Tesouro Renda+

Tesouro Renda+: dinheiro extra na aposentadoria

Neste texto você vai aprender:

Você deve ter ouvido falar sobre o Tesouro Renda+, o título público que veio para complementar a aposentadoria dos brasileiros.

Todo mundo sabe que não é possível contar com a aposentadoria pública como a sua única fonte de renda no fim da vida. E, se não sabia, agora você sabe.

Acontece que o Brasil está vivendo a inversão da pirâmide etária de sua população e, por isso, no futuro vai ter menos gente em idade ativa para pagar a sua aposentadoria. Conceitualmente falando, a previdência pública é o maior esquema de pirâmide legalizado do país.  

Apesar de dramático, o comentário é bem preciso em relação ao que é essa solução de aposentadoria. A previdência pública literalmente depende que a gente tenha mais pessoas em idade ativa do que pessoas aposentadas, para que haja mais gente para pagar a aposentadoria de uma minoria.

Com a expectativa de vida aumentando e a taxa de natalidade diminuindo, essa conta simplesmente não fecha.  

Por isso, até a própria Secretária do Tesouro Nacional, um órgão governamental, está criando o Tesouro Renda+, que é uma solução “terceirizada”, para que você consiga ter renda no fim da sua vida. 

O que é o Tesouro Direto? 

Antes de mais nada, o Tesouro Direto é um programa da Secretaria do Tesouro Nacional criado em 2002 para democratizar o acesso dos Títulos Públicos para a pessoa física. Por sua vez, os títulos públicos são mecanismos de financiamento que o governo brasileiro tem para pagar sua dívida e projetos financeiros. 

Resumindo, a plataforma do tesouro permite que você compre títulos de dívida brasileira e ganhe uma rentabilidade por isso, da mesma forma que os principais títulos de renda fixa que hoje você pode comprar no seu banco ou corretora.  

Atualmente, o Tesouro tem títulos:

➡️ prefixados,

➡️ pós fixados,

➡️ indexados à inflação,

➡️ e ainda sub categorias desses tipos de títulos que pagam cupons semestralmente.

Além desses investimentos, o Tesouro acabou de lançar o Renda+, que é o produto destinado especificamente pra ajudar você a se aposentar.  

 

Descubra como alcançar retornos consistentes de mais de 1% ao mês.

 

Por que o Renda+ foi criado? 

Segundo apresentação do próprio Tesouro Direto,

  • 46% dos aposentados do Brasil dizem que o valor de sua aposentadoria não é suficiente para pagar as contas e despesas pessoais, e
  • 89% dos brasileiros dizem que é muito importante investir para estar em uma situação confortável na aposentadoria.  

Por um lado, como a gente bem sabe, existem diversos produtos previdenciários no país. Contudo, eles podem ser bem confusos para a maior parte da população, com critérios não muito claros de investimento, taxas muito altas e, inclusive, abusivas, assim como uma estratégia de investimentos que pode não estar muito alinhada com o interesse dos investidores.  

Aliás, isso não é um problema só dos brasileiros. Nos Estados Unidos, por exemplo, os Pension Funds, que são soluções paralelas aos nossos fundos previdenciários, em diversos casos acabam sendo exageradamente arrojados para a realidade de americanos mais conservadores. Dependendo do momento da aposentadoria, essa combinação de alto risco e expectativa de se aposentar pode ser bem complicada.  

Por outro lado, a realidade trabalhista mudou muito nessa última década no mundo todo. E aqui no Brasil, a população passou a mudar muito mais de trabalho e em regimes trabalhistas diferentes do convencional. A pejotização, a ampliação dos autônomos e a expansão do empreendedorismo fez com que o INSS deixasse de fazer sentido para boa parte da população.  

Olhando para esse cenário, porém, a secretaria do tesouro nacional criou uma solução para suprir a necessidade do brasileiro médio, que não tem acesso a conhecimento em educação financeira e precisa de alguma solução para complementar a aposentadoria.  

