Neste texto você vai aprender:

No universo dos investimentos, o Índice VIX, muitas vezes chamado de “Índice do Medo”, serve como um termômetro que revela o nível de ansiedade do mercado.

O mercado de investimentos é um animal assustadiço. 👀 Qualquer evento razoavelmente relevante se transforma instantaneamente em oportunidade ou em aversão a risco. Pode ser algo tão simples quanto a escolha de vocabulário de um dirigente de banco central até a crítica divulgação do balanço de uma empresa chinesa. Sempre há um analista ao redor do mundo avaliando os impactos de eventos políticos, econômicos, militares e ambientais (quem sabe até astrológicos) sobre as ações e títulos negociados em bolsas de valores.

Quando os eventos não são lá muito promissores, ou meramente indefinidos, os mercados tendem a reagir com aversão. Medir e entender esses momentos pode ser valioso para o investidor na hora escolher onde colocar seu dinheiro, e um dos medidores mais famosos dos receios do mercado financeiro é chamado de Índice do Medo: o Índice Vix.

Entendendo o VIX e suas implicações

Investir bem envolve, além de obviamente escolher bons ativos onde colocar o seu dinheiro, saber o que NÃO fazer em determinados momentos. E é sobre isso que o Vix alerta os investidores: quando ele está elevado, é a hora de não assumir muitos riscos.

Ele oferece uma visão rápida e quantificável do risco percebido no mercado. Historicamente, picos no VIX precederam quedas acentuadas no mercado de ações, tornando-o um indicador útil para antecipar fortes correções ou crises financeiras.

Em outubro de 2008, o índice do medo chegou a seu ponto histórico mais alto durante um pregão, 89 pontos. Foi um reflexo da quebra do banco Lehman Brothers que, em um efeito dominó, lançou o mundo em uma das maiores crises contemporâneas.

Em março de 2020, o Vix teve seu valor mais elevado de fechamento, 82 pontos, predizendo a severa contração econômica resultante das medidas de combate à covid-19, que culminaram em desvalorizações trilionárias de negócios ao redor do mundo.

Nas duas ocasiões, as reações dos investidores foram muito parecidas: fuga para ativos seguros, como o dólar e o ouro, e para países com economia mais sólida, como a americana.

⚠️ Isto não quer dizer que, a cada pico do Vix, você deva vender todas as suas ações e comprar títulos pré-fixados americanos. No entanto, caso ele permaneça alto por um período constante, talvez seja prudente reavaliar posições, principalmente as já naturalmente mais voláteis, como ações e títulos de longo prazo. ⚠️

Como o VIX monitora a volatilidade do mercado

Surgido em 1993, o índice Vix é medido com base nas empresas do mais famoso índice de ações, o S&P 500, da Bolsa de Nova York. Resumindo, ele mede a volatilidade (intensidade e frequência com que um ativo varia de preço) em uma janela de 30 dias das 500 maiores empresas americanas. Quanto mais alta a pontuação do Vix, mais incertezas o mercado está precificando e maiores são as chances de haver fuga de investimentos para ativos mais conservadores no curto prazo.

Para uma referência rápida sobre o humor do mercado, confira a tabela abaixo: 

Pontuação do VIX  Volatilidade do Mercado  Implicações
0 – 12 Volatilidade Muito Baixa Confiança elevada no mercado, com expectativas de estabilidade ou alta.
13 – 19 Volatilidade Baixa a Moderada Mercados geralmente calmos, com níveis moderados de incerteza ou pequenas flutuações.
20 – 29 Volatilidade Moderada Aumento da incerteza; potencial para movimentos maiores no mercado ou correções.
30 – 39 Alta Volatilidade Medo ou incerteza significativa no mercado, geralmente ligada a eventos econômicos ou geopolíticos.
40 – 49 Volatilidade Muito Alta  Estresse severo no mercado; potencial para quedas acentuadas ou grandes oscilações nos preços dos ativos.
50+ Volatilidade Extrema Pânico ou condições de crise no mercado; incerteza muito alta, com potencial para movimentos drásticos.

Naturalmente, o Vix é apenas um termômetro do sentimento dos operadores do mercado financeiro. Nenhuma decisão de investimentos deve ser tomada somente com base nele. No entanto, é um instrumento de reação rápida dos humores globais e pode oferecer boas percepções para decisões de alocação.

Como investir

Como os demais índices, o Vix não é um ativo em si, mas uma métrica de mercado. Portanto, não se pode “comprar” o índice. Mas existem ativos que, em maior ou menor grau, estão atrelados às suas variações, principalmente através de instrumentos derivativos. Aqui vão dois:

1️⃣ ETN (Exchange-Traded Notes)

Estas notas negociadas em bolsa são compradas e vendidas de forma parecida com as ações de empresas, em um pregão. A opção mais popular é a iPath Series B S&P 500 VIX Short-Term Futures, com código de operação VXX em Nova York.

➡️ Estratégia: ela oferece exposição a contratos futuros com diferentes vencimentos do Índice Vix e não ao seu valor presente. A principal estratégia de se investir em VXX é a proteção contra quedas de mercado, uma vez que tende a se valorizar em momentos de instabilidade.

2️⃣ Fundos

Existem fundos de investimento que utilizam derivativos de Vix como parte de sua estratégia de alocação. Um deles é o ETF ProShares Short VIX Short-Term Futures, com código de negociação SVXY.

➡️ Estratégia: o fundo se beneficia de quedas de volatilidade medidas pelo Vix. Ou seja, tende a se comportar de forma oposta às variações do índice do medo, se beneficiando quando o mercado se acomoda após um momento de stress.

Bons investimentos!

Aviso legal

Aqui é o momento em que temos que avisar que nada neste texto configura sugestão de investimento. Para escolher boas opções para incluir em seu portfólio, estude bastante e conte com seu especialista em investimentos internacionais.

Quer receber novidades sobre investimentos mundiais?

Este post foi útil? Avalie

Assine nossa newsletter!

O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.