jornada do investidor

A jornada do investidor: passos que você deve percorrer

 

O início da jornada do investidor é bem desafiador. A gente sabe que existe muita informação espalhada por diversos canais e redes sociais e, mesmo com toda esta quantidade de conteúdo, ainda surge insegurança na tomada de decisão na hora de se investir. O sentimento é bem normal na maior parte das pessoas e, por isso, esse texto vai tratar sobre as etapas da jornada do investidor, para que você saiba o estágio em que está e se sinta confortável para fazer os investimentos que fazem sentido para você.

Passo 1️⃣ da Jornada do Investidor: livrar-se das dívidas

O primeiro passo para se investir é não ter dívidas. Isso acontece justamente porque o custo da dívida que você vai ter é provavelmente maior do que o rendimento que você vai ter em seus investimentos. A lógica por trás disso é bem simples. A instituição que te dá o crédito também é a mesma que te oferece um produto de investimento. Em alguns casos, inclusive, isso é feito justamente para que o banco financie as suas próprias operações de crédito.

Imagina, por exemplo, a LCI de um banco. A Letra de Crédito Imobiliário é fonte de arrecadação para que você possa pegar um crédito imobiliário para construir sua casa. Olha só o que o próprio site da Caixa fala sobre as suas LCIs:

O que é

A LCI – Letra de Crédito Imobiliário – é um investimento de renda fixa emitido pela Caixa e que tem como lastro a carteira de empréstimos imobiliários com garantia hipoteca ou alienação fiduciária mantidos pela instituição.

Aplicando em LCI na CAIXA, você conta com a segurança da mais tradicional instituição bancária no mercado imobiliário e ainda contribui para o fomento do setor de crédito imobiliário no país.

É justamente por isso que o custo da sua dívida deve ser maior do que o rendimento da sua aplicação financeira. O banco que tem o investimento e o crédito precisa ganhar dinheiro nessa operação. E isso é justamente o spread bancário. A diferença entre o custo do investimento e o retorno do empréstimo.

Então não é para investir enquanto ainda houver dívida, porque a tendência é estar perdendo nesse processo?

Isso! É exatamente isso. Só que depende. Existe um fator que você precisa levar em consideração que é o tal do CET. O custo efetivo total, que é o quanto você realmente paga de juros e taxas em uma transação de crédito.

Você precisa ficar atento a essa taxa porque é ela que define se você tem capacidade financeira para investir independentemente das dívidas ou não. Na maior parte das vezes, você vai precisar resolver suas dívidas antes. Só que tem alguns casos em que não é de todo mal investir enquanto se tem dívidas com baixíssimo CET. Como é o caso de financiamento estudantil e imobiliário, por exemplo.

Repara que tivemos um exemplo de crédito imobiliário para explicar que você não deve investir com dívidas, e agora foi comentado que o financiamento imobiliário pode ser um caso em que você consegue investir independente das dívidas. Isso é de propósito, está?

Para que você sempre olhe para o CET com cuidado para tomar suas decisões financeiras daqui para frente. É a magnitude dessa alíquota que vai definir se faz sentido investir ou não enquanto ainda existem dívidas.

Se mesmo com essas informações você estiver inseguro para tomar esse tipo de decisão e não sabe o que fazer, não tem problema. Da mesma forma que você vai no dentista quando tem uma dor no dente ou no nutricionista quando quer melhorar sua saúde, você pode contar com a ajuda de um especialista financeiro para cuidar do seu dinheiro. Se é o seu caso, é só entrar em contato com o nosso time de assessores.

Passo 2️⃣ da Jornada do Investidor: reserva de emergência

Não tem mais dívida ou então está com um CET bem controlado, então é a hora de montar a sua reserva de emergência. E aqui a ideia é bem simples. Esse dinheiro é guardado para te ajudar no caso de algum imprevisto que possa acontecer: é o caso de você perder sua principal fonte de renda, o carro quebrar, ter algum empecilho de saúde e qualquer problema que fuja do seu orçamento.

Por isso, inclusive, é importante que você defina uma quantidade de dinheiro que seja condizente com a sua realidade financeira, que pode ser diferente de amigos e familiares. A ideia geral é que você guarde algo entre 6 e 12 meses do seu custo de vida mensal, em alguma aplicação de baixo risco e alta liquidez, e já vamos falar sobre essas opções.

