Perpetual Bond

PERPETUAL BOND: o ativo para quem quer viver para sempre

Se você tiver interesse em receber juros pela eternidade, o Perpetual Bond pode ser a escolha perfeita para sua carteira de investimentos. Esse título desafia as convenções de vencimento e oferece estabilidade e previsibilidade no pagamento de juros. Descubra sua origem intrigante na Holanda do século XVII e os desafios e benefícios de adotá-los em sua estratégia de investimento.

O que é um ativo de longo prazo?

Quanto tempo para você já pode ser chamado de “longo prazo” quando se trata de investimentos?
6 meses? 2 anos? 15 anos?

A percepção de prazo varia muito:

➡️ de cultura para cultura (um brasileiro costuma considerar cinco anos longo prazo, enquanto um chinês tende a achar 15 anos curto prazo);
➡️ e até mesmo no conceito (ANBIMA e CVM, importantes órgãos do mercado financeiro, historicamente discordam dos critério para fundos de curto e longo prazo).

O ativo sobre o qual vamos falar hoje encerra as disputas: ele é, independentemente de opinião ou critério, de longo prazo. Ele é perpétuo!

Um PERPETUAL BOND (comumente chamado no Brasil de bônus perpétuo) é um ativo que não tem vencimento, podendo ser mantido indefinidamente pelo investidor. Com isto, é possível receber um fluxo constante e previsível de renda, uma vez que os perpetual bonds pagam juros recorrentes, usualmente semestrais ou anuais.

Como foi criado o Perpetual Bond?

Como muitas coisas em finanças, os holandeses foram os pioneiros em ativos perpétuos. Na Holanda (que tem quase 1/3 do território abaixo do nível do mar) existem os heemraadschap, ou Conselhos de Água, órgãos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos.

Em 1624, o Conselho de Água de Lekdijk Bovendams emitiu cinco dos que são considerados os primeiros perpetual bonds do mundo, com juros de 5% ao ano.

perpetual bond
Os perpetual bonds do século XVII tinham as anotações dos juros pagos no próprio papel.

Será que ele ainda rende juros?

Em 2003, a Yale University adquiriu um dos cinco bonds holandeses originais e o apresentou ao órgão que se sucedeu ao conselho emissor.

O representante da universidade conseguiu obter o pagamento de 26 anos de juros retroativos, obviamente depois de muita discussão sobre a validade do documento e quanto se deveria remunerar o seu portador.

O que levar em consideração ao escolher um perpetual bond?

Já que o prazo não é um fator nos perpetual bonds, vamos às principais características que o investidor deve levar em consideração ao escolher um:

1️⃣ Coupon: quanto o bond paga em juros, creditados em dinheiro na conta do investidor, anualmente.

2️⃣ Coupon Type: a forma como os juros são calculados. Os tipos mais comuns incluem Fixed (os juros são sempre os mesmos contratados), Floating (a taxa varia conforme um índice ou outro ativo) e Step-Up (a remuneração aumenta com o passar do tempo).

3️⃣ Seniority: indica a ordem em que o principal é pago em caso de calote do emissor. Categoria dividida em Senior (a que recebe primeiro), Junior (recebe depois) e Subordinated (que recebe por último, sendo a de maior risco).

4️⃣ Callable: um título dessa categoria pode ser recomprado pelo emissor, encerrando o investimento.

Pontos de atenção

Por mais que seja tentador travar uma rentabilidade de agora até a eternidade, há algumas questões a se considerar antes de investir.

  • A liquidez pode ser um problema. A opção de encerrar o investimento (quando o bond é callable) é do emissor, não do investidor. Se você precisar do principal em uma emergência, terá problemas em acessar o dinheiro.
  • A solidez do emissor é mais importante do que nunca em um investimento destes! O ideal é optar por companhia centenárias e sólidas ou governos e instituições com histórico de bons pagadores.

Portanto, nada de investir em empresas aventureiras ou países com as contas estranguladas, contando os dias para dar calote nas dívidas.

Há também um risco muito ignorado pelo investidor médio: o risco de oportunidade.

Será que é bom ter um investimento de longuíssimo prazo com juros de 20% ao ano? Para um brasileiro nos dias atuais, pode ser que sim.

Mas pergunte a um argentino, que hoje tem uma inflação superior a 100% e juros nas alturas.

Se tivesse adquirido um perpetual bond a 20% no passado, hoje estaria não só perdendo poder de compra, como deixaria de poder investir em ativos com maior rentabilidade, por estar preso ao bond.

Aposto que você não sabia

Hoje em dia não são emitidos mais no Brasil o que chamamos de valores mobiliários ao portador – aqueles títulos cujo dono era aquele que levava o papel fisicamente até o emissor para receber os juros ou resgatar o principal.

No entanto, como no caso dos primeiros perpetual bonds da história, em muitos países esses papéis ainda são emitidos e, não importa o quão velhos sejam, seguem sendo válidos e resgatáveis.

Já imaginou encontrar um pedaço de papel (num baú dos bisavós vindos da Europa, numa loja de antiguidades ou em um sebo durante uma viagem) com décadas de cupons acumulados, somente esperando para serem resgatados? 🤯🤯🤯

Como Investir

Perpetual bonds não são muito comuns, mas ter alguns na parcela do seu portfólio dedicada a gerar renda a longo prazo pode ser uma boa ideia.

Antes de conferir se a sua conta global disponibiliza ativos específicos, você pode fazer uma pesquisa inicial na plataforma BondbloX.

Veja alguns dos que se destacam da lista de perpétuos disponíveis:

Banco do Brasil AS (Grand Cayman)
 Coupon: 9% a.a.  Coupon Type: Fixed
 Seniority: Junior  Callable: Sim
 Primeiro banco brasileiro, fundado em 1808, sem histórico de insolvência.
Softbank Group Corp
 Coupon: 6,875% a.a.  Coupon Type: Fixed
 Seniority: Subordinated  Callable: Sim
 Conglomerado japonês de tecnologia e telecomunicações, com mais de 40 anos de operação.
Banco do Brasil AS (Grand Cayman)
 Coupon: 3,875% a.a.  Coupon Type: Fixed
 Seniority: Subordinated  Callable: Sim
 Seguradora alemã fundada em 1890.

Como todo investimento de prazo mais estendido, a inclusão ou não de ativos perpétuos no portfólio do investidor deve ser uma decisão muito bem pensada e cautelosa. Afinal, pode ser um casamento até que a morte (ou o calote) os separe.

Além disto, analisar um ativo destes não é das tarefas mais fáceis, pois envolve empresas de escala global e a variável callable, que é bastante complexa no impacto sobre a rentabilidade.

Aqui vale a dica de sempre: discuta as opções com seu assessor de investimentos antes de se comprometer em um ativo pela eternidade!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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