Ativos Reais

Ativos Reais: o que são, como funcionam e por que incluir na sua estratégia de investimentos

Descubra como investir em ativos reais para proteger seu patrimônio, gerar renda recorrente e diversificar sua carteira de investimentos.

Em um cenário de incertezas econômicas e oscilações nos mercados financeiros, cada vez mais investidores buscam formas de proteger e diversificar seu patrimônio. Entre as alternativas disponíveis, os ativos reais têm ganhado espaço como instrumentos estratégicos para aliar segurança, estabilidade e rentabilidade no longo prazo.

Diferente dos ativos financeiros, como ações ou títulos, os ativos reais possuem valor intrínseco e estão diretamente ligados à economia concreta. São exemplos: imóveis, terras agrícolas, commodities e até ativos intangíveis como patentes. O grande diferencial é que eles preservam riqueza em meio à inflação, geram renda recorrente e, muitas vezes, mantêm baixa correlação com oscilações na Bolsa.

Para investidores avançados, que já superaram a fase inicial de construção de portfólio, ativos reais podem ser uma ótima opção. Afinal, esse tipo de alocação vai além de números: é sobre preservar legado, blindar patrimônio e aproveitar oportunidades de valorização que resistem ao tempo.

Vamos entender o que são, como funcionam, e como você pode incluir ativos reais no seu portfólio.

O que são ativos reais?

De forma simples, ativos reais são bens ou direitos que possuem valor intrínseco. Ou seja, são itens que tem valor em si mesmos, sem depender apenas de expectativas de mercado.

Diferem dos ativos financeiros, como ações ou títulos públicos, que são essencialmente contratos ou promessas de retorno. Enquanto um ativo financeiro representa um direito sobre um fluxo de caixa futuro, um ativo real é algo que você pode ver, utilizar ou explorar diretamente.

Exemplos clássicos incluem imóveis, que podem gerar renda se valorizar ao longo dos anos, e terras agrícolas, que produzem alimentos e matérias-primas com demanda global. Mas não se restringe a isso: commodities, infraestrutura e até ativos intangíveis também são considerados ativos reais.

A principal característica desses investimentos é que eles estão intimamente ligados à economia real. Se o preço da soja sobe, a terra que o produz se valoriza; se a demanda por imóveis aumenta, os aluguéis acompanham. Essa conexão direta com a realidade econômica torna os ativos reais um importante pilar para estratégias patrimoniais de longo prazo.

Por que investir em ativos reais?

O interesse por ativos reais não é novidade, mas ganhou ainda mais força em tempos de incerteza e volatilidade nos mercados. Esse tipo de investimento cumpre papéis estratégicos, indo além da rentabilidade imediata, tornando-se essencial para quem busca preservar e crescer o patrimônio no longo prazo.

Proteção contra a inflação

Os ativos reais têm a capacidade de preservar valor mesmo em cenários inflacionários. Isso porque muitos deles acompanham a evolução dos preços da economia real. Um exemplo simples: aluguéis de imóveis geralmente são reajustados por índices inflacionários, mantendo o poder de compra do investidor. Da mesma forma, terras agrícolas e commodities tendem a se valorizar quando o custo de produção aumenta.

Diversificação patrimonial

Outro ponto forte é a diversificação. Ativos reais costumam ter baixa correlação com ações, títulos públicos e outros ativos financeiros. Isso significa que, em momentos de turbulência nos mercados, eles podem manter estabilidade ou até se valorizar, equilibrando a carteira. Para grandes fortunas e family offices, essa diversificação é crucial na gestão de risco.

Geração de renda e valorização

Além de proteger e diversificar, ativos reais podem gerar fluxo de caixa recorrente, como aluguéis de imóveis ou arrendamentos de terras. Em alguns casos, ainda pode proporcionar ganhos de capital com a valorização no longo prazo. Em outros casos, como no agronegócio ou em infraestrutura, o potencial de retorno combina renda previsível com crescimento patrimonial.

Principais tipos de ativos reais

O universo dos ativos reais é diverso e oferece opções que podem atender diferentes perfis e objetivos de investimento. A seguir, destacamos alguns dos tipos mais comuns, com exemplos práticos de como podem gerar valor.

Imóveis residenciais e comerciais

Tradicionalmente, imóveis são o ponto de partida para quem investe em ativos reais. Eles podem gerar renda através de aluguéis de apartamentos, lajes corporativas, galpões logísticos ou shopping centers. A valorização ao longo do tempo, aliada à renda recorrente, faz deles uma das escolhas mais sólidas para preservação patrimonial.

Terras agrícolas e agronegócio

O Brasil é potência agrícola, e investir em terras produtivas permite capturar esse potencial. Áreas voltadas ao cultivo de soja, milho, cana-de-açúcar ou café podem gerar receita via arrendamento ou produção direta. Além disso, a valorização da terra em regiões estratégicas tende a superar a inflação no longo prazo.

