Neste texto você vai aprender:

O desejo da casa própria muitas vezes se concretiza por meio do financiamento imobiliário.

Este guia vai desvendar cada faceta desse processo, desde a definição do valor até a escolha da melhor taxa, proporcionando uma compreensão profunda para quem busca realizar esse sonho de maneira consciente e bem-informada.

O QUE É FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO?

O financiamento imobiliário é um instrumento complexo, mas crucial, que viabiliza a aquisição de um imóvel por meio de um empréstimo concedido por instituições financeiras.

Em linhas gerais, o banco paga parte do valor do imóvel para o vendedor, e o tomador do empréstimo quita essa dívida ao longo de um período preestabelecido.

Esse período pode ser de até 35 anos, dependendo das condições acordadas. As parcelas mensais abrangem não apenas a amortização do empréstimo, mas também os juros e encargos associados.

Consideremos a compra de um apartamento de R$ 300.000,00. Com um financiamento de 80% desse valor (R$ 240.000,00) e uma taxa de juros de 11,00% ao ano por 30 anos, as parcelas mensais seriam aproximadamente R$ 2.200,00.

Valor de compra do imóvel Valor de entrada Valor do financiamento Taxa de juros Tempo de financiamento Valor aproximado das parcelas
R$ 300 mil R$ 60 mil R$ 240 mil 11% a.a. 30 anos R$ 2.200

Ressaltamos que os valores apresentados são aproximados e foram simulados com base nos dados disponíveis. As condições reais podem variar.

Só posso financiar 80% do valor?

A entrada, muitas vezes referida como “sinal”, é uma parte fundamental do processo de financiamento imobiliário. Essa é a quantia que o comprador deve pagar do próprio bolso no momento da compra do imóvel.

A entrada serve como uma espécie de garantia para o banco, mostrando que o comprador está investindo seu próprio dinheiro no negócio. Isso demonstra ao banco que o comprador está menos propenso a abandonar o financiamento, pois tem uma participação financeira significativa no imóvel.

Além disso, a entrada também contribui para a redução do valor total a ser financiado, o que pode resultar em parcelas mensais mais acessíveis.

 

Taxa Selic caindo: é hora de pedir portabilidade do meu financiamento imobiliário?

 

Como é calculado o valor para entrada?

A porcentagem da exigência de entrada pode variar, mas o mais comum são valores em torno de 10% a 20% do valor total do imóvel. Por exemplo, se o imóvel custa R$ 300.000,00 e a exigência de entrada é de 15%, o comprador precisará pagar R$ 45.000 do próprio bolso no momento da compra.

A porcentagem da entrada é baseada em diversos fatores, incluindo o histórico de crédito do comprador, o tipo de financiamento, a política da empresa financiadora e as condições de mercado. Em alguns casos, programas governamentais ou iniciativas do setor imobiliário podem oferecer condições especiais, reduzindo a porcentagem de entrada necessária.

Geralmente, uma exigência de entrada maior pode resultar em condições de financiamento mais favoráveis, como taxas de juros mais baixas e prazos mais flexíveis. No entanto, compradores com menos recursos podem enfrentar desafios ao buscar financiamento, especialmente se a exigência de entrada for alta.

COMO FUNCIONA UM FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO?

A complexidade do financiamento imobiliário reside na dinâmica de um empréstimo para a compra de um ativo de alto valor.

Como já vimos, as parcelas mensais são compostas por:

  • Amortização (que é a parte efetivamente paga da dívida) +
  • Juros +
  • Encargos acessórios +
  • Seguros obrigatório.

O total é calculado com base em diversos fatores, como a taxa de juros, o prazo do financiamento e as condições de mercado. Ao longo do tempo, parte do pagamento mensal é direcionada para a redução do saldo devedor, contribuindo para a quitação do empréstimo.

DICA: para comparar as taxas em instituições diferentes, utilize sempre o Custo Efetivo Total (CET), que é a taxa já com os engargos gerais.

Nos primeiros anos do financiamento, a maior parte do pagamento destina-se aos juros. No entanto, essa proporção se inverte à medida que o tempo avança, favorecendo a amortização.

COMO CONSEGUIR UM FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO?

Conseguir um financiamento imobiliário é uma jornada que exige comprovações detalhadas de capacidade financeira e integridade.

Instituições financeiras geralmente requerem documentos como:

  • Comprovante de renda,
  • Extratos bancários,
  • Documentos pessoais,
  • Comprovante de residência.

Além disso, manter uma boa pontuação de crédito é fundamental. Você pode verificar o seu no site do Serasa Score.

Um histórico sólido de renda, documentação detalhada e uma entrada substancial aumentam as chances de obter um financiamento com taxas mais atrativas.

Se você está pensando em fazer um financiamento imobiliário para morar sozinho, recomendamos que assista este vídeo:

COMO FAZER UM FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO?

O processo de obtenção de um financiamento imobiliário envolve uma série de etapas cruciais. Podemos resumir em:

  1. Faça simulações nas principais instituições financeiras da sua região
  2. Escolha a instituição financeira mais adequada
  3. Prepare a documentação
  4. Solicite uma análise de crédito
  5. Aguarde a assinatura do contrato

A escolha cuidadosa de um banco com histórico sólido e condições favoráveis maximiza as chances de sucesso durante o processo de financiamento.

TABELA SAC OU PRICE: QUAL É A MELHOR?

A decisão entre tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) e Price (Sistema Francês de Amortização) é uma das escolhas cruciais ao optar por um financiamento imobiliário.

Vamos ver cada categoria com calma.

1️⃣ Tabela SAC

A tabela SAC, ou Sistema de Amortização Constante, é um método que se destaca por oferecer uma progressiva redução nas parcelas ao longo do tempo.

Nesse sistema, as amortizações da dívida permanecem constantes, enquanto os juros diminuem à medida que o saldo devedor é reduzido. Com isso, as parcelas iniciais são mais elevadas, uma vez que os juros representam uma proporção significativa do pagamento nos primeiros períodos.

Contudo, à medida que a dívida é amortizada, as parcelas diminuem, tornando-se mais acessíveis ao longo da vigência do financiamento.

2️⃣ Tabela Price

A tabela Price, ou Sistema Francês de Amortização, caracteriza-se por manter as parcelas relativamente constantes ao longo de todo o período do empréstimo. Assim, oferece uma maior previsibilidade, facilitando o planejamento financeiro a longo prazo.

Nesse sistema, como as prestações englobam tanto a amortização do saldo devedor quanto os juros, sendo que a parcela de amortização aumenta gradualmente, enquanto a de juros diminui ao longo do tempo. 

sso significa que, desde o início do contrato, o tomador conhece o valor que pagará mensalmente, tornando essa opção atrativa para aqueles que buscam estabilidade em seus compromissos financeiros.

Leia também: Quanto custa construir uma casa? (Valores e dicas para economizar)

Como escolher?

A decisão entre as duas depende das preferências individuais, como a disposição para pagar parcelas iniciais mais elevadas ou a busca por estabilidade nos pagamentos mensais.

Optar pela tabela SAC pode significar parcelas iniciais mais altas, mas ao longo do tempo, a economia total pode superar a tabela Price, que oferece pagamentos mensais mais estáveis.

Lembre-se sempre de buscar orientação profissional e comparar as ofertas do mercado, garantindo as condições mais favoráveis para o seu financiamento. Este guia é seu aliado na jornada rumo ao lar dos seus sonhos.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.