O motivo desse prazo de tempo é para que você tenha uma tranquilidade temporal, caso perca a sua renda e precise se realocar para conseguir se recompor financeiramente. E olha que interessante: esse prazo muda bastante e tem até especialistas que falam de 3 a 12 meses, porque as realidades são muito distintas.

Por exemplo, em um contexto rural, é comum que produtores rurais se planejem para reservas de 12 meses, especialmente levando em consideração o prazo de uma colheita para outra. A gente nunca sabe se vai ter fartura no campo ou não, então ter essa reserva te deixa confortável para poder viver independentemente do resultado na fazenda.

E a mesma lógica se aplica caso você tenha uma outra função. Servidores públicos podem ter uma necessidade menor de reserva, considerando que sua renda é garantida. Por outro lado, profissionais autônomos podem precisar de um prazo maior. Tudo isso vai depender do seu perfil e da sua realidade.

Essa é a única forma de me proteger?

Só que essa não é a única forma que você pode se proteger de imprevistos da vida. Antes de construir sua reserva de emergência ou ainda de forma complementar, você também pode contratar algum tipo de seguro que atenda o seu estilo de vida e os riscos que você vive, de acordo com a sua realidade. Seguro de renda, incapacidade temporária e incapacidade permanente são alguns exemplos.

Mas vamos voltar aqui para o assunto que deve estar na sua cabeça. E onde que eu invisto para fazer essa reserva de emergência? Aqui, você precisa investir em produtos de alta liquidez, que você pode resgatar todo dia, com baixo risco, que não sofrem grandes oscilações negativas e que tenham uma chance de falir muito baixa. Esse é o caso da poupança, CDBs de pelo menos 100% do CDI, Fundos DI e do Tesouro Selic.

 

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Passo 3️⃣ da Jornada do Investidor: investimento com base em objetivos

Agora que você já passou pela etapa de dívidas e de reserva de emergência, tem a opção de passar pelos investimentos com base em objetivos. A ideia aqui é bem pragmática: se você quer fazer uma viagem, comprar um carro sem usar crédito, comprar uma casa ou realizar qualquer sonho que demande uma quantidade relevante de dinheiro, é esse o tipo de investimento que você precisa fazer para conseguir se programar para isso.

Diferentemente da reserva de emergência, aqui você não está preocupado se o seu investimento é resgatável todo dia ou se ele oscila ou não. A sua preocupação é com o poder de compra do seu dinheiro. Se você quer viajar, por exemplo, não é pra você se surpreender se o dólar subir muito ou cair muito próximo da sua viagem. O seu investimento deve cuidar de você para que você não precise se preocupar com esse tipo de coisa.

Por isso, você deve priorizar aplicações que façam sentido para o objetivo que você quer realizar, considerando o prazo, a moeda do seu objetivo e a regularidade nos aportes dos seus investimentos.

Ainda sobre o caso de viajar para fora, você pode se programar juntando dólar de forma regular, para que você não seja surpreendido com o câmbio na data da sua viagem.

Passo 4️⃣ da Jornada do Investidor: investimento para a independência financeira

Por fim, a última etapa que todo investidor deve percorrer é a da independência financeira. Essa é a parte do seu patrimônio destinada a sustentar todo o seu custo de vida para sempre. A ideia aqui é que o dinheiro que você tem investido seja suficiente para pagar todos os seus custos, sem que você precise de outra fonte de renda externa.

Talvez você conheça isso como a aposentadoria pelo INSS, previdência privada ou aquele papo de viver de dividendos. Todos esses caminhos são possibilidades na sua jornada do investidor para a independência financeira, assim como tantos outros que envolvem investir o seu dinheiro para adquirir algum tipo de renda passiva.

Por isso, é aqui que entram investimentos atrelados à inflação, ações, fundos de investimento imobiliário, previdência privada e a própria previdência pública.

Certo, mas como investir para a independência financeira?

Não existe uma receita de bolo para se investir para a independência financeira e existem várias filosofias e estratégias diferentes para se chegar lá. Na sua jornada do investidor, o importante é ter uma carteira de investimentos diversificada e foco no longo prazo, já que esse dinheiro tem que estar sempre investido considerando um prazo longo de tempo. Isso não significa necessariamente manter todas as posições sem vender, mas significa que você tenha um patrimônio separado para a finalidade da independência financeira.

E caso você precise de ajuda para apoiá-lo na construção do seu patrimônio, você sempre pode contar com um dos especialistas financeiros da Faz Capital.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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