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Disney | Tudo começou com o Mickey

Neste texto você vai aprender:

A The Walt Disney Company foi fundada em 16 de outubro de 1923, pelos irmãos Walt Disney e Roy Oliver Disney. Há quase 100 anos, a pioneira na indústria da animação foi criada com o nome de Disney Brothers Cartoon Studios.

Desde que voltou da Primeira Guerra Mundial, onde atuou como motorista de ambulância, Walt Disney sempre foi conhecido por amar arte e, desde cedo, já vendia seus primeiros trabalhos. Ainda assim, o seu primeiro negócio não deu muito certo e aos 22 anos ele tentou ser ator, trabalhou como fotógrafo e pensou inclusive em se tornar diretor de filmes. Além disso, chegou a ser demitido por um editor de jornal, que o julgava preguiçoso e sem nenhuma criatividade.

Sua família o pressionava, sob o argumento de que ele precisava encontrar um emprego de verdade. Felizmente, ele acreditava nos seus sonhos e queria empreender. Por isso, ele voltou para Hollywood e abriu um estúdio em uma garagem. Mesmo com todo o entusiasmo, ele não teve o sucesso esperado. Só que foi neste período que ele conseguiu um contrato para a animação Alice Comedies. O filme não foi como o esperado, mas serviu como respiro.

Em seguida, Walt Disney trabalhou na Universal e criou Oswald – O Coelho Sortudo. O personagem se assemelha ao Mickey e foi o primeiro destaque de sua carreira, apesar de ter sido prejudicado pela empresa que detinha os direitos autorais do desenho. Para se recuperar da perda, Disney criou o rato Mortimer, em 1928, que foi rebatizado de Mickey pela esposa de Disney, Lily.

A personalidade de Mickey

Walt Disney idealizou Mickey para ser o oposto do que ele havia encontrado no mercado de trabalho. O ratinho seria gentil, honesto, educado e amoroso. Afinal, era isso o que ele desejava ter em sua família, amigos e equipe de trabalho.

O primeiro filme de Mickey não teve dubladores. Os sócios de Disney que fizeram o trabalho. Ele inclusive aparece até hoje no início de todas as produções da Disney, pela importância histórica.

A Branca de Neve

Em 1934, o seu primeiro longa-metragem foi produzido e se chamava A Branca de Neve e os Sete Anões, que estrearia três anos depois. Em 1939, o filme teve recorde de bilheteria e, além disso, ganhou um Oscar honorário que veio com sete mini estatuetas juntas para representar os sete anões. A maioria dos personagens de Disney é órfão e historiadores acreditam que isso se deve a ele ter perdido a mãe em um acidente.

Usando os lucros da Branca de Neve, Disney financiou a construção, em uma área de 210 mil metros quadrados, de um novo complexo para os seus estúdios em Burbank, Califórnia. A conclusão do novo Walt Disney Studios, em que a empresa está sediada até hoje, ocorreu em 1939.

O estúdio lançou na sequência curtas e longas metragens de animação, como Pinóquio (1940), Fantasia (1940), Dumbo (1941) e Bambi (1942).

Produções da Disney para a Segunda Guerra

Com o começo da Segunda Guerra Mundial, os lucros de bilheteria da Disney diminuíram consideravelmente. Além disso, muitos animadores da Disney foram convocados pelas Forças Armadas, quando os Estados Unidos entraram na guerra após o ataque de Pearl Harbor. Por outro lado, a companhia teve a encomenda de uma série de filmes de treinamentos e propagandas militares, dado o contexto da época.

Filmes como a “A Vitória Pela Força Aérea” e o curta “Educação para a Morte” (ambos de 1943) foram feitos para aumentar o apoio público aos esforços de guerra. Além disso, os personagens do estúdio se juntaram à campanha, como Pato Donald, que apareceu em uma série de curtas cômicos, incluindo o vencedor do Oscar de melhor curta-metragem de animação, Der Fuehrer’s Face (1943).

O brasileiro Zé Carioca

Foi na época da Segunda Guerra que nasceu o personagem brasileiro da Disney chamado de Zé Carioca. No dia 24 de agosto de 1942, chegava às telonas o filme Alô, Amigos, em que o papagaio mostrava a cultura local para o Pato Donald. Além do cinema, Zé Carioca também representou a alegria do povo nos quadrinhos.

