Securities lending

Securities Lending: o que é e como funciona o empréstimo de ativos

Entenda o que é securities lending, como funciona o empréstimo de ativos, seus benefícios, riscos e como participar dessa operação no Brasil.

No universo dos investimentos, existem estratégias pouco conhecidas por quem está começando, mas que podem oferecer oportunidades interessantes tanto para investidores conservadores quanto para os mais arrojados. Uma delas é o securities lending, conhecido em português como empréstimo de ativos.

Essa prática permite que ativos como ações e títulos públicos sejam temporariamente cedidos de um investidor para outro, e movimenta bilhões no mercado. A operação envolve duas partes: quem pega emprestado (o tomador) e quem empresta (o doador), e cada um tem um objetivo específico, mas que são complementares.

O tomador pode usar esses ativos em estratégias de venda a descoberto ou proteção de carteira. Já o doador, recebe uma remuneração extra, sem abrir mão da propriedade dos papéis.

Hoje, vamos explicar o que é empréstimo de ativos, como funciona, por que cada parte participa da operação e quais são as vantagens e riscos envolvidos.

O que é empréstimo de ativos?

O empréstimo de ativos, ou securities lending, é uma operação financeira em que um investidor cede temporariamente ativos de sua carteira para outro investidor ou instituição. Essa transação é intermediada por uma corretora ou banco custodiante, seguindo regras definidas pelas entidades reguladoras do mercado.

O investidor que empresta os ativos é chamado de doador. Ele mantém a propriedade dos papéis e continua recebendo os direitos econômicos, como dividendos ou juros sobre capital próprio, por meio de compensações.

Já o investidor que toma os ativos emprestados é o tomador. Ele utiliza esses ativos para diferentes estratégias, como venda a descoberto (short selling), arbitragem entre mercados ou operações de hedge.

Para garantir segurança, o tomador oferece garantias em dinheiro ou outros ativos, que ficam bloqueadas durante toda a operação. Ao final do contrato, os ativos são devolvidos ao doador nas mesmas condições em que foram emprestados.

Como funciona o empréstimo de ativos na prática

O funcionamento do empréstimo de ativos é simples na teoria, mas segue um processo bem estruturado para garantir segurança a todas as partes.

Tudo começa quando o investidor habilita essa função em sua corretora ou banco custodiante. Ao autorizar, ele permite que seus ativos elegíveis fiquem disponíveis para serem emprestados. Quando um tomador demonstra interesse, a corretora intermedeia a operação, definindo o prazo, a taxa de remuneração para o doador e as garantias necessárias.

As garantias, que podem ser dinheiro, títulos públicos ou outros ativos de alta liquidez, são bloqueadas na conta do tomador até a devolução dos papéis. Isso serve como proteção caso o tomador não cumpra o acordo.

Durante o período do empréstimo, o doador continua recebendo compensações equivalentes a dividendos, juros sobre capital próprio ou outros proventos do ativo. Já o tomador utiliza os ativos para suas estratégias, podendo vendê-los no mercado, operá-los em derivativos ou mantê-los como parte de outra transação.

Ao término do contrato – que pode ser de dias, semanas ou meses – o tomador devolve exatamente os mesmos ativos, encerrando a operação e liberando as garantias.

Por que fazer empréstimo de ativos?

Por que alguém iria querer pegar ativos emprestados? E por que alguém iria emprestar seus ativos? Os motivos do tomador e do doador são diferentes, mas complementares.

Para o tomador, a principal motivação é acessar ativos que não possui em carteira para executar estratégias específicas. A mais comum é a venda a descoberto, na qual ele vende o ativo esperando recomprá-lo mais barato no futuro, lucrando com a queda do preço.

Além disso, o tomador pode usar os ativos emprestados para arbitragem. Essa estratégia consiste em aproveitar diferenças de preço de um mesmo ativo ou de ativos correlacionados em mercados distintos. O investidor compra onde está mais barato, e vende onde está mais caro. Outra possibilidade é o uso como hedge, ou seja, uma proteção para reduzir o risco de perdas em uma posição já existente.

Para o doador, a vantagem está em rentabilizar ativos que já possui e que, muitas vezes, estão parados na carteira. Emprestando, ele recebe a remuneração combinada, sem abrir mão da propriedade dos papéis e continuando a receber os proventos, repassados pelo tomador. Assim, o doador obtém uma renda extra sem alterar a composição de sua carteira no longo prazo.

Essa complementaridade é o que sustenta o mercado de securities lending, criando um fluxo constante entre quem busca estratégias ativas e quem deseja monetizar sua posição.

Vantagens e riscos do empréstimo de ativos

O empréstimo de ativos pode ser vantajoso tanto para o doador quanto para o tomador, mas cada lado também assume riscos específicos.

Para o doador:

Vantagens

  • Recebe uma remuneração adicional sobre ativos que já possui, sem precisar vendê-los.
  • Mantém os direitos econômicos, como dividendos e juros sobre capital próprio (repassados pelo tomador).

Riscos

  • Liquidez temporariamente restrita: não poderá negociar os ativos emprestados durante o contrato.
  • Risco de contraparte, ainda que mitigado pelas garantias exigidas na operação.

Para o tomador:

Vantagens

  • Acesso a ativos que não possui, permitindo estratégias como short selling, arbitragem e hedge.
  • Possibilidade de ganhos mesmo em cenários de queda no mercado.

Riscos

  • Prejuízo potencial caso o ativo suba de preço após a venda a descoberto.
  • Custos adicionais, como taxas de empréstimo e necessidade de manter garantias bloqueadas.

Quem pode participar e como fazer empréstimo de ativos

No Brasil, praticamente qualquer investidor que possua ativos elegíveis em carteira pode participar do empréstimo de ativos. Não há exigência de ser investidor qualificado para atuar como doador. O requisito principal é possuir ativos disponíveis para emprestar e ter uma conta em uma corretora ou banco que ofereça o serviço.

O processo começa com a habilitação da função na corretora. Isso normalmente é feito pelo home broker ou aplicativo, autorizando a instituição a disponibilizar seus ativos para empréstimo sempre que houver demanda. A partir daí, a corretora intermedia todas as etapas: encontra o tomador, define taxa, prazo e garante que as garantias sejam depositadas.

Como tomador, o investidor precisa cumprir requisitos adicionais, como oferecer garantias equivalentes ou superiores ao valor de mercado do ativo emprestado. Esse papel costuma ser exercido por investidores institucionais, fundos de investimento ou traders que atuam em estratégias específicas, como venda a descoberto.

Todas as condições — taxa de remuneração, prazo e garantias — são acordadas no momento da operação e registradas na câmara de liquidação responsável, garantindo transparência e segurança.

O empréstimo de ativos é uma operação que beneficia tanto quem busca novas estratégias de investimento quanto quem deseja gerar renda extra com a própria carteira.

Apesar das vantagens, é fundamental entender os riscos e as condições envolvidas, especialmente em relação à liquidez e à volatilidade dos ativos emprestados. Com uma corretora confiável, e compreendendo bem o funcionamento da operação, o investidor pode transformar o securities lending em uma ferramenta estratégica para otimizar resultados.

E você também pode aproveitar essa estratégia. Seja como doador ou tomador, você pode aproveitar para diversificar, proteger ou rentabilizar ainda mais sua carteira.

Quer saber como esse tipo de operação pode se encaixar na sua carteira? Fale com a gente!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.