BLOG POST -Vale (VALE3) Tudo que você precisa saber sobre a mineradora líder do Brasil!

Vale (VALE3) Tudo que você precisa saber sobre a mineradora líder do Brasil!

O que a Vale faz, e por que ela é tão importante? Como estão as ações VALE3? E como ficaram as histórias de Mariana e Brumadinho? Neste artigo, vamos falar sobre tudo isso!

A Vale é uma das maiores mineradoras do planeta, e a maior do Brasil de longe.

Mas o que ela produz? E como ela surgiu?

Neste artigo, vamos falar tudo sobre a Vale, sobre as ações VALE3 e as principais polêmicas recentes dessa importante empresa!

O que é a Vale?

A Vale, originalmente chamada de Companhia Vale do Rio Doce, foi fundada em 1º de junho de 1942, durante o governo de Getúlio Vargas.

Ela foi criada como uma empresa estatal, com o objetivo inicial de explorar as ricas reservas de minério de ferro do Brasil e impulsionar o desenvolvimento da indústria nacional.

Ao longo das décadas, a empresa cresceu e se consolidou como uma das maiores mineradoras do mundo.

Em 1997, a Vale foi privatizada no contexto do programa de desestatização do governo federal. A partir daí, passou a operar como uma empresa privada de capital aberto, focada em eficiência, crescimento e internacionalização.

Nos anos seguintes, a empresa acelerou sua presença global, adquirindo minas, empresas e ativos logísticos em países como Canadá, Moçambique, Indonésia e Austrália.

Hoje, a Vale é líder na produção de minério de ferro e níquel, com ações negociadas nas bolsas de valores do Brasil e dos Estados Unidos.

O que a Vale faz?

A Vale é líder global na produção de minério de ferro e também está entre as maiores produtoras de níquel, cobre, carvão metalúrgico e outros minerais.

Além da mineração, a Vale opera uma das maiores estruturas logísticas do Brasil, com ferrovias, portos e terminais próprios, e também investe em geração de energia, principalmente hidrelétrica e renovável, para garantir o abastecimento de suas operações com menor impacto ambiental.

Nos últimos anos, esse compromisso com práticas sustentáveis da Vale tem se reforçando com a companhia investindo em projetos de descarbonização, recuperação ambiental, redução de resíduos e melhoria da segurança operacional — especialmente após os desastres com barragens, dos quais falaremos depois neste artigo.

A Vale é estatal ou privada?

Hoje, a Vale é uma empresa privada de capital aberto. Ou seja, ela não pertence ao governo (diferente da Petrobras, por exemplo).

Sua composição acionária é essa no gráfico abaixo, com alguns grandes investidores (entre eles a Previ, que é a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, uma entidade que oferece benefícios previdenciários complementares aos da Previdência Oficial), e o resto do capital pulverizado:


Fonte: Vale

Porém, como dissemos anteriormente, nem sempre foi assim.

A Vale foi uma empresa estatal até 1997, quando foi privatizada pelo governo brasileiro durante o processo de desestatização da década de 1990.

Deu até polêmica: naquela época, ela ainda se chamava Companhia Vale do Rio Doce, e sua privatização fez os opositores da venda da estatal ajuizarem 69 ações questionando o processo e pedindo a reversão do leilão.

Deste então, no entanto, a Vale passou a ser uma empresa altamente rentável, com seu valor de mercado pulando de R$ 3,3 bilhões para mais de R$ 260 bilhões.

Quanto a Vale lucra?

A Vale registrou lucro líquido de aproximadamente R$ 31,6 bilhões no ano passado, uma queda de 20,9% frente aos R$ 39,9 bilhões de 2023.

Além disso, no quarto trimestre, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 4,6 bilhões.

A companhia esse mau resultado com o “efeito da depreciação do real na marcação a mercado de swaps de obrigações”. Ou seja, culpou a alta do dólar.

Os preços médios de venda (US$ 93 por tonelada) da Vale foram 21% menores do que em 2023. Essa desvalorização da matéria-prima, que é cotada globalmente, e a depreciação da nossa moeda afetam duplamente a empresa.

Apesar disso tudo, em comunicado o CEO da Vale, Gustavo Pimenta, comemorou “o forte desempenho operacional e financeiro em 2024”. De fato, a empresa se saiu melhor em termos operacionais no ano passado, com o maior nível de produção de minério de ferro desde 2018.

A Vale está na Bolsa de Valores?

Sim! A Vale está presente na B3 com as ações VALE3 (ordinárias, que dão direito a voto).

A empresa também está presente na New York Stock Exchange, principal Bolsa dos EUA, na forma de um ADR,

Os ADRs são equivalentes a um BDR, mas ao contrário: são o papel de uma empresa brasileira listada nos EUA.

O ticker do ADR da Vale na NYSE é VALE.

Como estão as ações da Vale?

No momento em que este artigo é escrito, as ações ordinárias VALE3 estão valendo R$ 52,17 cada. Nos últimos 12 meses, elas chegaram à máxima de R$ 62,34, e à mínima de R$ 48,96:

Como você pode ver no gráfico acima, no último ano os papéis da companhia caíram mais de 17% em valor.