Em 1941, Walt Disney esteve no Brasil acompanhado de um grupo de artistas, escritores e músicos. O cineasta fez uma visita diplomática, a convite do governo norte-americano, com o objetivo de conter o avanço do nazismo e do fascismo na América do Sul. Em nome da Política de Boa Vizinhança, Disney se encontrou com o então presidente Getúlio Vargas.

Para além da diplomacia, a viagem serviu como inspiração para novas aventuras e novos personagens. Impressionados com o samba, as paisagens e a riqueza cultural do País, os produtores também se encantaram com os papagaios. Por isso, eles passaram a visitar o zoológico e museus locais em busca da ave. A pesquisa resultou na criação de Zé Carioca, um papagaio que morava no Rio de Janeiro, dançava samba e esbanjava charme.

Embalado pela música Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, o longa-metragem Alô, Amigos, com Zé Carioca e Pato Donald como protagonistas, tinha um propósito diplomático específico. A produção era parte da iniciativa do governo norte-americano para estimular um espírito de unidade entre os países das Américas. Em 1944, a empresa também foi lançou Os Três Caballeros, em que os personagens visitam a Bahia.

A crítica e o público receberam o lançamento com bons olhos. Antes da viagem, Walt Disney estava com problemas financeiros. Depois da passagem pela América Latina, contudo, os novos produtos trouxeram lucros para os estúdios Disney.

Adultos são crianças crescidas

Walt e Lily Bounds Disney tiveram duas filhas, Diane Marie e Sharon Mae. Segundo biografias escritas por Disney, ele as levava frequentemente em parques de diversão, mas ficava incomodado com uma coisa: as crianças precisavam brincar separadas dos adultos. Foi daí, portanto, que ele decidiu criar um lugar onde crianças e adultos pudessem se divertir e brincar juntos.

“Afinal de contas, os adultos são apenas crianças crescidas”, costumava dizer Walt Disney. Ele tinha a ideia e precisava do dinheiro para financiar a obra, então propôs à rede americana de televisão ABC que faria um programa todo domingo em troca do financiamento da obra. Walt era muito sagaz e esperto e durante a apresentação do programa ele fazia publicidade do local.

O primeiro parque da Disney

O primeiro parque da Disney foi fundado na Califórnia, com uma infinidade de brinquedos e um castelo em tamanho real, o Castelo da Bela Adormecida.

A inauguração saiu um pouco do controle. Com capacidade para 12 mil pessoas, o parque distribuiu 11 mil ingressos, mas devido a publicidade feita durante o programa de TV, apareceram pessoas com ingressos falsos e o público chegou a 30 mil. Para piorar, faltou água na Califórnia e foi preciso escolher o que funcionaria: bebedores ou banheiros.

Walt escolheu os banheiros. No entanto, com temperaturas que chegavam aos 38 graus, muitas pessoas passaram mal e, para piorar, o asfalto do parque começou a derreter e a grudar nos sapatos das pessoas. Aquela inauguração ficou conhecida por ele e pelos sócios como Black Sunday.

Disneyland foi um sucesso

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Mesmo com o problema da inauguração, a Disneyland foi um sucesso. A instituição fez parte do desenvolvimento da cidade e várias empresas foram surgindo no local. Por conta disso, Walt Disney queria aumentar o parque. O problema é que a região inicial não tinha espaço e era necessário ir em busca de outro lugar.

O terreno ideal ficava na Flórida e Walt Disney usou vários nomes e estratégias de negociação para conseguir toda a região que precisava. Isso porque ele acreditava que se os proprietários das terras soubessem para quem estavam vendendo as terras, os preços aumentariam expressivamente.

Ele conseguiu comprar 100 quilômetros quadrados e construiu o sonhado Resort. Walt não chegou a ver o projeto pronto, porque faleceu em 1966, devido a complicações de um câncer de pulmão. Ainda assim, Roy Disney continuou o projeto e fez a inauguração em outubro de 1971. Uma das primeiras medidas de Roy foi mudar o nome de Disney World para Walt Disney World, como forma de homenagem ao irmão.

Atualmente, o resort tem quatro parques temáticos, dois parques aquáticos, um centro de compras, um centro de atividades esportivas e mais de 20 hotéis temáticos, e ainda tem 2/3 da área adquirida para construir.

