juro americano

Juro americano: o que os cortes nas taxas de juros dizem sobre onde investir

Neste texto você vai aprender:

Expectativas. É quase completamente com base em expectativas futuras que os mercados funcionam no dia a dia. E com o juro americano não é diferente.

Nos últimos meses, as expectativas mais comentadas se deram em torno do Federal Reserve. O Fed é o Banco Central dos Estados Unidos e o responsável pela política monetária do país. Bem, desde o fim da pandemia, quando bilhões de dólares foram injetados na economia americana, a instituição tem um trabalho claro: combater a alta dos preços, causada pelos estímulos de 2020 e 2021.

Quem acompanha minimamente o mercado também sabe que o juro americano está na sua máxima em 4 décadas. E é aí que volta o papo das expectativas…

Todos estão esperando o Fed iniciar o ciclo de corte do juro. Mas ninguém sabe exatamente quando será; e se tem uma coisa que o mercado odeia, é ficar no escuro.

Independentemente do mês que o juro por lá vai começar a cair, o investidor precisa ficar atento em como o mercado vai se comportar. E é exatamente o que você vai encontrar a seguir.

 

Vale investir com base na história?

O corte no juro vem, isso é certo. E a maior dica deste artigo surge agora: pare de se preocupar tanto com o quando e se desapegue das oscilações exageradas do mercado.

Você não precisa mudar de ideia a cada dado e indicador novo que sai da economia americana.

Prepare-se para o que é unânime: a queda do patamar do juro americano.

Dito isso, a Schroders, uma empresa multinacional britânica de gerenciamento de ativos, estudou 22 períodos de redução de taxas, que remontam a 1928. Basicamente eles concluíram que se as tendências prevalecentes se mantiverem, poderemos esperar um bom ano para o mercado acionário.

Historicamente, nos 12 meses após o Fed iniciar a trajetória de queda do juro, as ações dos EUA registaram um retorno médio de 11 pontos percentuais superior à inflação e 6 pontos percentuais superior aos treasuries.

E , como comentamos, os juros americanos serão reduzidos em 2024, mas o timing está em aberto. Exatamente por isso, ainda veremos oscilações e volatilidade no cenário e nos preços dos ativos no curto prazo.

 

Nada de memória curta… relembre como foi em 2023

Vamos ser sinceros: o  Federal Open Market Committee (FOMC) passou o ano com severos problemas na comunicação.

E como quase todo investidor e espectador notou, os problemas durante 2023 não ajudaram nesse diálogo.

O ano foi marcado por choques relevantes, com uma breve crise financeira logo no 1º semestre. Vimos a quebra do First Republic Bank e do Silicon Valley Bank, a segunda e terceira maior quebra bancária dos Estados Unidos, respectivamente.

➡️ Downgrade da dívida soberana americana, que veio à tona no 3º trimestre

➡️ Múltiplas incertezas na evolução das variáveis fiscais americanas, nisso incluindo o cronograma de emissões do Tesouro americano

➡️ Um cenário externo conturbado.

Todos esses são fatores que conspiraram para uma grande volatilidade da estrutura fiscal, monetária e política dos Estados Unidos.

Mas, ainda que variáveis externas tenham contribuído, quase todos os problemas mais graves que acompanhamos derivaram da própria condução da política monetária. Sim, Jerome Powell, presidente do FOMC, foi o verdadeiro protagonista da novela americana.

O comportamento da economia e do mercado de trabalho também se manteve forte em 2023. A cada novo dado divulgado, deixava os analistas boquiabertos. A expansão do PIB ao redor de 2,5% e o desemprego encerrando o ano em 3,7% surpreenderam.

Veja bem, em época de aperto monetário, espera-se, no fim do ciclo, que a economia dê sinais de enfraquecimento, afinal, se desestimula uma economia justamente para combater a alta generalizada dos preços. E isso demorou mais que o previsto.

Aprenda mais sobre como escolher ativos globais no vídeo:


A inflação em trajetória inconsistente com a tentativa de cumprimento da meta acabou criando um cenário de repetidas contestações à atuação do FOMC. E foi nesse momento que os ruídos da instituição com o mercado se mostraram cada vez mais frequentes.

Nos últimos meses do ano passado, a comunicação ficou um pouco mais clara e agressiva. Jerome Powell comentou que o juro americano começará a cair muito antes da inflação atingir a meta, reconhecendo, também, que o timing desses cortes já estaria em discussão. 

O mercado entendeu que o juro americano começará a cair já no 1º semestre de 2024 (e, potencialmente, ao final do 1º trimestre do ano), mas resta observar, nos dados, razões para uma mudança tão brusca de avaliação.

 

Redução do juro americano e uma incógnita no ar?

2024 chegou e com ele alguns sinais de redução do crescimento e da inflação, mas nada que corrobore a drástica mudança de visão do FOMC notável em dezembro de 2023.

Ao final de 2023, foi precificado 85% de chance de o corte nos juros iniciar em março deste ano, com quase 20% de chance do primeiro movimento ocorrer na reunião do FOMC de janeiro. Mas quem tenta acertar o timing não tem dormido muito bem.

Com os sinais de uma inflação um pouco mais elevada do que o ideal, e a resiliência nos indicadores de atividade, incluindo o de mercado de trabalho, alguns ajustes na comunicação novamente foram feitos pelos membros do FOMC.

O corte de juro em janeiro deixou de ser esperado logo na virada do ano e, agora, se discute 40% de chance de os juros começarem a cair em março. Powell, em seu discurso de 31 de janeiro, logo após o anúncio de manutenção do juro, manteve um tom duro, comunicando que o foco da instituição é levar a inflação à meta – e como bem sabemos, isso não vai acontecer em poucos meses.

Para falar a verdade, independentemente dos próximos passos da condução da política monetária do país, é difícil ver a inflação atingindo a meta antes do final de 2025, ainda que se mantenha em trajetória declinante.

Agora, resta entender que oportunidades no mercado acionário vão se tornar cada vez mais claras, apesar da volatilidade do ano, tanto interna como externa.

A lista de preocupações para 2024 cresceu?

A piora do cenário geopolítico global, especialmente nas questões do Leste Europeu e do Oriente Médio, não é bem uma novidade para o investidor, e continuará sendo um ponto de tensão para a condução da política econômica americana – tanto na seara monetária como na seara fiscal. Os conflitos do Oriente Médio vão continuar pressionando as cotações do petróleo, por exemplo. 

Em paralelo, a eleição presidencial deste ano talvez seja a mais esperada em décadas. Tudo se encaminha para um novo embate entre Biden e Trump. Com um governo errático e percebido – tanto dentro como fora dos Estados Unidos – como fraco, Biden não parece estar em posição vantajosa na disputa.

O fato é que o mundo olha com atenção para o resultado desta eleição, para a postura do FOMC nos próximos meses, e para os riscos fiscais da maior economia do mundo.

Você? Bem, como falamos no início, prepare-se para uma reversão do cenário da economia americana, e atente-se para os movimentos de diversas empresas que já foram percebidos na última temporada de resultados.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.