Transfer-on-Death

Transfer-on-Death: o que é e como fazer

Você já pensou em como garantir que seu legado seja preservado para as futuras gerações sem complicações e disputas? Um Transfer-on-Death (TOD), ou “Transferência em Caso de Morte”, pode ser a solução ideal para você.

O que é um Transfer-on-Death (DOT)?

Um Transfer-on-Death (DOT), ou “Transferência em Caso de Morte”, em português, é um mecanismo que permite ao titular de determinados bens e ativos designar os beneficiários que receberão os ativos diretamente caso ele faleça.

É basicamente um contrato simples com as condições sob as quais os ativos serão transferidos às pessoas escolhidas. Esse tipo de designação pode ser aplicado a vários tipos de contas financeiras, incluindo contas bancárias, contas de corretagem e títulos.

Uma de suas possibilidades é a de listar beneficiários contingentes. Funciona assim: declaro que quero deixar meu patrimônio para meus dois filhos. Eles seriam os beneficiários principais. Então, determino que, após meu falecimento, caso algum deles também já tenha falecido, a parcela que seria direcionada a ele seja recebida pelo meu irmão (ou mesmo por uma instituição de caridade ou religiosa).

Principais vantagens

O TOD é um contrato que pode ser facilmente assinado e os beneficiários previstos nele alterados. Normalmente, basta preencher um formulário, com cláusulas já estabelecidas, e pronto. Trocar ou excluir beneficiários tem a mesma facilidade. Outra vantagem é o custo: zero, na maioria das instituições financeiras.

Principais desvantagens

Os bens que ele pode transferir são um tanto limitados. Em geral, apenas podem ser transferidos através de um TOD:

  • valores mobiliários (títulos, ações e fundos listados);
  • contas bancárias;
  • previdências.

Em alguns estados americanos, veículos, embarcações e imóveis também podem ser direcionados através de cláusulas Transfer-on-Death, mas eles são poucos.

Outro problema é que, apesar de a transmissão do patrimônio ocorrer de forma rápida, isto não necessariamente isenta o herdeiro de suas obrigações fiscais sobre herança na jurisdição onde os bens estão registrados.

Como fazer um Transfer-on-Death

Converse com o gerente do banco ou assessor de investimentos em sua corretora global, ou acesse o site ou aplicativo da instituição onde detém seus investimentos. O mais comum é o TOD ser padrão (ou seja, as cláusulas não podem ser alteradas pelo investidor), bastando preencher seus dados e os dos beneficiários.

O ideal é contar com um especializado acompanhamento constante para adaptar as mudanças da vida do investidor à ferramenta mais indicada para aquele momento. Se este não for seu caso, certifique-se de estudar muito e a fundo cada solução antes de implementá-la para sua família. Afinal, são o futuro dela e o seu legado que estão em jogo aqui.

Os perigos de um Transfer-on-Death mal planejado

No entanto, precisamos aqui alertar você sobre os perigos que podem envolver um Transfer-on-Death mal planejado. Para isso, vejamos um exemplo real. 👇🏼

Em 1987, Jeffery Rolison nomeou Margaret Sjostedt como a única beneficiária de sua conta de aposentadoria. Quase 40 anos após o término do relacionamento, Margaret está prestes a herdar a conta de aposentadoria de Jeffery, no valor de US$ 1 milhão, porque ele nunca atualizou esse formulário. Quando ele faleceu em 2015, ela ainda estava listada como beneficiária.

Após a morte de Jeffery, seus irmãos descobriram a reivindicação de Margaret ao dinheiro da aposentadoria. Surpresos, contestaram a reivindicação na justiça federal contra a empresa, tentando impedir que Margaret recebesse os fundos. Em 2020, um tribunal ordenou que o dinheiro fosse entregue a Margaret. O dinheiro está sendo retido enquanto os irmãos continuam sua disputa legal.

A lição aprendida

Esta situação ilustra a importância de manter os formulários de beneficiários atualizados. Esses formulários, que indicam quem recebe o dinheiro de contas de aposentadoria e seguros de vida, podem ter mais poder do que um testamento, mesmo que tenham sido preenchidos há muito tempo. A lei federal geralmente estipula que os empregadores devem entregar esses fundos à última pessoa nomeada ou a um cônjuge sobrevivente, a menos que o cônjuge renuncie à reivindicação.

Os perigos de um Transfer-on-Death (TOD) mal planejado são claros. Um simples esquecimento em atualizar os beneficiários pode resultar em ativos significativos sendo entregues a pessoas que não fazem mais parte da vida do titular. Para evitar situações como a de Jeffery Rolison, é crucial revisar regularmente e atualizar os beneficiários em todas as contas financeiras e de seguro, garantindo que os ativos sejam transferidos para as pessoas corretas após a sua morte.

Considerações importantes

➡️ Implicações fiscais

Embora o TOD simplifique a transferência de ativos, é importante considerar as implicações fiscais. Os ativos transferidos podem estar sujeitos a impostos sobre herança e impostos sobre ganhos de capital.

➡️ Coordenação com outros documentos de planejamento sucessório

É essencial que a designação de TOD seja coordenada com outros documentos de planejamento sucessório, como testamentos e trustes, para evitar conflitos e garantir que os desejos do titular sejam cumpridos de maneira uniforme.

➡️ Atualização de beneficiários

A vida é dinâmica, e mudanças pessoais como casamento, divórcio ou o nascimento de filhos podem exigir a atualização das designações de beneficiários para refletir a nova situação do titular.

O Transfer-on-Death é uma ferramenta valiosa no planejamento financeiro e sucessório, oferecendo uma maneira simples e eficiente de transferir ativos diretamente para beneficiários, evitando o processo de inventário. No entanto, é essencial entender suas limitações e coordená-lo com outras estratégias de planejamento para garantir uma transição suave e eficiente dos ativos.


 

Você já se perguntou como algumas famílias conseguem manter seu legado vivo por gerações, enquanto outras enfrentam desafios e disputas? A resposta está em um segredo bem guardado que estamos prestes a revelar. 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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