Mas por quê?

Por ser uma companhia exportadora de uma commodity muito importante – o minério de ferro – a Vale tem seu valor afetado por diversos fatores. Vamos falar de alguns deles:

O que impacta o preço das ações da Vale?

O preço das ações VALE3 é fortemente influenciado por vários fatores externos e internos, principalmente relacionados ao setor de mineração e ao cenário econômico global:

1. Preço do minério de ferro

Como principal produto da Vale, o minério de ferro tem um grande peso no lucro da empresa — e, consequentemente, no preço de suas ações.

Ferro é uma commodity, ou seja, não diferenciável e tem o mesmo preço no mundo inteiro.

Quando o valor desse produto sobe, a Vale tende a lucrar mais, o que geralmente leva a uma valorização das ações. O contrário também é verdadeiro: quedas nos preços do minério costumam pressionar os papéis negativamente.

Como essa é uma commodity que oscila bastante, esse é um dos principais fatores de variações no preço de VALE3.

2. Demanda da China

A China é o maior comprador de minério de ferro do mundo e responde por uma parte significativa das exportações da Vale.

Qualquer mudança no ritmo de crescimento chinês, em sua indústria de construção civil ou na política de estímulo econômico, pode afetar diretamente a demanda pelo minério, e, com isso, o desempenho das ações da empresa.

3. Taxa de câmbio

Como a Vale exporta boa parte de sua produção, suas receitas são majoritariamente em dólar.

Isso significa que um dólar mais alto favorece os lucros da companhia em reais. Portanto, oscilações cambiais — especialmente a valorização do dólar frente ao real — costumam beneficiar as ações da Vale.

4. Riscos ambientais e políticos

Eventos como desastres ambientais (como os rompimentos de barragens em Mariana e Brumadinho) impactam não apenas a imagem e os custos operacionais da empresa, mas também sua valorização em bolsa.

Além disso, questões regulatórias, mudanças em políticas ambientais e decisões judiciais – o famoso Risco Brasil – podem gerar incertezas para o mercado, refletindo negativamente no preço das ações.

A Vale paga dividendos?

Sim, a Vale paga dividendos com recorrência.

Atualmente, o dividend yield das ações VALE3 está em 9,26%:

Fonte: Status Invest

Desde 2011, a Vale tem pago uma média anual de 6,75% de dividendos, chegando ao topo de 18,79% em 2021.

Qual foi o impacto dos desastres de Mariana Brumadinho?

É difícil falar da Vale sem mencionar os dois acontecimentos que mais levaram a empresa para os holofotes da mídia nos últimos anos: os desastres de Mariana e Brumadinho.

Esses foram rompimentos de barragens que marcaram profundamente a história da Vale e trazendo consequências humanas, ambientais, financeiras e reputacionais de grandes proporções.

Em novembro de 2015, a barragem de Fundão, operada pela Samarco — uma joint venture entre a Vale e a BHP Billiton — se rompeu em Mariana (MG), liberando cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos.

O desastre deixou 19 mortos e causou devastação em comunidades locais, além de contaminar a bacia do Rio Doce por centenas de quilômetros. Embora a barragem não fosse operada diretamente pela Vale, a empresa foi responsabilizada como uma das controladoras da Samarco e teve sua imagem fortemente abalada.

Quatro anos depois, em janeiro de 2019, a tragédia de Brumadinho (MG) trouxe impactos ainda mais graves. O rompimento de uma barragem da própria Vale matou 272 pessoas — a maioria funcionários da empresa.

Isso provocou uma reação imediata do mercado, com as ações da companhia despencando cerca de 25% em poucos dias.

A empresa firmou acordos que somam mais de R$ 40 bilhões em indenizações e reparações, envolvendo o governo de Minas Gerais, o Ministério Público e comunidades atingidas.

Desde então, a Vale passou a revisar seus protocolos de segurança, acelerar o descomissionamento de barragens similares e investir fortemente na prevenção.

Além disso, reforçou sua governança, criando comitês independentes de auditoria e assumindo publicamente o compromisso de se tornar uma empresa mais responsável e transparente.

Apesar das marcas profundas deixadas pelos desastres, a empresa tem buscado reconstruir sua relação com a sociedade e recuperar a confiança dos investidores e das comunidades afetadas.

Vale a pena investir na Vale?

Depois de ler tudo isso, será que vale a pena investir em ações da Vale?

Isso depende muito do seu perfil como investidor, e de seus objetivos, prazos e tolerância ao risco.

Antes de investir na VALE3 (ou qualquer outra ação), recomendamos que você fale com um assessor de investimentos, para ter ajuda e tomar a decisão correta para sua carteira.

Você pode apertar aqui para falar com um dos especialistas da Faz Capital e descobrir se a Vale é um investimento que faz sentido para você ou não!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você a entender mais sobre essa gigante mineradora brasileira, e nos vemos no próximo!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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