos, o COE funciona como um “pacote” de investimentos criado por um banco emissor, combinando diferentes ativos e estratégias buscando um objetivo específico.

Geralmente, sua estrutura é dividida em duas partes:

Componente de proteção – Uma parte do valor investido é direcionada para ativos de renda fixa, como títulos públicos. Essa parte garante a devolução parcial ou total do capital no vencimento (no caso dos COEs com capital protegido).

Componente de potencial de ganho – Outra parte é investida em ativos de maior risco ou derivativos, atrelados a um ativo de referência, como ações, índices, moedas ou commodities. É essa parcela que oferece a chance de rentabilidade extra.

No momento da criação do COE o emissor define as regras de funcionamento. Entre as regras, devem ser definidos o ativo de referência, prazo de vencimento, como calcular o retorno e em quais cenários haverá ganho ou perda.

Durante o prazo do COE, o investidor não pode resgatar o capital antecipadamente. No vencimento, o retorno dependerá do desempenho do ativo de referência em relação às condições estipuladas. Isso pode resultar em:

  • Receber o capital de volta (com ou sem rendimento) no caso de proteção.
  • Receber o capital acrescido dos ganhos obtidos.
  • Sofrer perda parcial ou total, no caso de COEs com capital de risco.

Esse formato permite ao investidor acessar mercados e estratégias sofisticadas de forma simplificada, mas exige compreensão dos cenários de resultado antes de aplicar.

Tipos de COE e suas vantagens e riscos

O COE pode ser estruturado de formas diferentes, de acordo com o nível de proteção ao capital e o perfil de risco do investidor. No Brasil, os dois formatos mais comuns são o COE com Capital Protegido e o COE com Capital de Risco.

COE com Capital Protegido

Neste formato, o investidor tem a garantia de receber 100% do valor investido no vencimento, independentemente do desempenho do ativo de referência. Isso é possível porque parte do capital é alocada em renda fixa de baixo risco, que assegura essa devolução.

Vantagens:

  • Segurança de preservar o capital inicial;
  • Acesso a mercados e estratégias sofisticadas sem risco de perda do principal;
  • Possibilidade de ganhos extras caso o ativo de referência se valorize.

Riscos:

  • Rentabilidade pode ser nula se o cenário projetado não se confirmar;
  • Pode perder para a inflação, reduzindo o ganho real;
  • Baixa liquidez: resgate apenas no vencimento.

COE com Capital de Risco

Aqui, o investidor assume o risco de perder parte ou até todo o valor investido, dependendo da performance do ativo de referência. Isso permite que mais capital seja destinado à parcela de risco, ampliando o potencial de rentabilidade.

Vantagens:

  • Potencial de retorno mais elevado;
  • Acesso a estratégias e ativos que não estariam disponíveis individualmente;
  • Estrutura flexível e adaptável a diferentes cenários de mercado.

Riscos:

  • Possibilidade de perda parcial ou total do capital;
  • Exposição direta à volatilidade do ativo de referência;
  • Risco de crédito do emissor.

Para quem o COE é indicado

O COE pode atender a diferentes perfis de investidor, desde que haja clareza sobre os objetivos e os riscos envolvidos. A escolha entre um COE com capital protegido ou com capital de risco depende do nível de tolerância à volatilidade e da expectativa de retorno.

Para o investidor conservador ou moderado, o COE com capital protegido pode ser uma boa opção. Ele oferece a garantia de receber o valor investido, e abre a possibilidade de ganhos adicionais caso o ativo de referência apresente desempenho positivo.

Já para o investidor moderado ou agressivo, o COE com capital de risco pode ser mais atrativo. Embora exista a possibilidade de perda, esse formato permite maior alocação em ativos de risco. Isso aumenta o potencial de rentabilidade e possibilita o acesso a mercados e estratégias que normalmente não estariam disponíveis diretamente.

Em ambos os casos, é essencial compreender a estrutura do COE, os cenários de ganho e perda e o prazo de vencimento antes de investir. Essa análise garante que o produto esteja alinhado ao seu perfil e aos seus objetivos financeiros.

Como investir em COE

Investir em um COE é um processo simples, mas que exige atenção a alguns pontos para garantir que o produto esteja alinhado ao seu perfil e objetivos.

Onde investir

COEs são emitidos por bancos e corretoras autorizadas. É importante escolher uma instituição confiável, com histórico sólido e variedade de estruturas disponíveis, como a XP.

O que analisar antes de investir

Lâmina de informações essenciais: documento obrigatório que apresenta prazo, ativo de referência, cenários de rentabilidade, riscos e regras de resgate.

Estrutura do COE: verifique se é de capital protegido ou capital de risco e como isso se encaixa no seu apetite a risco.

Ativo de referência: entenda o mercado, índice ou ativo ao qual o COE está atrelado e avalie seu potencial.

Pontos de atenção

Liquidez: a maioria dos COEs só permite resgate no vencimento, o que pode significar de 1 a 5 anos de imobilização do capital.

Risco de crédito: como é emitido por uma instituição financeira, existe o risco de crédito do emissor.

Diversificação: considere se o COE contribui para equilibrar a sua carteira.

Consultar um assessor de investimentos antes da aplicação é sempre uma boa prática, garantindo que o produto esteja de fato alinhado aos seus objetivos.

Quer saber como COEs podem se encaixar na sua carteira contribuir na sua estratégia de investimentos? Fale com a gente!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.