China

A China é uma bomba-relógio!

Neste texto você vai aprender:

Se os impactos da crise no mercado imobiliário, a falha no modelo econômico e a influência da ideologia política na trajetória econômica da China interessam a você, continue a leitura deste artigo! 

É um fato que praticamente todas as economias mundiais estão procurando voltar a crescer sustentavelmente após o período de pandemia que o mundo mergulhou em 2020. Cada uma delas tem seus desafios, de acordo com o tempo que a população precisou respeitar as medidas sanitárias impostas, com a quantidade de dinheiro injetado na economia e com o tipo de estímulo que o governo optou em seguir.

Todos sabemos também que os chineses sofreram um pouco além do restante do mundo. Enquanto Brasil, Europa, Estados Unidos e outros países voltaram a consumir em níveis normais, a China continuava fechada.

Em janeiro de 2023, a reabertura comercial da China trouxe a sensação de que esse ano seria marcado pela recuperação bem sucedida da segunda maior economia do mundo. Os últimos meses, porém, deixaram claro que o país virou uma bomba relógio prestes a explodir em qualquer momento.

Por que a economia da China não voltou a crescer?

Este deveria ser o ano em que a China voltaria com tudo. Em vez disso, os sinais ficam cada vez mais claros de que uma retomada econômica não será a realidade do país, pelo menos no curto prazo.

Taxa de desemprego alta, economia à beira da deflação e desafios que não param de aumentar; tudo isso marca uma era após décadas de ascensão.

Com isso, a China volta a ser manchete quase que diariamente no mercado. Resumidamente, podemos atribuir 3 motivos principais para a desaceleração da economia chinesa:

1️⃣ Crise no mercado imobiliário

A crise no setor foi mais rápida e intensa do que a economia poderia acompanhar.

Até recentemente, o mercado imobiliário representava um terço de toda a riqueza do país. Após a onda de privatizações que as incorporadoras aproveitaram por duas longas décadas, a crise eclodiu em 2020.

A pandemia global e a queda da população levaram o gigantesco programa de construção de habitações ao caos. O governo, temendo viver uma crise parecida com a dos Estados Unidos em 2008, acabou por limitar os empréstimos das incorporadoras. Mesmo assim, em pouco tempo, elas já deviam bilhões que não conseguiam mais pagar.

O núcleo principal para entender essa crise do mercado imobiliário por lá, é assimilar que, para os chineses, a propriedade é efetivamente a sua poupança. Isso ajuda a entender também porque após a reabertura comercial em janeiro, não vimos nenhum grande pico de gastos, muito menos uma grande recuperação econômica – diferente do que acompanhamos em outros países, principalmente ocidentais.

Com a procura por imóveis e preços despencando, a população chinesa se viu consideravelmente e conscientemente mais pobre.

O patrimônio imobiliário dos chineses foi reduzido, e as projeções para os próximos anos não são agradáveis.

2️⃣ Falha no modelo econômico

O surpreendente crescimento do país nos últimos 30 anos foi impulsionado pela construção: desde estradas, pontes e linhas ferroviárias até fábricas, aeroportos e casas. Estamos falando de crescimentos de 14,3% em 1992, 14,2% em 2007, e 10,6% em 2010 – esses foram os mais impressionantes picos.

Mas como quase tudo na vida, precisamos considerar novos fatores envolvidos e recalcular rota, que nesse caso, seria a obsessão da China pelas construções.

Um exemplo claro do caminho prejudicial que a China vem insistindo está na província de Yunnan, perto da fronteira com Mianmar. Este ano, as autoridades locais confirmaram que iriam em frente com os planos de construir uma nova instalação de quarentena contra a covid-19.

Os governos locais altamente endividados estão sob tanta pressão que há relatos de que alguns estariam vendendo terrenos para si próprios para financiar programas de construção.

O resultado final é que há um limite para o que a China pode construir antes de que isso se torne um desperdício de dinheiro. O país precisa encontrar outra forma de prosperar, além de passar por reformas estruturais e institucionais sérias.

3️⃣ Ideologia política

Para mudar a direção econômica da China, o governo precisa de fortes choques de realidade e postura. Mas a partir do que acompanhamos nas manchetes atuais, isso parece cada vez menos provável.

Xi Jinping exerce cada vez mais o controle sobre a população chinesa e descarta o incentivo ao consumo, modelo muito seguido nas economias ocidentais.

Para o governo chinês, estimular os consumidores a comprarem uma nova televisão, assinar os serviços de streaming ou sair de férias são medidas que podem ajudar a estimular a economia, mas pouco contribuem para a segurança nacional ou para a sua concorrência com os EUA.

Podemos citar ainda a grande caça às bruxas que o governo tem promovido em empresas estrangeiras. O caso mais recente foi a fabricante taiwanesa Foxconn, que está sendo investigada pelas autoridades na China, e é uma das principais fornecedoras da Apple.

A unidade listada da empresa em Xangai, a Foxconn Industrial Internet, despencou seu limite diário de 10% na última semana, isso logo depois de sair no jornal estatal Global Times que as autoridades fiscais auditaram as principais subsidiárias da Foxconn nas províncias de Guangdong e Jiangsu.

A companhia afirma que está cada vez mais apreensiva em relação aos riscos crescentes, incluindo a possibilidade de buscas e detenções, num contexto de repressão às empresas de consultoria internacionais por razões de segurança nacional.

Toda a situação preocupa os investidores. Principalmente em relação ao próprio ambiente de negócios. Além disso, eles querem que o governo tome medidas rapidamente acerca da crise econômica – com destaque para o mercado imobiliário.

Os líderes chineses parecem estar jogando um jogo de longo prazo. Mas não está certo para o mundo se a economia por lá vai responder seguindo as mesmas regras velhas desse jogo.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.