Infraestrutura e energia

Investimentos em rodovias, portos, ferrovias, usinas de energia renovável e saneamento estão entre os mais relevantes na categoria. Muitos deles envolvem contratos de concessão de longo prazo, garantindo previsibilidade de receitas.

Commodities físicas

Metais preciosos como ouro e prata são vistos como reserva de valor há séculos. Já o petróleo e o gás natural permanecem centrais para a economia global. Esses ativos funcionam como proteção em momentos de instabilidade, sendo considerados seguros em tempos de crise.

Ativos florestais

Outro exemplo em ascensão são os ativos ligados a florestas plantadas, usados na produção de celulose, papel e madeira. Além de rentáveis, estão associados a pautas de sustentabilidade, atraindo investidores preocupados com impacto socioambiental.

Arte e colecionáveis

Obras de arte, vinhos raros, relógios de luxo e até carros clássicos entram no grupo dos ativos reais. Apesar de menos tradicionais, esses itens podem se valorizar expressivamente ao longo do tempo e ainda possuem valor cultural e estético.

Ativos intangíveis

Marcas registradas, patentes e direitos autorais também fazem parte do universo dos ativos reais. Eles podem gerar royalties recorrentes e têm se tornado mais relevantes em setores de tecnologia, entretenimento e inovação.

Riscos e desafios dos ativos reais

Ativos reais são atraentes pelo potencial de valorização, e podem ser peças estratégicas na proteção patrimonial. Mas, como todo investimento, eles também apresentam riscos e desafios específicos que você deve conhecer antes de investir.

Menor liquidez

Diferente de ativos como ações ou fundos, que podem ser vendidos rapidamente em bolsa, ativos reais geralmente exigem mais tempo para negociação. Vender um imóvel, uma fazenda ou até uma obra de arte pode levar meses — o que reduz a flexibilidade em momentos de necessidade de liquidez.

Custos de manutenção e gestão

Muitos ativos reais demandam gestão contínua e custos adicionais. Um imóvel, por exemplo, envolve despesas com manutenção, impostos e eventuais períodos de vacância. No agronegócio, os custos de insumos, mão de obra e tecnologia são significativos e variam a cada safra.

Riscos regulatórios e de mercado

Infraestrutura e terras agrícolas, por exemplo, podem estar sujeitos a mudanças em legislações, políticas públicas e até questões ambientais. Já commodities físicas enfrentam alta volatilidade nos preços, impactados por fatores geopolíticos e de oferta e demanda.

Barreiras de acesso

Alguns ativos reais exigem altos valores iniciais de investimento, como imóveis em regiões premium ou concessões de infraestrutura. Isso pode restringir o acesso a investidores individuais, tornando essencial o uso de fundos especializados ou veículos estruturados.

Ativos reais são instrumentos poderosos de preservação e diversificação, mas devem ser avaliados dentro de uma estratégia ampla, considerando seus custos, riscos e horizonte de investimento.

Como incluir ativos reais na sua estratégia de investimentos

Incorporar ativos reais em uma carteira é uma forma inteligente de equilibrar segurança, renda e valorização de longo prazo. Mas, para que funcionem como um pilar estratégico, é fundamental pensar na forma de acesso e no papel que terão na sua alocação patrimonial.

Avalie seu perfil de investidor

Investidores de alta renda ou com foco em preservação de patrimônio tendem a se beneficiar mais dos ativos reais. Eles funcionam bem para quem busca reduzir a volatilidade da carteira e proteger riqueza ao longo de gerações.

Defina a forma de acesso

Existem diferentes caminhos para investir em ativos reais:

  • Compra direta, como imóveis ou terras agrícolas.
  • Fundos de investimento, que permitem acessar setores como agronegócio, infraestrutura e até florestas com menor aporte inicial.
  • Veículos estruturados, voltados a investidores qualificados, que oferecem exposição a projetos específicos e mais sofisticados.

Pense no papel dos ativos reais na sua carteira

Ativos reais não devem substituir os ativos financeiros, mas complementá-los. Enquanto ações e títulos podem oferecer liquidez e crescimento mais rápido, ativos reais entram como base sólida, de menor risco e proteção contra cenários adversos.

Cada investidor tem necessidades e objetivos diferentes, e pode incluir ativos reais de diferentes formas e para diferentes finalidades. Eles podem servir como uma base sólida para proteger seu patrimônio e construir seu legado, mas exigem cuidados e atenções especiais.

Quer entender melhor como ativos reais podem ser incluídos na sua carteira de investimentos, e como eles podem te beneficiar? Fale com a gente!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.