O que é o Renda+ 

O Tesouro Renda+ foi inspirado em um paper dos professores Robert Merton (nobel de economia de 1997) e Arun Muralidhar que criaram o conceito SeLFIES, em inglês, ou SUPER, em português. (S)imples (U)niversais (P)ortáveis (E)ficientes e (R)egulados 

O título foi criado para complementar a aposentadoria pública de brasileiros com renda mensal entre 3 e 5 salários mínimos, com uma renda extra temporária paga por 20 anos. No entanto, para que isso possa acontecer, o investidor precisa contribuir para o plano de acordo com o prazo e aportes indicados na própria calculadora do Tesouro, que você encontra aqui 

Tesouro IPCA x Tesouro Renda+

A ideia desse título é muito semelhante ao Tesouro IPCA+, também chamado de NTN-B, que tem uma rentabilidade atrelada ao IPCA mais uma taxa prefixada. Todavia, no caso do IPCA+, você recebe a sua rentabilidade na forma de cupons semestrais desde o momento em que começou a investir no produto.  

De forma semelhante, o Tesouro Renda+, que também pode ser chamado de NTN-B Série 1, é um investimento atrelado ao IPCA com uma taxa prefixada e que paga cupons para o investidor. Embora similar, a diferença aqui está no momento e na forma do pagamento desses cupons. 

Características do Renda+

No caso do Renda+, no entanto, você só começa a receber os cupons de rentabilidade depois do tempo estabelecido pelo seu título, que pode ser de 7 a 42 anos.  

Neste caso, se você possui um Tesouro Renda+ com data de conversão para 2060, você contribui com esse investimento até o ano de 2060 e recebe renda mensal durante 20 anos, entre 2060 e 2080.

Mesmo assim, existe liquidez diária como em qualquer título do Tesouro. Isso significa que você pode vender o seu papel de volta para o tesouro em qualquer momento. Em 2030, 2070, 2040, tanto faz. Só que é preciso cuidado com a marcação a mercado pois, caso você venda antes do vencimento, pode ser que você receba menos do que o contratado na sua aplicação.  

Taxa de Custódia do Tesouro Renda+

Outra diferença do Renda+ em relação ao Tesouro IPCA+ é que você é bonificado se mantiver o título por mais tempo. A taxa de custódia é cobrada no momento do resgate, e é decrescente em relação ao tempo. Até 10 anos, você paga 0,5% a.a. de custódia. No se resgatar seu papel no vencimento, entretanto, você não paga nada.

Prazo até a saída (anos) Taxa sobre o valor de resgate (a.a.)
De  Até  
0 10 0,50%
10 20 0,20%
Acima de 20 0,10%
Vencimento  0,00%

Por outro lado, é importante lembrar que essa solução foi criada para trabalhadores que queiram complementar a sua renda em até 6 salários mínimos. Por isso, há a cobrança de uma taxa de custódia adicional para cada salário mínimo a mais de renda mensal.  

Renda Mensal Taxa sobre a renda mensal (a.a.)
Até 6 salários mínimos 0%
Mais de 6 salários mínimos 0,10% sobre o excedente

 

E tem um ponto importante: enquanto os outros títulos do Tesouro Direto não possuem carência, o Tesouro Renda+, no entanto, tem carência de 60 dias. Isso significa que você só vai poder revender o seu papel depois de 60 dias que fez o investimento. Essa é uma prática comum no mercado de investimentos e, em renda fixa, você já deve ter visto essa regra no caso de investimentos em LCI ou LCA.  

Quanto que rende o Renda+? 

Esse novo produto do Tesouro é muito parecido com o Tesouro IPCA+ e a rentabilidade, portanto, acaba sendo uma dessas semelhanças. Todos os títulos são indexados ao IPCA, com uma taxa prefixada a mais, e você pode conferir em tempo real os produtos disponíveis no site do Tesouro ou em sua corretora.

Também é possível conferir a rentabilidade do seu investimento por meio da calculadora do próprio Tesouro Direto, para que você possa conferir a rentabilidade esperada, a renda que você vai ter com o produto e o quanto precisará aportar para chegar no seu objetivo.  

Vale a pena investir no Tesouro Renda+? 

Como visto, esse novo produto para a aposentadoria é bem semelhante a outros produtos que já temos no mercado. É um ótimo produto que visa a complementação da aposentadoria do brasileiro, mas não é uma solução única e não deve ser utilizado de maneira exagerada em uma carteira de investimentos.

O ideal é sempre considerar um plano financeiro balanceado, de acordo com as suas necessidades financeiras, seus sonhos e seus objetivos. Então, sim, é uma boa aplicação, desde que seja feita de forma coerente com o restante dos investimentos da sua carteira.  

Caso você não se sinta seguro ou queira uma ajuda na consolidação do seu patrimônio, você sempre pode contar com nossos especialistas da Faz Capital. Entre em contato e saiba mais como podemos te ajudar.  

 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.