como reinvestir dividendos

Como reinvestir dividendos? Veja o passo a passo na prática

Para que sua carteria de investimentos seja sempre crescente e você aproveite a mágica dos juros compostos, é fundamental reinvestir dividendos que você recebe ao longo dos anos. Assim, você transforma os proventos recebidos de suas ações ou Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) em uma fonte constante de crescimento do seu portfólio.

Continue lendo este artigo para entender como fazer para que essa estratégia potencialize os seus ganhos.

O QUE SÃO DIVIDENDOS?

O termo “dividendo” refere-se a uma parcela dos lucros de uma empresa distribuída aos seus acionistas. Essa distribuição pode ocorrer de diferentes maneiras, dependendo do tipo de investimento.

Vamos aos principais:

1️⃣ Divendos de ações

No contexto de ações de empresas, os dividendos são uma forma de recompensar os acionistas pelo investimento, proporcionando-lhes uma parte dos lucros da empresa. Esses dividendos podem ser pagos regularmente, geralmente em intervalos trimestrais, semestrais ou anuais.

Trata-se de uma prática que não apenas remunera os investidores, mas também sinaliza a estabilidade financeira e o sucesso operacional da organização. A distribuição de dividendos é frequentemente considerada uma prática que contribui para a transparência e a confiança no mercado financeiro, refletindo a saúde e a estabilidade da empresa.

Ao investir em ações que oferecem dividendos, os investidores buscam não apenas ganhos de capital, mas também uma fonte consistente de renda passiva.

2️⃣ Dividendos de FIIs

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) têm se destacado no cenário financeiro como uma opção atraente para investidores em busca de retornos consistentes. Nesse caso, os dividendos são resultantes dos rendimentos gerados pelos ativos imobiliários que compõem o portfólio do fundo.

Os FIIs são obrigados por lei a distribuir a maior parte de seus rendimentos aos cotistas, o que se traduz em uma distribuição regular de dividendos.

Esses fundos distribuem regularmente os lucros obtidos, proporcionando aos investidores uma fonte estável de renda passiva. A particularidade dos dividendos de FIIs reside na isenção de imposto de renda para pessoa física nos pagamentos mensais, tornando essa forma de investimento ainda mais atrativa.

Ao investir em FIIs, os participantes não apenas diversificam suas carteiras, mas também têm a oportunidade de participar do mercado imobiliário de forma acessível e eficiente, com retornos que podem ser uma peça valiosa na construção de um portfólio financeiro sólido.

O QUE É O REINVESTIMENTO DE DIVIDENDOS?

O reinvestimento de dividendos é uma estratégia adotada por investidores que buscam potencializar o crescimento de seu portfólio.

FUNCIONA ASSIM:

O investidor recebe o pagamento dos dividendos, via depósito na sua conta, e em vez de sacar o valor, opta por utilizar esse valor diretamente na compra de mais ações da empresa ou cotas do FII.

O processo de reinvestimento de dividendos cria um ciclo de crescimento composto, onde os dividendos reinvestidos geram, por sua vez, mais dividendos no futuro.

Vamos a um exemplo prático:

Recentemente, a Engie Brasil (EGIE3) anunciou o pagamento de dividendos de R$ 0,94027879765 por ação. Então, se você possuir um lote de mil ações da empresa, receberá R$ 940,28 de dividendos.

Como cada ação da empresa é cotada, no momento de elaboração deste artigo, por R$ 44,09, você poderá comprar mais 21 ações para ampliar seu portfólio. Na próxima distribuição de dividendos, você receberá sobre 1.021 ações, não mais sobre 1.000, e poderá comprar mais alguns ativos, assim sucessivamente.

Na prática, você não desembolsa um centavo sequer, mas garante o aumento do seu patrimônio.

Essa abordagem é particularmente eficaz a longo prazo, contribuindo para a acumulação de riqueza de forma consistente.

POR QUE REINVESTIR DIVIDENDOS?

Reinvestir dividendos é uma estratégia de investimento que oferece diversos benefícios aos investidores, contribuindo para o crescimento a longo prazo do seu portfólio. Veja como:

➡️ Crescimento composto

O reinvestimento de dividendos permite que os investidores aproveitem o poder do crescimento composto. Ao reinvestir os dividendos automaticamente na compra de mais ações, os proventos geram novos dividendos, criando um ciclo de crescimento que pode acelerar significativamente ao longo do tempo.