Hoje, o empreendimento recebe 150 milhões de pessoas por ano, entre seis parques espalhados pelo mundo:

➡️ Califórnia (EUA)

➡️ Flórida (EUA)

➡️ Tóquio (Japão)

➡️ Paris (França)

➡️ Hong Kong

➡️ Xangai (China)

No ano de 2017, a Disney se tornou o maior conglomerado de mídia e entretenimento do mundo, depois de ter adquirido 21st Century Fox.

Tornar as pessoas felizes

O principal objetivo de Walt Disney era “tornar as pessoas felizes”. Por isso, ele determinou como valores da companhia a criatividade, os sonhos e a imaginação, além da atenção aos detalhes, para preservar a magia.

Hoje o complexo da Disney é equivalente ao tamanho da cidade de San Francisco. A empresa, com todos os parques, hotéis e lojas, abrange uma área de aproximadamente 11.106 hectares. Além disso, mais de 70 mil funcionários trabalham para manter tudo funcionando em perfeita ordem. A estrela da Disney, o famoso Mickey Mouse, possui mais de 290 roupas oficiais para usar nos parques de diversão.

Disney no mercado de ações

A negociação dos primeiros papéis da Walt Disney Productions começou em 1940, antes mesmo da abertura de capital na Bolsa de Valores de Nova York – NYSE.

⏲️ Em 1949, as ações da companhia valiam US$ 3,00 e, pouco tempo depois, já chegavam a US$ 52,00.

⏲️ Em 1956 a empresa pagou os primeiros dividendos em ações ordinárias.

O IPO, Initial Public Offering, no entanto, aconteceu após a inauguração da Disneyland e em 1957 as ações valiam US$ 13,88 cada na New York Stock Exchange (NYSE), sob o ticker DIS. Após a abertura de capital, a Disney chegou a ter seis desdobramentos de ações, aumentando o número de papéis em circulação, com o objetivo de facilitar as negociações e reduzir o preço unitário.

Isso significa que, em 2020, as 72 ações originais da empresa chegaram a equivaler a 27.648 ações – momento em que cada papel estava sendo negociado a US$ 173.

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Transformação da Disney

A Disney está transformando seus negócios com sucesso para lidar com a evolução contínua da indústria de mídia. Os esforços diretos ao consumidor da empresa, Disney+, Hotstar, Hulu e ESPN+ estão assumindo como os impulsionadores do crescimento de longo prazo à medida que a empresa faz a transição para um futuro de streaming.

Se, por um lado, o faturamento atual da companhia é majoritariamente proveniente de seu segmento canais de Mídia & Entretenimento (41%), por outro os restantes 59% das receitas são distribuídas entre serviços de streaming (DTC) (16,1%), Parques e produtos temáticos (26,1%) e conteúdos audiovisuais (16,8%).

Valuation da empresa

Com relação ao valuation da empresa, os pares da Disney não são triviais, logo não é possível traçar conclusões definitivas dos números operacionais e indicadores. Olhando para o P/E (preço/lucro), a companhia parece negociar acima da média e mediana do setor. No entanto, a lista contém duas empresas de baixo crescimento, como a ViacomCBS e FOX, que por padrão negociam a múltiplos mais baixos, enquanto a Netflix, que possui potencial de crescimento superior, negocia a números bem mais altos, indicando que o mercado espera um crescimento da gigante de streaming no longo prazo mais do que a Disney.

Recentemente, Laura Martin, analista de ações dos Estados Unidos com mais de 20 anos de experiência, sugeriu uma fusão entre as gigantes Disney e Apple. Segundo a analista, a união geraria valor para a Disney pois a empresa iria incorporar receitas de empresas que se beneficiam de seus produtos.

O principal argumento é que a Disney atrai milhões de consumidores e espectadores para seus filmes e parques, mas deixa de faturar com outras fontes interligadas como pipoca em cinemas, passagens aéreas e atrações vizinhas aos seus parques. Dessa forma, a associação com a Apple, uma companhia conhecidamente por capturar praticamente toda a receita gerada dentro de seu ecossistema, poderia trazer para a Disney a expertise e aumentar em mais de 10% as receitas da companhia.

Porém, por se tratar de duas companhias históricas e gigantescas, esta fusão não passa de narrativa e possibilidades de mercado. Pode fazer sentido, mas algo desta magnitude acontecer é um evento muito raro.

Como investir na Disney

Desde outubro de 2020, é possível investir na Disney através dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3 através do ticker DISB34. Ao adquirir esse certificado, você pode participar, indiretamente, dos resultados da empresa no exterior.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.