Carta do Gestor

Carta do Gestor: como hackear a mente dos grandes fundos de investimento

Neste texto você vai aprender:

Você sabia que pode acessar a mente dos maiores gestores de fundos do país? É isso que uma Carta do Gestor proporciona a quem a recebe. E é sobre isso que vamos falar neste artigo!

O que é uma Carta do Gestor?

A comunicação entre gestores e o mercado é a maneira mais clara de obter informações sobre as ideias e teses de investimento das pessoas envolvidas nas decisões. E a forma mais comum de transmissão das mensagens é por meio da divulgação de relatórios periódicos, conhecidos como “Cartas Mensais de Gestão” ou, simplesmente, “Carta do Gestor”.

O objetivo de todos os fundos de investimento é a maximização do retorno do capital destinado a eles, com parcimônia, responsabilidade, diligência e transparência. Por se tratar de um veículo de investimento que se assemelha a um “condomínio”, as pessoas confiam seu patrimônio à gestão de uma pessoa ou um grupo de pessoas que irão tomar decisões para buscar as melhores oportunidades dentro do seu escopo e possibilidade de trabalho.

Ler as cartas mensais de quem gerencia seu fundo é uma forma de entrar na cabeça dele e entender as decisões que ele tomou. É essencial que o investidor conheça bem as pessoas chave envolvidas que irão decidir cada passo do investimento dos recursos, a mente e como elas desempenham papéis cruciais no dia a dia.

Quais informações são incluídas na Carta do Gestor?

Cartas mensais geralmente apresentam uma breve recapitulação dos acontecimentos na economia global e local, movimentações políticas no Brasil, eventos corporativos e o impacto na carteira do fundo. Mas há algumas gestoras que se destacam e divulgam relatórios fora da curva.

IP Capital Partners: As cartas divulgadas pela IP Capital Partners sempre trazem um comentário recheado de opinões sobre temas atuais em escala mundial e como isso impacta em ativos conhecidos. Embasam com dados históricos, referências e estudos de precificação para reforçar as teses.

Dahlia: Já a Dahlia, traz um tom mais literário para seus comentários mensais. Fazendo alguma analogia com um tema relevante atual ou algum acontecimento antigo, a gestora possui uma didática invejável para desmistificar os termos técnicos do mercado e expor suas teses de investimento.

Encore: A Encore mostra toda sua visão, atualização de posições e pensamento para o futuro por meio de um vídeo de 30 minutos. Neste vídeo, João Braga, gestor da casa, comenta em forma de bate-papo, entregando uma humanização à gestão e deixando o cotista mais próximo de quem está gerindo seu patrimônio.

Squadra: E, como em tudo, há alguns outliers. No ano de 2020, um mês antes da pandemia estourar no Brasil, a gestora de recursos Squadra revolucionou o mercado com uma carta explicando as teses de uma posição vendida na companhia IRB Brasil. Além de não ser comum uma casa evidenciar tão abertamente uma tese de investimento que aposta contra uma empresa, a companhia em questão era uma das mais visadas e valorizadas do mercado. A consequência foi uma queda de 15% no dia seguinte e quedas de magnitude enorme durante a pandemia, gerando perdas de capital permanente. Mas mais do que isso, foi um marco histórico no mercado de Fundos de Investimento.

Como usar a carta do gestor para tomar melhores decisões de investimento?

O principal diferencial a ser comprado em uma decisão de alocação em um fundo de investimento não tem preço definido: a mente do gestor. Saber como uma cabeça de um ser humano funciona, onde pode chegar e quais são os fatos que podem influenciar nas decisões é sempre uma tarefa muito difícil e sem um passo a passo, sem uma fórmula, para chegar no resultado final.

Ou seja, o ativo mais valioso de uma gestão de fundos é o intangível. Ao ter acesso a uma parte do direcionamento intelectual dos principais responsáveis por gerir seu patrimônio, podemos ter mais segurança na alocação, entendendo onde podemos chegar e como os recursos estão posicionados para o melhor resultado.

Como interpretar os dados apresentados na Carta do Gestor?

A leitura periódica das cartas mensais divulgadas pelos gestores traz uma série de benefícios para o investidor:

Informações sobre desempenho – detalhes dos motivos que levaram à performance recente;
Atualizações de portfólio – acompanhamento da estratégia adotada e qual a alocação atual;
Educação e aprendizado – expansão de conhecimento e novas visões de mercado;
Transparência e confiança – acesso a informações detalhadas a respeito das teses de investimento do gestor, garantindo uma troca de informações para que a relação esteja cada vez mais sólida.

É importante lembrar que a compreensão da forma de pensar de um gestor de fundos de investimento é um processo contínuo e requer uma análise aprofundada. As estratégias e abordagens de investimento podem evoluir ao longo do tempo e, portanto, é fundamental acompanhar as informações atualizadas sobre o gestor e seu fundo.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.