como funciona um investimento

Como funciona um investimento? Entenda aqui

Neste texto você vai aprender:

 

Pode parecer estranho fazer um investimento no banco ou na corretora e ver o dinheiro ali em um CRI, CDB, ITSA4, PETR3 e não entender exatamente o que o dinheiro está fazendo e como esse rendimento está sendo gerado. Em alguns aspectos, inclusive, isso pode até gerar uma certa frustração. Imagina colocar o seu dinheiro em alguma aplicação, criar uma certa expectativa, e o investimento se comportar de alguma forma diferente. Por isso, neste texto, nós vamos navegar pelo raciocínio por trás das aplicações financeiras, para que você saiba como funciona um investimento.

Além disso, falaremos sobre como se comporta o rendimento, para onde vai o dinheiro, como esse dinheiro é usado e qual é a lógica por trás de alguns dos principais investimentos que temos em renda fixa e em renda variável.

Como funciona um investimento em dívida?

A pergunta que um profissional do mercado financeiro mais recebe, ao explicar algum produto financeiro, é “quanto é que rende isso aí”? É importante dizer que não existe pergunta errada, mas a pergunta em si não faz sentido porque ela é equivalente a chegar em uma padaria e perguntar “quanto é que está custando o bolo?”. A reação imediata do atendente da padaria é pensar “que bolo?”.

Pela mesma lógica, ao explicar, por exemplo, como funciona um investimento em CDB e perguntam quanto que rende isso, a reação é a mesma. Que CDB? De que banco? Qual era o prazo? Tem liquidez? Isso porque o CDB é só um tipo de bolo que você pode comprar no seu banco ou corretora e que vai ter diferentes sabores (rentabilidade), dependendo do seu preparo (prazo, risco e estratégia do banco).

Conheça as classes de ativos

Aliás, já que estamos falando de CDB e, consequentemente, de investimentos em renda fixa, vamos falar então dessa classe de ativos.

Toda vez que você compra um título de renda fixa, a ideia é que você está comprando uma dívida. Imagina a LCA, por exemplo. A letra de crédito agropecuária é uma possibilidade que o investidor tem de financiar a produção agrícola no país. Quando um produtor rural vai em busca de crédito para financiar as suas operações, ele vai ao banco e pega um dinheiro que provavelmente veio de investimentos como a LCA ou a poupança, por exemplo.

Esse princípio se estende para outros produtos da renda fixa. As debêntures, por exemplo, vão em busca de dinheiro de investidores para financiamento da operação de empresas. É o caso de uma debênture de refinaria da Petrobrás. A Petrobras emite suas debêntures e recebe o dinheiro dos investidores com a promessa de uma rentabilidade. 

De um modo geral, você está comprando uma dívida. Seja ela de uma empresa, de uma instituição financeira ou ainda do próprio governo, o título de renda fixa financia algum tipo de operação de alguma organização.

É possível que essa operação seja estratégica para o país e, por isso, é incentivada, como é o caso das LCAs. Como são operações que financiam a expansão do setor agro no país, então os investidores têm isenção do imposto de renda ao investir nessa solução. É o que acontece com debêntures incentivadas, que geralmente são ligadas a infraestrutura, com as LCIs e a poupança, por exemplo.

E quanto que rende?

Como comentado anteriormente, cada título vai ter a sua rentabilidade de acordo com o prazo, risco e a estratégia da instituição financeira.

⬆️ Quanto menor for o prazo de resgate, menor a rentabilidade esperada.

⬇️ Quanto maior for o risco, maior a rentabilidade esperada.

Por isso, um CDB com vencimento em sete anos pode ser 30% mais rentável do que outro que pode ser resgatado a qualquer momento, por exemplo.

Além disso, existem diferentes formas de apresentação da rentabilidade. Alguns papéis são prefixados e isso significa que a rentabilidade é nominal e não depende diretamente de nenhum índice do mercado, caso você espere até o vencimento. Um desses casos é o Tesouro Prefixado. Ao investir em um produto como esse, você sabe que ele vai render 10% ao ano, por exemplo.

Por outro lado, existem os títulos de renda fixa pós fixados. Isso significa que você sabe a rentabilidade relativa do seu papel, dependendo do índice que está sendo fixado. Os investimentos atrelados ao CDI e Selic ou ainda ao IPCA são os tipos mais comuns de pós-fixados. No caso dos atrelados ao IPCA, são chamados de “renda fixa inflação”.

Se você comprar um CDB de 100% do CDI, só é possível saber quanto que rendeu o investimento quando você descobrir quanto que foi o CDI no período, que é uma taxa diária que muda de acordo com a taxa de juros no Brasil. Por isso, se o CDI é de 10% no ano, então sua rentabilidade também seria de 10%.

Como funciona um investimento em Equity?

Existe um outro tipo de investimento que é aquele feito em equity ou, no bom português, patrimônio. Diferentemente dos títulos de renda fixa, aqui você compra parte de alguma empresa, seja ela listada em bolsa ou não.

As empresas têm basicamente duas formas de conseguir dinheiro para financiar suas operações. Ou elas contraem dívidas com o banco ou com investidores externos, ou então elas vendem ações, que são pequenas partes da companhia, para o mercado.

Como é a rentabilidade?

Por isso, aqui não existe uma rentabilidade fixada como é o caso da renda fixa, porque não faz sentido. Quando você empresta dinheiro, é do seu interesse receber esse dinheiro de volta com juros. Caso contrário, não faria sentido você emprestar esse dinheiro.

Por outro lado, quando você compra participação em alguma instituição, você não sabe qual vai ser o retorno desse projeto. Na verdade, deve ser do seu interesse que a organização cresça e você ganhe com a valorização da cota que você comprou.

Em outras palavras, se você comprou uma ação por R$ 1,00, você quer vender por pelo menos mais do que esse real que você investiu. Para isso, é importante que haja um crescimento em lucro, número de clientes, diminuição de custos e tudo aquilo que é importante para que alguma organização cresça.

Na renda fixa é igual?

No caso da renda fixa, é diferente. Você não está particularmente interessado se a empresa vai dar certo ou não, mas está interessado no retorno do seu capital. Aliás, você não “torce” pela empresa porque você não ganha nada a mais do que foi contratado. Se o lucro da companhia for 10 ou 1000, para você tanto faz.

 

Descubra como alcançar retornos consistentes de mais de 1% ao mês.

 

Só que vender sua ação por mais do que você comprou não é a única forma de fazer dinheiro nesse tipo de mercado. Uma outra forma de ganhar nesse tipo de operação é com a própria lucratividade da empresa.

Pensa assim: se você tem parte de uma padaria, significa que também tem parte do seu lucro, caso haja a distribuição desse resultado para os cotistas. Então, se você compra uma ação, você também pode ganhar bastante com a distribuição dos recursos das firmas em que você investe.

Por essa lógica, o céu é o limite para o quanto você pode ganhar com a valorização das empresas e os seus dividendos, que são essas distribuições do resultado de volta para os cotistas. Diferentemente da renda fixa, o resultado na compra de ações não tem um teto, mas tem um piso, que é zero. Existe o risco de você investir em alguma posição e essa posição falir. Tanto na renda variável quanto na renda fixa.

Tirando operações menos comuns do mercado como derivativos, opções, operações estruturadas, moeda e outras tantas, a lógica por trás de um investimento é bem simples: você investe em dívida ou em patrimônio. Bem simples, né?

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.