Neste texto você vai aprender:

Um dos maiores desafios de se conseguir investir de forma eficiente é a famosa diversificação. As variáveis são muitas: aspectos de risco, de liquidez, geográficos e cambiais são apenas alguns dos que o investidor deve considerar na hora de distribuir seu dinheiro entre diferentes classes de ativos.

Agora, escolher investimentos que ofereçam diversificação geográfica (fora do Brasil) e cambial (em moedas fortes) de verdade não é algo ainda do dia a dia do investidor médio. Para ajudar nesta forma de diversificar investimentos, você pode utilizar o ACWI, um ETF que diversifica investindo em empresas… bem, do mundo inteiro! Será que ele tem espaço na sua carteira? Vamos conferir.

O que é o ACWI?

ACWI é o código de negociação do fundo iShares MSCI ACWI ETF, que busca replicar o índice MSCI All Country World. Vamos entender seu alcance para além do nome, que sugere que o fundo diversifica em empresas ao redor do mundo todo.

🌎 A alocação geográfica é dividida em 3 categorias

➡️ Estados Unidos: a maior parte dos ativos do fundo é alocada em ativos americanos;

➡️ Outros mercados desenvolvidos: grandes e médias empresas de países como Reino Unido, Japão, Canadá e Alemanha também fazem parte do índice;

➡️ Emergentes: por fim, empresas de países menos maduros, mas com grande potencial de valorização, completam a alocação do ACWI.

Ok, já entendemos que o ACWI se espalha pela Terra inteira. Mas será que isto basta para uma diversificação efetiva? Afinal, um erro comum dos investidores iniciantes é acharem que quanto mais ativos tiverem em carteira, mais diversificados estão, o que não é necessariamente verdade.

Se muitos ativos correlacionados (que se comportam de forma parecida dadas certas condições de mercado) estiverem na mesma carteira, não importa se o investidor detém um, dez ou cem deles – o resultado de retorno será praticamente o mesmo.

Como, então, o ACWI mostra seu potencial de diversificação além da geografia?

💵 Exposição cambial: como mencionei acima, o investidor brasileiro costuma ter dificuldade de fugir do risco da moeda brasileira, o real, quando aloca seus recursos. Através do ACWI, o investidor está exposto às moedas dos principais países onde as empresas que o compõe estão sediadas, incluindo o dólar, o euro, o iene japonês e a libra, historicamente estáveis e com potencial de preservação de poder de compra.

Naturalmente, a exposição também inclui ‘moedas fracas’, como o renminbi chinês, o real brasileiro e a rupia indiana. No entanto, o percentual de empresas do fundo que têm seu faturamento nestas moedas é baixo, fazendo com que o risco de desvalorização frente a moedas fortes seja pouco relevante para o retorno do investidor.

Há pouco mencionei que apenas ter uma grande quantidade de ativos não garante diversificação. Mas quando as escolhas são feitas criteriosamente, não há limite para quantas empresas um fundo pode conter de forma saudável.

🤯 Por isto, o ACWI conta hoje com aproximadamente 3.000 companhias! Pense que toda a bolsa brasileira, a B3, tem pouco mais de 400 empresas listadas, enquanto a bolsa de Nova York lista pouco mais de duas mil.

Essas milhares de companhias são escolhidas entre as chamadas large-caps e mid-caps.

  • As large-caps são as gigantes do mercado global, que consumimos praticamente a cada hora do nosso dia, como Apple, Microsoft, Johnson & Johnson, Nike etc.
  • Já as mid-caps são empresas de médio porte, com valor de mercado de ‘apenas’ 2 a 10 bilhões de dólares. Entre elas estão a XP Inc., The New York Times Company, Gerdau e Mattel.

Hoje, as 6 principais posições do ACWI são nada mais na menos que:
🖥️ Microsoft
🍎 Apple
🚀 Nvidia
🛍️ Amazon
📱 Meta
🔎 Google

Obviamente, apesar de o topo da lista ser composto de empresas de tecnologia, os setores cobertos pelo ACWI são muito variados. Vão de finanças a commodities, de saúde a bens industriais, de comunicações a mercado imobiliário. Enfim, diversificação de verdade.

Outro aspecto interessante do ACWI é o constante rebalanceamento dos ativos que o compõem. Trimestralmente, a MSCI, gestora responsável pelo fundo, faz um pente fino na sua composição e determina se (e quais) empresas serão excluídas. Além disto, o time de analistas da MSCI estuda constantemente os mercados globais em busca de novas companhias que possam ser acrescentadas.

Os critérios mais importantes nesta análise são:

➡️ Capitalização de mercado (tamanho da empresa),

➡️ Liquidez (volume de negociação de suas ações) ,

➡️ Representatividade geográfica e setorial (se a empresa se destaca em seu ramo).

O resultado desta análise resulta na exclusão ou inclusão de empresas e na redefinição do peso das que já estão no índice, ou seja, se uma determinada empresa terá maior ou menor impacto no resultado total do fundo.

Vantagens de se investir no ACWI

Além da já explorada vasta diversificação do fundo, ele tem custo relativamente baixo de administração (0,32% a.a.). Ele também é uma opção prática para o investidor: basta adquirir uma cota do fundo e ele já participa do resultado das milhares de empresas que o compõem.

O investidor também não precisa se preocupar com a seleção de ativos, uma vez que os gestores do fundo fazem o rebalanceamento automaticamente. Por fim, outra facilidade é que os dividendos gerados pelas empresas são automaticamente reinvestidos no próprio fundo.

Desvantagens de se investir no ACWI

O fato de ele ser diversificado no mundo inteiro tem uma limitação. Em momentos de crises globais, ele não tem a versatilidade de buscar um ou outro setor que esteja escapando da instabilidade, como um fundo ativo de ações o faria.

Outro fator potencialmente frágil do ACWI é, apesar da diversificação, um peso atualmente muito intenso em empresas de tecnologia. Isto é natural, porque elas são hoje as mais valiosas do mundo. No entanto, situações que impactem o setor como um todo (como altas globais de taxas de juros, por exemplo), tendem a impactar direta e negativamente o fundo.

Ficha técnica do iShares MSCI ACWI ETF*

  • Ativos: US$ 18,5 bilhões
  • Taxa de Administração: 0,32% a.a.
  • Valor da Cota: US$ 112,59
  • Variação em 1 ano: +17,35%
  • Variação em 5 anos: +52,64%

*Valores no fechamento do dia 25/06/2024

E você? Acha que o ACWI tem espaço nos seus investimentos?

Bons investimentos!

Aviso legal
Aqui é o momento em que temos que avisar que nada neste texto configura sugestão de investimento. Para escolher boas opções para incluir em seu portfólio, estude bastante e conte com seu especialista em investimentos internacionais.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.