Como colocar em prática a educação financeira

Como colocar em prática a educação financeira

Aprenda como aplicar a educação financeira na prática e ganhe mais controle sobre seu dinheiro com dicas simples, metas reais e hábitos sustentáveis.

Você já sentiu que seu dinheiro simplesmente some no fim do mês, mesmo sem grandes gastos? Para muitos brasileiros, essa sensação é familiar. A boa notícia é que, com a educação financeira colocada em prática, é possível ter mais controle, fazer o dinheiro render e até começar a investir com segurança.

Embora o termo pareça técnico, seu objetivo é justamente o oposto: tornar o entendimento sobre o próprio dinheiro acessível a todos. E é sobre isso que vamos falar a seguir, de forma direta, com exemplos práticos e um passo a passo que cabe na rotina de qualquer pessoa.

Por que a educação financeira é tão importante hoje?

O Brasil vive um cenário financeiro desafiador. De acordo com um levantamento realizado pela fintech Onze, na 4ª edição da pesquisa Raio-X da Saúde Financeira dos Brasileiros, 69% dos brasileiros afirmam que o dinheiro é sua maior preocupação. Ao mesmo tempo, o país enfrenta um recorde histórico de endividamento de 76,1%, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o que pressionou bancos e empresas a reforçarem estratégias de educação financeira. 

Entre os jovens, a situação é ainda mais delicada: 47% da geração Z não realiza qualquer tipo de controle financeiro, segundo pesquisa da CNDL/SPC Brasil.

Diante desse contexto, é fácil entender por que colocar a educação financeira em prática se tornou uma necessidade e não mais um diferencial.

Educação financeira: o que é, afinal?

Trata-se da capacidade de entender como o dinheiro funciona no dia a dia. Mais do que isso, envolve saber tomar decisões conscientes sobre como ganhar, gastar, economizar, investir e proteger os próprios recursos.

E a boa notícia é que ninguém nasce sabendo, a educação financeira pode (e deve) ser aprendida, independente do quanto se ganha.

Como aplicar a educação financeira na prática?

Aprender como colocar a educação financeira na prática é um passo importante para ter sucesso financeiro e garantir um futuro seguro e tranquilo. Por isso, confira a seguir como aplicar:

1️⃣ Tenha clareza sobre sua situação atual

Antes de fazer qualquer mudança, é essencial entender como está sua vida financeira hoje. Para isso:

Liste todas as suas fontes de renda;

Registre seus gastos fixos e variáveis;

Analise para onde está indo o seu dinheiro.

Esse diagnóstico costuma ser revelador. Muitas vezes, percebe-se que os pequenos gastos diários são os responsáveis por desequilibrar o orçamento.

2️⃣ Estabeleça metas reais

Definir metas financeiras claras ajuda a manter o foco. Pode ser sair do cheque especial, montar uma reserva de emergência, fazer uma viagem ou até começar a investir.

Mas atenção: essas metas precisam ser realistas. Caso contrário, corre-se o risco de desanimar logo nos primeiros meses.

3️⃣ Crie um orçamento mensal (e respeite!)

Com base no diagnóstico feito, um orçamento deve ser montado. Nele, os principais grupos de despesas devem ser organizados, como:

  • Moradia
  • Alimentação
  • Transporte
  • Lazer
  • Investimentos
  • Reserva de emergência

A regra 50/30/20 pode ajudar: 50% para necessidades básicas, 30% para desejos e 20% para investimentos ou quitação de dívidas.

4️⃣ Use a tecnologia a seu favor

Planilhas de Excel já são úteis, mas hoje há inúmeros aplicativos gratuitos que facilitam o controle financeiro. Com eles, o acompanhamento dos gastos pode ser feito em tempo real, por categorias, com alertas e gráficos simples.

5️⃣ Fuja das dívidas “invisíveis”

Parcelamentos sem juros e limite do cartão de crédito são frequentemente vistos como aliados. No entanto, podem se transformar em armadilhas, se não forem controlados.

A dica aqui é simples: se uma parcela não cabe no orçamento com folga, ela não deve ser feita.

E quando já existe uma reserva financeira?

Se uma quantia já foi acumulada, isso é um ótimo sinal. Mas deixá-la parada na conta corrente ou poupança pode significar perder poder de compra com o tempo, por conta da inflação.

Neste caso, o ideal é que essa reserva seja dividida em objetivos:

Para cada objetivo, um tipo de investimento pode ser escolhido, e é aí que a educação financeira entra mais uma vez, ajudando a compreender os riscos, retornos e prazos de cada aplicação.

Confira o vídeo: 

Investir também é educação financeira

Não é preciso ser especialista para começar. O primeiro passo pode ser dado com produtos simples, de renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs, fundos de renda fixa ou até alguns fundos imobiliários.

O importante é que cada decisão seja tomada com base em conhecimento, não em modismos ou promessas de retorno rápido.

Quando o hábito de investir é incorporado, ele passa a ser visto não como algo complexo, mas como parte natural da rotina financeira.

A constância vale mais do que a perfeição

Errar faz parte. O importante é seguir ajustando o rumo, com consciência e clareza. A educação financeira não depende de grandes rendas, mas sim de hábitos consistentes — e esses hábitos podem ser adquiridos, com pequenas ações diárias.

Lembre-se: é melhor começar com pouco e manter a constância do que esperar a situação “ideal” que talvez nunca chegue.

Pronto para colocar a educação financeira em prática?

A mudança começa aos poucos, mas os resultados aparecem rápido. Melhor qualidade de vida, menos estresse e mais liberdade para tomar decisões importantes fazem parte do caminho de quem escolhe cuidar bem do próprio dinheiro.

Qual será seu primeiro passo hoje? Que tal começar pelos investimentos? Veja o artigo: Como investir com segurança na XP? Dicas essenciais para iniciantes

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.