investir em fundos imobiliários

Você sabe investir em fundos imobiliários?

Neste texto você vai aprender:

Prédios residenciais ou comerciais, terrenos e loteamentos são alguns dos investimentos mais tradicionais dos brasileiros. Imóveis, em geral, estão relacionados a um histórico de segurança quando o assunto é manter ou desenvolver um patrimônio. Mas você sabia que dá para fazer isso no mercado financeiro? É só investir em fundos imobiliários! Inclusive, esse tipo de aplicação é um dos que mais tem se popularizado entre investidores brasileiros nos últimos anos.

Quando um grupo de investidores se reúne para aplicar recursos no mercado de imóveis, cria-se um fundo de investimento imobiliário (FII). O dinheiro costuma serve tanto para a construção de imóveis quanto para compra de ativos. A rentabilidade desse tipo de investimento está ligada à locação ou à valorização futura dos imóveis. Os lucros obtidos são distribuídos entre os investidores, de forma proporcional à contribuição inicial e à quantidade de cotas de cada investidor. 

Cada fundo de investimento imobiliário conta com um gestor, responsável por seguir os objetivos e a política sobre os recursos definidos na sua criação. Dessa forma, quem investe nessa modalidade se torna um cotista, com direito a frações do fundo, mas sem responsabilidade legal sobre ele. Cabe à gestão do fundo, normalmente comandada por uma instituição financeira, tomar as decisões sobre os melhores ativos para comprar e vender.

Os tipos de fundos de investimento imobiliário

Você pode investir em fundos imobiliários de duas formas:

  1. Fundos de tijolo: possuem ativos referentes a imóveis físicos, tais como ações de shopping centers, edifícios empresariais, hotéis e galpões;
  2. Fundos de papel: possuem ativos referentes a aplicações financeiras no setor imobiliário, como LCIs e CRIs.

Também é possível combinar entre esses modelos de fundos imobiliários, o que dá origem aos fundos híbridos. Há uma grande variedade de FIIs no mercado brasileiro, cada um com características e peculiaridades diferentes. Alguns dos principais são:

FIIs de Shoppings:

Um tipo de imóvel muito popular no Brasil, mas que requer análise criteriosa de indicadores, como o administrador do shopping, histórico de resultados, localização geográfica do estabelecimento e sua estrutura;

Fundos Imobiliários de Lajes Corporativas:

Também conhecidos como edifícios comerciais. Em geral, são investimentos de longo prazo, em média cinco anos, com possibilidade de revisão após três anos. O rompimento com o fundo antes do prazo costuma gerar multa. 

FIIs de Galpões Logísticos:

Imóveis destinados à gestão de estoque, seleção e despacho de mercadorias. Podem ser locados para um ou mais clientes. Contratos convencionais têm duração média de cinco anos. Porém, contratos considerados atípicos têm prazos mais longos, de até 15 anos.

FIIs de Hotéis:

Investidores podem comprar a participação em hotéis para explorar as locações de quartos ou para vender as unidades hoteleiras. Também é possível obter rendimentos com a valorização dos ativos em si. 

FIIs de Imóveis Educacionais:

Em geral, instituições de ensino são um investimento de baixo risco e bom potencial de valorização. Porém, além da localização e da maturidade da empresa educacional, é preciso considerar a possibilidade de a instituição se voltar ao ensino à distância.

FIIs de Hospitais:

Oferecem contratos de longo prazo e, em alguns casos, há participação em um percentual do faturamento dos hospitais. Vale lembrar que esses são imóveis com alta frequência de público, independentemente da situação econômica do país ou do mundo.

FIIs de Agências Bancárias:

A aquisição e personalização de áreas de locação para instituições bancárias oferece baixo risco, pois os inquilinos costumam ser grandes empresas. Os contratos de locação de agências bancárias geralmente são longos, o que gera garantia de fluxo de caixa. Porém, vale ficar atento ao crescimento do internet banking no Brasil, o que tem fechado muitas agências físicas ao redor do país.

FIIs de Fundos:

Também conhecidos como Fundos de Fundos (FOF), são aplicações que agregam recursos de um conjunto de investidores para obter lucro com a aquisição de cotas de outros fundos imobiliários.

FIIs de Desenvolvimento Imobiliário:

São fundos mais arriscados, mas oferecem um maior potencial de retorno. Neste caso, o investimento é na construção de imóveis com o objetivo de vender as unidades e lucrar com a negociação.

Como calcular os rendimentos?

Para quem deseja viver de seus investimentos, os fundos imobiliários despontam como uma boa opção, pois seus rendimentos são mensais. Todos os fundos são obrigados a distribuir pelo menos 95% do valor arrecadado com aluguéis para os seus cotistas. Há ainda a possibilidade de obter lucro com a negociação das cotas no mercado financeiro, de forma similar à compra e venda de ações.

