Risco-Brasil

Risco-Brasil: o que significa e como avaliar

Neste texto você vai aprender:

Esse é um conceito do mercado com que, se você ainda não se deparou, provavelmente irá em algum momento da sua jornada no mercado financeiro.

Por intuição, você pode achar que ele é um índice que mede o risco do nosso país. Na verdade, ele é um conceito composto por alguns índices.

Esse artigo vai te mostrar a diferenciação entre risco-país e risco-Brasil, como eles podem impactar a carteira de um investidor, e o que merece sua atenção quando o assunto é esse.

Acompanhe!

A formação do risco-Brasil

O conceito de risco-Brasil é baseado na estabilidade político-econômica do país, indicando o nível de risco a investidores estrangeiros. Mas talvez, logo de imediato, não fique tão claro o porque ele tem a relevância que o mercado o atribui.

Entender o Risco Brasil pode ser menos complicado do que se imagina, isso porque de certa forma ele é bem intuitivo. Diante da sua importância, ele gera impactos em todo tipo de operação no país, demandando atenção também por parte dos investidores.

1️⃣ EMBI+Br

Como comentamos logo no início, o risco-Brasil é o resultado de um compilado de medidas relevantes. Uma dessas medidas é o EMBI+Br, que se baseia nos títulos da dívida pública do Brasil, estudando esse rendimento e comparando-o com a rentabilidade que o tesouro americano oferece. Por ser a aplicação mais solvente que a gente encontra hoje, é usada como parâmetro.

Simplificando para você: ele basicamente corresponde à diferença do retorno entre os papéis brasileiros e os americanos, medindo a capacidade do país honrar seus compromissos financeiros. 

Esse dado é frequentemente utilizado pelo mercado, também na precificação de ativos, na definição do custo de capital, e na alta correlação que este possui com o dólar.

2️⃣ CDS

Já o CDS representa um acordo bilateral de proteção (hedge), em que o investidor evita o risco de evento de crédito, ou seja, o risco de não receber seu pagamento (default). Assim, o vendedor do título oferece um prêmio, de forma a compensar o comprador do ativo por esse risco.

Embora haja diferenças entre o spread dos CDS e dos títulos, devido a fatores como liquidez e duração do contrato, a elevada correlação com o próprio EMBI+Br justifica o uso de ambos como indicadores do Risco-Brasil.

Basicamente, esse indicador é uma espécie de seguro feito para proteger quem aplica em algum player do mercado, permitindo o recebimento dos seus valores em caso de inadimplência.

Países com um CDS mais alto representam maiores riscos, enquanto países com um CDS mais baixo representam maior estabilidade econômica.

3️⃣ Rating

O rating, por sua vez, são as classificações que as agências de risco de todo o mundo dão para os países em nível de investimento. Há diversas dessas agências, e algumas mais conceituadas, que são justamente aquelas que mais impactam a predisposição de alguém de realizar alguma operação no mercado brasileiro.

Entre as principais estão a S&P (Standard & Poor’s), Moody’s Investor Services e a Fitch Ratings. As agências levam em conta os índices que já citamos, para assim, definir a confiabilidade de investimentos nos países.

Mas também, usam critérios importantes como:

  • cenário político;
  • déficit fiscal;
  • câmbio;
  • juros.

O rating que essas empresas fazem está diretamente relacionado à classificação do país: quanto maior, mais positivo e, naturalmente, menor é o risco.

Há diferença entre risco-país e risco-Brasil?

Na década de 90, o banco americano J.P.Morgan criou a metodologia que foi consagrada como risco-país para avaliar o risco de investimento em países emergentes.

Já o risco-Brasil é a medida específica para os desafios de se investir aqui, e diz ao mercado financeiro se a possibilidade de o país dar calote em seus credores é relevante ou não.

Além do Brasil, as nações que têm um risco-país para chamar de seu são:

⚡África do Sul

⚡Argentina

⚡Bulgária

⚡Colômbia

⚡Equador

⚡Egito

⚡Filipinas

⚡Malásia

⚡Marrocos

⚡México

⚡Nigéria

⚡Panamá

⚡Peru

⚡Polônia

⚡Rússia

⚡Turquia

⚡Urânia

⚡Venezuela

Como esses conceitos podem impactar os seus investimentos?

No geral, o risco-Brasil tem impacto em todo o sistema financeiro nacional, e é percebido até em operações pequenas no mercado doméstico.

Além disso, o indicador acaba funcionando como um termômetro da economia: a observação de um nível de risco elevado faz com que os investidores tenham menos confiança em investir no país, gerando uma desaceleração da economia.

Isso cria um efeito dominó:

  • risco elevado gera perda de confiança;
  • perda de confiança causa desaceleração da economia;
  • desaceleração da economia aumenta o risco econômico;
  • risco ainda maior causa nova perda de confiança.

No fim das contas, o impacto do risco-Brasil nos investimentos sempre estará associado ao retorno que pode ser obtido. Quanto maior o risco, maior as chances de calote.

Por essa razão, ele é super importante para que um investidor, fundo ou empresa possam ter uma visão clara e transparente dos riscos específicos do país. Sempre com uma visão clara de como o mercado está enxergando a confiabilidade da nação para honrar suas dívidas.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.