➡️ Aumento da posição acionária

Ao reinvestir os dividendos, os investidores adquirem mais ações da empresa, aumentando sua participação no capital da companhia. Isso resulta em uma exposição maior aos ganhos futuros e à valorização das ações.

➡️ Maximização do retorno a longo prazo

O reinvestimento de dividendos é especialmente benéfico para investidores de longo prazo. Ao reinvestir os proventos em vez de recebê-los como dinheiro, os investidores têm a oportunidade de maximizar seu retorno total ao longo dos anos.

➡️ Redução do impacto de custos

Muitos programas de reinvestimento automático de dividendos (DRIP) permitem que os investidores comprem ações adicionais sem incorrer em custos de transação, como taxas de corretagem. Isso pode ser vantajoso para reduzir os impactos de custos associados à compra frequente de ações.

➡️ Maior disciplina de investimento

O reinvestimento automático de dividendos promove uma abordagem disciplinada de investimento, uma vez que os investidores continuam a acumular ativos regularmente, independentemente das condições do mercado. Essa disciplina pode ser valiosa para manter um plano de investimento consistente ao longo do tempo.

➡️ Fluxo de renda crescente

À medida que os investidores reinvestem dividendos, a quantidade de ações detidas aumenta, resultando em proventos mais substanciais em períodos subsequentes. Isso cria um fluxo de renda crescente ao longo do tempo, o que pode ser especialmente valioso para a aposentadoria ou para objetivos financeiros de longo prazo.

COMO REINVESTIR DIVIDENDOS?

Vamos ao passo ao passo:

  1. Acesse sua conta na corretora.
  2. Acesse sua carteira para ver os proventos disponíveis.
  3. Planeje o reinvestimento dos dividendos.
  4. Assim que os proventos estiverem disponíveis em sua conta, programe-se para reinvestir o valor em novas ações na Bolsa.
  5. Opte, se possível, por comprar via lote-padrão de 100 ações para maior liquidez. Caso os dividendos não cubram um lote-padrão, acumule o valor extra até atingir o montante desejado ou compre em lotes fracionários de 1 a 99 ações.

 

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COMO REINVESTIR DIVIDENDOS AUTOMATICAMENTE?

Essa estratégia também é possível de ser feita de forma automática, através do Programa de Reinvestimento Automático de Dividendos, conhecido como DRIP (Dividend Reinvestment Plan).

Oferecido por algumas empresas, esse programa permite que os acionistas comprem frações de ações adicionais com os dividendos recebidos, em vez de receberem o pagamento em dinheiro. Nesse caso, o acionista autoriza a empresa a utilizar o valor que seja depositado em conta para comprar novas ações.

Veja as características do Programa de Reinvestimento Automático de Dividendos

  • Fracionamento de ações: o programa geralmente facilita o fracionamento das ações, garantindo que cada dividendo seja utilizado para comprar frações adicionais de ações, mesmo que o valor não seja suficiente para adquirir uma ação completa.
  • Redução de custos: muitas vezes, o DRIP permite a compra de ações sem comissões, o que pode reduzir os custos associados ao reinvestimento frequente de dividendos.
  • Promoção do investimento a longo prazo: o DRIP é considerado uma estratégia que incentiva o investimento a longo prazo, pois os dividendos são reinvestidos automaticamente, aumentando a posição do investidor ao longo do tempo.
  • Participação opcional: nem todos os acionistas de uma empresa participam automaticamente do DRIP; geralmente, é uma opção que os investidores podem escolher aderir.

Algumas empresas brasileiras que oferecem essa opção são:

  • Itaú Unibanco (ITUB4)
  • Bradesco (BBDC4)
  • Ambev (ABEV3)
  • Vale (VALE3)
  • Pão de Açúcar (PCAR3)

O reinvestimento de dividendos é uma estratégia poderosa para os investidores, oferecendo uma abordagem consistente para o crescimento do portfólio a longo prazo.

Ao compreender a natureza dos dividendos e sua aplicação em ações e Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), os investidores podem não apenas colher os benefícios financeiros, mas também construir uma base sólida para a acumulação de riqueza ao longo do tempo.

Ao optar por reinvestir os proventos, os investidores alavancam o poder do crescimento composto, aumentando suas posições acionárias, maximizando retornos a longo prazo e construindo um fluxo de renda crescente. Essa técnica não apenas reduz o impacto de custos, mas também promove uma disciplina de investimento valiosa, independentemente das oscilações do mercado.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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