Neste texto você vai aprender:

Garantir a proteção do seu patrimônio em âmbito internacional é essencial para assegurar a tranquilidade e a segurança financeira da sua família. A sucessão no exterior, quando planejada adequadamente, pode oferecer uma camada extra de proteção contra instabilidades políticas e econômicas.

Neste artigo, vamos explorar estratégias eficazes para sucessão no exterior, destacando estruturas como Trusts financeiros, PICs (Private Investment Companies) e LLCs (Limited Liability Companies). Com essas ferramentas, você pode assegurar que seus ativos estejam bem resguardados e administrados de maneira eficiente, proporcionando tranquilidade e preservação do seu legado para as futuras gerações.

Como funciona a sucessão no exterior?

A sucessão no exterior para um residente no Brasil envolve a transferência de patrimônio localizado fora do país para os herdeiros, conforme estipulado em um planejamento sucessório internacional. Esse processo requer uma análise detalhada das legislações dos países envolvidos, uma vez que cada jurisdição possui suas próprias regras de tributação e procedimentos legais.

A chave para uma herança internacional bem-sucedida é um planejamento cuidadoso e a consultoria de especialistas que possam alinhar as necessidades do residente no Brasil com as regulamentações internacionais, assegurando a proteção e a continuidade do patrimônio familiar. Afinal, você já deve saber, morrer não é barato no Brasil.

Quais instrumentos mais comuns de sucessão no exterior?

Em geral, a sucessão no exterior pode ser facilitada pelo uso de estruturas como Trusts financeiros, PICs (Private Investment Companies) e LLCs (Limited Liability Companies), que permitem uma gestão eficiente dos bens e evitam complicações, como a necessidade de inventário e o pagamento de altos impostos de transmissão.

1️⃣ Trust financeiro

Em resumo, é um contrato sob o qual os recursos financeiros do instituidor são geridos por um terceiro, que cobra por este serviço e disponibiliza os recursos conforme inicialmente acordado entre as partes. É de fácil criação e tem custos consideravelmente baixos.

Os trusts, além de não serem executáveis, não entram em inventário. Ou seja, todos os recursos nele contidos escapam dos custos com ITCMD (o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), advogados e burocracias.

Exemplo: uma pessoa com patrimônio total de R$ 10 milhões, sendo R$ 3 milhões em um trust. Neste caso, os R$ 3 milhões dentro do trust seriam transferidos aos beneficiários escolhidos, sem serem adicionados ao espólio (o patrimônio de alguém falecido).

Um trust financeiro somente pode ser aberto por alguém vinculado a instituições no país onde a estrutura será feita. No Brasil, há consultores especializados em trust que podem processar a documentação necessária para a abertura e remessa de valores para dentro da estrutura, bem como orientar sobre qual modalidade é a mais apropriada para cada tipo de estratégia sucessória e de acumulação e crescimento de patrimônio.

Leia também: Como investir em imóveis em Nova York

2️⃣ PIC (Private Investment Company)

Popularmente conhecida como uma offshore, é uma pessoa jurídica que tem por objeto social primariamente deter, administrar e investir o patrimônio de seus cotistas. Além de recursos financeiros, pode deter outros tipos de ativos, como imóveis, embarcações, aeronaves, automóveis etc.

Sua criação é um pouco mais complexa do que a de um trust financeiro, normalmente dependendo de agentes em outros países. Envolve também custos mais consideráveis, tanto de criação quanto de manutenção.

Seu potencial sucessório vem principalmente do fato de que estas estruturas são geralmente abertas em locais com benefícios diferenciados, como isenção de impostos de transmissão.

➡️ O próprio contrato de constituição da PIC prevê quem serão os beneficiários (aqueles que ficarão com as cotas quando o titular falecer).

➡️ Como as cotas são transmitidas sem passar por inventário ou pagar ITCMD, os bens detidos pela PIC passam afetivamente para o controle dos beneficiários de maneira administrativa, com pouca burocracia e de forma tempestiva.

Advogados especializados e consultores de family office podem fazer a ponte com as instituições no país onde a PIC será aberta, podendo também auxiliar na gestão do patrimônio nela contido e na manutenção operacional da estrutura.

3️⃣ LLC (Limited Liability Company)

Muito similar a uma sociedade de responsabilidade limitada no Brasil, a LLC é uma pessoa jurídica que pode ser utilizada para evitar ou reduzir custos com transferência de ativos por sucessão no exterior.

➡️ Em caso de sucessão, o que passa para os herdeiros são as cotas da PJ e não os bens em si.

➡️ Com as cotas transferidas, a propriedade dos bens passa para o controle de quem agora as detém, evitando uma série de complicações, como registro de imóveis e procedimentos burocráticos em cada localidade onde se tem ativos.

Advogados e contadores, principalmente no país onde se pretende abrir a LLC, são os profissionais mais indicados para proceder à abertura e manutenção da empresa, bem como auxiliar na transferência do patrimônio da família para dentro dela.

A sucessão no exterior é uma estratégia sofisticada e extremamente vantajosa para proteger e administrar o patrimônio familiar de maneira eficiente. Estruturas como Trusts financeiros, PICs e LLCs oferecem diversas opções para assegurar que seus bens sejam transferidos para os herdeiros de forma otimizada, minimizando os custos e a burocracia envolvidos.

Ao compreender as características e vantagens de cada uma dessas ferramentas, você pode escolher a melhor abordagem para as suas necessidades específicas, garantindo que seu legado seja preservado e transmitido conforme seus desejos.

Seja qual for a estrutura escolhida, é fundamental contar com o apoio de profissionais experientes, como advogados, consultores financeiros e especialistas em sucessão, para navegar pelas complexidades legais e operacionais.

Com um planejamento adequado e a utilização correta dessas ferramentas, você pode proporcionar a tranquilidade e a segurança financeira que sua família merece, protegendo seu patrimônio contra instabilidades e garantindo um futuro próspero para as próximas gerações.

 


 

Você já se perguntou como algumas famílias conseguem manter seu legado vivo por gerações, enquanto outras enfrentam desafios e disputas? A resposta está em um segredo bem guardado que estamos prestes a revelar. 

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No dia 05 de agosto nossa série Herança e Legado retorna para uma segunda temporada repleta de insights profundos, histórias emocionantes e estratégias inovadoras para o seu planejamento sucessório. 

🔮 O que está por vir? 

Sem revelar muito, podemos adiantar que nesta temporada você terá acesso a conteúdos inéditos, incluindo: 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.