Mas é importante lembrar que esse é um investimento de renda variável. Por isso, não é possível ter uma previsão exata da sua lucratividade. Os ganhos dependem de fatores como a situação do setor imobiliário, a forma como o patrimônio está organizado e o valor das cotas. Portanto, oscilações nos rendimentos podem ser frequentes. Há ainda o caso dos fundos de papéis, em que os rendimentos são calculados a partir de indexadores como CDI, IGP-M e taxa Selic.

As vantagens de investir em fundos imobiliários

Uma das principais vantagens desse tipo de investimento é a isenção no Imposto de Renda para pessoas físicas. Isso não é possível no caso do aluguel direto de imóveis, apenas através dos fundos de investimento. O cotista também está isento do pagamento anual do IPTU. A única tributação é sobre a venda das cotas, cuja alíquota é de 20% sobre o lucro obtido.

Outro atrativo de investir em fundos imobiliários é a alta liquidez, ou seja, a facilidade em resgatar o dinheiro aplicado. A mesma agilidade se dá na compra e venda de ativos, realizada de forma inteiramente online, seja por meio de uma corretora, seja por plataforma de home broker. As transações são feitas em poucos minutos, enquanto a venda de um imóvel físico pode levar meses ou até anos.

Além disso, ao contrário de quando o aluguel é recebido diretamente de inquilinos, não há obrigações administrativas para o cotista. Assim, investir em fundos é uma maneira descomplicada de lucrar com o setor imobiliário. A facilidade também está na acessibilidade do investimento. Há variação nos aportes exigidos para iniciar a aplicação, de acordo com o tipo de ativos que compõem o fundo, mas de forma geral é possível iniciar o investimento com valores bem baixos, a partir de algumas dezenas de reais.

Fundos Imobiliários: um caminho para a diversificação da carteira

Aplicar em fundos imobiliários pode se tornar uma forma barata de diversificar a carteira de investimentos. O cotista pode selecionar quais ativos farão parte de seu fundo imobiliário, ainda que dependa da boa administração do gestor financeiro responsável para obter resultados.

Essa é uma clara vantagem para investidores mais inexperientes, pois a gestão do fundo garante seus pagamentos. Fora do mercado financeiro, por exemplo, se um inquilino deixa um imóvel, isso pode significar um bom tempo de interrupção na renda daquele aluguel. Porém, um fundo imobiliário possui diversos ativos. Assim, o cotista não depende de apenas um aluguel para manter uma renda consistente. É comum que o patrimônio inserido nos fundos seja composto por empreendimentos utilizados por grandes empresas, o que aumenta o potencial de valorização dos ativos. De qualquer forma, é muito importante conhecer o histórico e a qualidade da gestão antes de investir em um fundo imobiliário.

Saiba o que observar na hora de investir em fundos imobiliários

Para analisar se vale a pena investir em fundos imobiliários, não basta ter acesso ao histórico de rendimentos de um determinado FII. Como se trata de um ativo de renda variável, não há como garantir que a rentabilidade continuará seguindo a mesma tendência. Antes de aplicar, o investir deve conferir:

  • A quantidade de imóveis listados no fundo;
  • A localização dos imóveis de acordo com o potencial de valorização;
  • A taxa de vacância e ocupação dos imóveis;
  • O histórico da administradora do fundo imobiliário;
  • Os tipos de contratos de locação disponíveis;
  • No caso de Certificados de Recebíveis Imobiliários, verificar os ativos do certificado e a securitizadora;
  • A taxa de administração ou de performance cobrada pela gestão do fundo;
  • A taxa de corretagem cobrada pela corretora (boa notícia: a XP Investimentos não cobra corretagem no autoatendimento!);
  • As taxas cobradas pela B3 no momento da compra do FII.

Apesar de ser uma operação simples, investir em fundos imobiliários deve estar alinhado tanto ao perfil quanto aos objetivos do investidor. Os FIIs são ativos de renda variável, em geral mais recomendados para investidores audazes ou que tenham a possibilidade de focar em rendimentos de longo prazo.

A oportunidade de lucrar com imóveis sem se preocupar com inquilinos, IPTU, documentação e outras burocracias pode ter um grande impacto positivo na vida do investidor. É a chance de garantir rendimentos mensais, isentos de IR, sem se preocupar diretamente com a gestão dos ativos.

Agora que você já aprendeu como investir em fundos imobiliários, é hora de começar! Entre em contato com a Faz Capital para elevar seus ganhos. Nossos assessores financeiros estão à disposição para ajudar.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.