65 bilhões de reais.
Esse é o montante de dinheiro que o Natal deve movimentar no mercado brasileiro em 2023. Sim, se a importância do Natal para as tradições familiares não pode ser ignorado, tampouco seu impacto na economia do país.
Para que você festejar com sua família na noite do dia 24 de dezembro, acontece muito mais nos bastidores do que a escolha de embrulhos e a espera pelo Papai Noel. Neste artigo, vamos explorar o impacto do Natal na economia, revelando como essa data não apenas aquece corações, mas também deixa sua marca no mercado brasileiro.
O impacto em 2022
Vamos começar analisando o que rolou no ano passado. Como você deve saber, o Natal é sinônimo de presentes, e isso se traduz em um aumento substancial no consumo. Os consumidores são impulsionados por um espírito generoso, levando a um aumento nas vendas de varejo. Isso não foi diferente em 2022.
As vendas do varejo no Natal de 2022 apresentaram um crescimento significativo, conforme apontado por uma pesquisa realizada pela Cielo. Comparado ao mesmo período de 2021, houve um aumento de 10,5%, com destaque para o e-commerce, que registrou uma alta de 18,4%. O comércio presencial também teve um desempenho positivo, com elevação de 10%.
Os setores de presenteáveis, como cosméticos e livrarias, foram os mais beneficiados. Em termos de desempenho por setor, turismo e transporte lideraram com uma variação de 26,1%, seguidos por cosméticos e higiene pessoal (23,0%), livrarias, papelarias e afins (22,0%), óticas e joalherias (17,0%), e drogarias e farmácias (15,3%).
O varejo paulistano também se destacou, apresentando um crescimento de 25,5% em dezembro, impulsionado pelas compras de Natal, conforme divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 0,7%, enquanto em relação a dezembro de 2019, a alta foi de 2,7%.
O que esperer do Natal de 2023
Já para o Natal deste ano, a previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que as festas devem movimentar mais de R$ 65 bilhões, representando um crescimento de 5,6% nas vendas.
Esse avanço está associado à melhoria nas condições de consumo com a diminuição da inflação, queda da taxa de desemprego e menores juros nas ofertas de crédito para pessoas físicas.
Para atender à demanda criada pela data, a CNC prevê que serão criadas cerca de 110 mil vagas temporárias, o maior contingente de trabalhadores temporários contratados desde 2013. Destas, 14% devem se tornar vagas efetivas quando o Natal passar. No ano passado 12% das vagas temporárias se tornaram efetivas
Setores com mais venda no Natal
Durante a temporada de Natal, diversos setores costumam registrar altas significativas nas vendas, impulsionadas pelo aumento do consumo e da demanda por produtos específicos. Alguns dos setores que geralmente experimentam crescimento durante o Natal incluem:
- Roupas e calçados: a compra de roupas e calçados é uma tradição comum durante o Natal, com muitas pessoas buscando presentes e itens para usar durante as festividades.
- Eletroeletrônicos e tecnologia: produtos eletrônicos, como smartphones, tablets, laptops e dispositivos inteligentes, muitas vezes têm uma demanda elevada devido a promoções especiais e à busca por presentes tecnológicos.
- Brinquedos e jogos: o setor de brinquedos costuma experimentar um aumento nas vendas, já que os consumidores buscam presentear crianças durante o período festivo.
- Alimentação e bebidas: supermercados e lojas de alimentos experimentam um aumento nas vendas de alimentos típicos de Natal, bebidas, chocolates e produtos gourmet.
- Decorações e artigos para casa: itens decorativos, árvores de Natal, enfeites e artigos para casa têm uma demanda crescente à medida que as pessoas preparam suas casas para as festividades.
- Perfumaria e cosméticos: conjuntos de perfumes, kits de beleza e produtos de cuidados pessoais são populares como presentes de Natal.
- Livros e papelaria: livros, agendas, e artigos de papelaria são escolhas comuns para presentes, especialmente para aqueles que buscam opções mais personalizadas.
Em linha com o aumento das vendas, os maiores volumes de contratações deverão se concentrar nos ramos de supermercados, lojas de vestuário, acessórios e calçados.
Enquanto o faturamento do varejo tem aumento médio de 34% nessa época, o aumento médio do faturamento do segmento de vestuário chega a 90%.
O Natal não é apenas uma época de celebração; é um impulsionador econômico vital. Seja pela generosidade dos consumidores, pelas estratégias comerciais inteligentes ou pelo aumento da produção, as festividades natalinas têm um impacto profundo em todos os setores da economia. À medida que as luzes se acendem e as árvores são decoradas, o Natal também ilumina os indicadores econômicos, deixando um legado duradouro no cenário financeiro.