convertible bonds

Convertible bonds: renda variável e renda fixa em um mesmo ativo

O investidor trava uma guerra eterna de risco-retorno na escolha de seus ativos, que muitas vezes passa por definir qual percentual alocar em renda fixa versus em renda variável.
 
Para ajudar nessa batalha, agora trazemos um investimento que começa como renda fixa e, conforme as particularidades do mercado, pode ser convertido em ações. São os versáteis convertible bonds.
 

No Microscópio 🔬

Um convertible bond (conhecido no Brasil como debênture conversível) funciona como qualquer título de dívida de uma grande empresa: tem prazo, taxa de juros, rating de risco etc. 
 
A principal diferença é o direito que vem embutido no ativo.
 
Geralmente ao final do prazo do bond, o investidor pode optar por receber o principal investido ou convertê-lo em ações da companhia emissora. O preço para se ter esse direito é normalmente uma taxa de juros inferior à do bond puro.
 
Em resumo, o investidor opta por uma rentabilidade mais baixa, mas pode se beneficiar lá na frente caso o desempenho do emissor do convertible bond seja extraordinário.
 

No Telescópio 🔭

Será que compensa? De acordo com um estudo do gigante de serviços financeiros UBS, na média, sim.
 
O estudo acompanhou a rentabilidade e a volatilidade de bonds normais, ações e convertible bonds por quase 30 anos. Surpreendentemente, estes são os resultados:
 
  Retorno Anual Volatilidade
Bonds 4,6% 3,2%
Ações 7,0% 14,1%
Convertible Bonds 7,9% 10,1%
 
Não só os convertible bonds apresentaram volatilidade menor do que ações, trouxeram uma rentabilidade anual superior.
 
Em praticamente qualquer janela desde 1993, os convertibles tiveram oscilações menores e retorno maior que ações, como podemos ver no gráfico abaixo:
 
 

🐣 Nasceu assim

Os primeiros convertible bonds foram emitidos por ferrovias americanas, no século XIX, para financiar sua vertiginosa expansão. Não à toa, os EUA respondem por quase 50% do mercado deste tipo de ativo no mundo!
 
Do ponto de vista da empresa emissora, os convertibles são uma forma mais barata de contrair dívida, principalmente quando seu rating de crédito não é lá essas coisas.
 
Companhias com graus de risco maior precisam pagar juros mais altos para atrair investidores, e os convertible bonds ajudam a reduzir o custo dessa dívida.
 
Por isto, é muito comum encontrar este tipo de bond de empresas com ratings entre B e C. Estes graus de risco intermediário costumam ser atrativos para os investidores, pois se a empresa decolar, podem se tornar sócios do negócio, alavancando os ganhos.
 
Riscos maiores são mais raros. Afinal, nem todo o mundo quer emprestar dinheiro para uma empresa com dificuldade de honrar suas dívidas, e tampouco gostaria de se tornar sócio daquele negócio.
 

Como investir em convertible bonds?

Como acontece com ações e bonds de grandes empresas globais, a escolha dos ativos pode ser bastante desafiadora, exigindo muito estudo por parte do investidor. As opções mais acessíveis são, mais uma vez, os fundos focados na compra e venda de convertible bonds e das ações resultantes das opções de conversão.
 
O gráfico mostrado anteriormente mostra o desempenho do índice Refinitiv Global Convertible Index – Global Vanilla Hedged (EUR). Portanto, o investidor pode optar por algum fundo que tente acompanhar em maior ou menor grau o desempenho deste índice.
 
Há muitos outros fundos com foco em convertible bonds no mercado, bastando pesquisar pela categoria. Abaixo, seguem as informações de fundos de duas das maiores gestoras do mundo, a iShares e a Fidelity.
 

Ficha Técnica do iShares Convertible Bond ETF*
➡️ Moeda: dólar americano
➡️ Preço Unitário: US$ 77,68
➡️ Código de Negociação em Nova York: ICVT
➡️ Dividendos no Ano: 1,78%
➡️ Retorno no Ano: 10,77%
➡️ Retorno em 5 Anos: 38,62%
➡️ Ativos Totais: US$ 1,5 bilhão
➡️ Taxa de Administração: 0,2%

Ficha Técnica do Fidelity Convertible Securities*
➡️ Moeda: dólar americano
➡️ Preço Unitário: US$ 32,47
➡️ Código de Negociação em Nova York: FCVSX
➡️ Dividendos no Ano: 2,43%
➡️ Retorno no Ano: 9,84%
➡️ Retorno em 5 Anos: 19,95%
➡️ Ativos Totais: US$ 1,67 bilhão
➡️ Taxa de Administração: 0,75%

 
*Valores de abertura do dia 18/11/2023
 
Aviso legal
Aqui é o momento em que temos que avisar que nada neste texto configura sugestão de investimento. Para escolher boas opções para incluir em seu portfólio, estude bastante e conte com seu especialista em investimentos internacionais.
 
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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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