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Não deixe para investir só depois das eleições

O impacto das eleições vai muito além da arena política. Meses antes do pleito, o mercado financeiro reage diante da incerteza e impacta muitos investimentos. No Brasil de 2022, a instabilidade política vem acompanhada de baixo crescimento econômico, inflação em alta e taxas de juros também em elevação. Não são as condições mais atrativas para investidores, mas deixar para investir só depois das eleições significa perder boas oportunidades de rendimentos.

Mesmo diante da volatilidade do mercado, é possível montar uma carteira de investimentos segura para os momentos pré e pós-eleições. A previsibilidade das aplicações em renda fixa ganha destaque neste cenário. No entanto, não basta recorrer a títulos públicos para blindar o patrimônio de oscilações. É preciso diversificar a carteira para as eleições e considerar, inclusive, ativos internacionais.

Vamos explicar o potencial de cada opção.

A segurança da Renda Fixa

Ativos atrelados à Taxa Selic ou ao Certificado de Depósitos Interbancários (CDI) contam com critérios de rentabilidade e prazos estabelecidos no momento da aplicação. A previsibilidade torna esses investimentos mais seguros diante da volatilidade do mercado. Em 2022, esses ativos estão especialmente atraentes devido à alta contínua da taxa de juros, o que aumenta a lucratividade sobre os investimentos.

Outras modalidades de investimento em renda fixa também podem trazer bons rendimentos e alta liquidez.

➡️ Títulos do Tesouro Direto atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

Conhecidos como Tesouro IPCA+, esses ativos têm prazos até 2026 e costumam oferecer taxa de cerca de 5% ao ano além da inflação.

➡️ Títulos prefixados com vencimento em até dois anos

Uma opção um pouco mais arriscada para o perfil conservador, mas cujos rendimentos podem ficar acima de 10% ao ano. Esses ativos devem ser incluídos com cautela diante da incerteza sobre a política fiscal.

➡️ Créditos high grade

Títulos privados com alta qualidade de crédito costumam oferecer menor risco e podem negociar taxas de CDI superiores a 2%.

➡️ A alternativa internacional

Manter até 30% da carteira de investimentos em ativos estrangeiros pode ser uma estratégia inteligente para fugir do risco-Brasil. Há oportunidades rentáveis no cenário internacional, tanto na renda fixa quanto na renda variável.

➡️ Bonds norte-americanos

Os títulos de renda fixa emitidos pelo governo dos Estados Unidos ou por empresas do país têm risco baixo, mas prazos de vencimento maiores.

➡️ Fundos de investimento

O principal atrativo é a simplicidade de investir no exterior sem mandar dinheiro para fora do país. Existem 80 fundos internacionais no Brasil que aplicam em outros países. No caso de fundos de ações, há tributação de 15% sobre os ganhos. Para fundos de renda fixa ou multimercados, a tributação segue tabela regressiva do Imposto de Renda (com alíquotas de 22,5% a 15%).

➡️ Brazilian Depositary Receipts (BDRs)

São negociados no Brasil, mas representam ações emitidas por empresas em outros países. É uma maneira facilitada de acessar ativos estrangeiros, pois basta estar cadastrado em uma instituição financeira brasileira e não há taxas para a transferência de recursos. Porém, são

investimentos de renda variável, mais expostos à volatilidade do mercado. Também é preciso se dedicar a entender os tipos de BDR e quais são adequados ao seu perfil investidor.

➡️ Exchange Traded Funds (EFTs)

São fundos de investimento cujas cotas são administradas por um gestor, de acordo com o regulamento de cada fundo. Existem EFTs de renda fixa e de renda variável. Os de renda fixa têm como referência o índice IMA-B e rendimentos vinculados ao IPCA. Já os fundos de renda variável seguem índices de ações, especialmente o BOVA11. Estes representam risco maior, pois estão expostos às variações do mercado.

São muitas as opções para quem quer navegar de forma segura pelas ondas turbulentas do ano eleitoral. Mesmo diante da incerteza, o mais arriscado é não começar a investir. Há oportunidades rentáveis para quem está disposto a encarar com seriedade o cenário atual.

Mas não esqueça: a escolha dos ativos que vão compor a sua carteira de investimentos depende do seu perfil investidor. É preciso avaliar com clareza os seus objetivos financeiros e os tipos de risco que você está disposto a enfrentar. Os assessores financeiros da Faz Capital podem te ajudar a encontrar o melhor caminho.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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