aluguel de ações

Aluguel de ações: como é e como funciona

Neste texto você vai aprender:

Quando falamos em aluguel, é comum associarmos imediatamente ao aluguel de imóveis, uma prática comum e amplamente conhecida. Contudo, há um universo financeiro pouco explorado que se desdobra quando consideramos uma alternativa surpreendente: o aluguel de ações.

Isso mesmo!

O aluguel de ações, muitas vezes negligenciado, revela-se como uma forma de potencializar seus ganhos e diversificar de maneira inteligente sua carteira de investimentos.

Neste artigo, vamos explorar todos os aspectos do aluguel de ações, desde o que é até se realmente compensa.

Aluguel de ações: o básico

O que é?

O aluguel de ações é uma prática em que um investidor, conhecido como tomador, paga uma taxa para pegar emprestado as ações de outro investidor, o doador. Isso geralmente é feito com o objetivo de vender as ações no mercado e, posteriormente, recomprá-las a um preço mais baixo.

Como funciona?

A B3, como instituição central de negociação, desempenha um papel crucial ao garantir a segurança e integridade das transações de aluguel de ações. Essa garantia reduz significativamente os riscos associados a esse tipo de operação, proporcionando um ambiente confiável para os investidores.

O proprietário das ações tem a oportunidade de gerar renda a partir de ativos que, de outra forma, permaneceriam inativos em sua carteira. Essa prática permite que o doador obtenha retorno financeiro com um ativo que estaria “parado”.

Por outro lado, quem aluga as ações busca aproveitar movimentações de curto prazo no mercado. Essa estratégia pode ser particularmente benéfica para aqueles que buscam ganhos rápidos e aproveitam as flutuações temporárias nos preços das ações.

Tomador e doador: papéis fundamentais

A negociação é feita por dois envolvidos:

Tomador

➡️ Pessoa que toma emprestadas as ações.

➡️ Busca lucrar com a venda e recompra a preços mais baixos.

Doador

➡️ Pessoa que empresta as ações.

➡️ Recebe uma taxa pelo empréstimo.

O tomador paga uma taxa ao doador, determinada pelo valor e prazo do empréstimo. Durante o período de aluguel, o tomador pode vender as ações no mercado, recomprando-as ao final do contrato para devolver as ações ao doador. Com isso, o tomador busca lucrar com a diferença de preço.

Por que alugar ações?

  • Permite lucrar com a queda dos preços das ações: estratégia para ganhar com ativos que o investidor acredita que estão sobrevalorizados.
  • Diversificação de Carteira: possibilita diversificar a carteira com ativos que o investidor não possui.
  • Proteção contra Mercados em Baixa: em cenários de mercado em baixa, o aluguel de ações pode proporcionar ganhos quando as ações estão desvalorizadas.

Quem coloca as ações para alugar recebe dividendos?

Sim! Geralmente, o doador é quem recebe os dividendos durante o período de aluguel. No entanto, algumas corretoras podem permitir que o tomador receba uma parte ou a totalidade dos dividendos, dependendo dos termos do contrato.

Taxas de aluguel de ações

A taxa de aluguel, expressa de forma anualizada, e o tempo de aluguel são fatores cruciais que são acordados no momento da contratação. Esses elementos fornecem clareza e previsibilidade às partes envolvidas na transação.

O valor do aluguel de ações é determinado pela oferta e demanda no mercado. Ativos mais populares podem ter taxas mais altas. O custo total do aluguel envolve a taxa paga ao doador e, em alguns casos, uma taxa adicional cobrada pela corretora.

A escolha da taxa de aluguel deve ser cuidadosa, considerando a relação com o valor atual do ativo. Se a taxa estiver excessivamente acima do valor de mercado, o doador pode enfrentar dificuldades em encontrar interessados.

Portanto, é essencial realizar uma análise minuciosa e consultar as taxas de mercado para garantir uma negociação justa e atrativa para ambas as partes.

É crucial entender esses custos para avaliar a viabilidade da estratégia.

Tipos de ativos que podem ser alugados

Apesar de conhecer a prática como “aluguel de ações”, na verdade a lista de ativos que podem ser alugados é bastante extensa. Quem define quais ativos podem ser alugados é a B3, seguindo seus critérios e diretrizes. A centralidade nesse processo é garantir que os ativos estejam depositados na Central Depositária de Ativos da bolsa e que estejam livres de ônus que possam impedir sua circulação.

Veja as possibilidades:

1️⃣ Ações de Companhias Abertas e Listadas na B3

As ações representam uma parcela significativa dos ativos disponíveis para aluguel, oferecendo aos investidores a oportunidade de explorar movimentações de curto prazo e estratégias específicas de mercado.

2️⃣ Units

Units são ativos compostos por mais de um tipo ou classe de valores mobiliários. Sua inclusão na lista de ativos alugáveis amplia as opções disponíveis para os investidores, permitindo abordagens diversificadas.

3️⃣ Cotas de Fundos de Índices (ETFs)

As cotas de ETFs, que representam índices específicos, também integram a lista. Isso proporciona aos investidores a possibilidade de alugar esses instrumentos e explorar movimentações relacionadas aos índices de forma mais direta.

4️⃣ BDRs Patrocinados e Não Patrocinados Nível I

Brazilian Depositary Receipts, tanto patrocinados quanto não patrocinados, são elegíveis para aluguel. Esses ativos, que representam ações de empresas estrangeiras no mercado brasileiro, agregam diversificação às opções disponíveis.

5️⃣ Cotas de Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs)

Investidores interessados em imóveis podem aproveitar a inclusão de cotas de FIIs na lista de ativos alugáveis, permitindo explorar oportunidades no setor imobiliário de maneira flexível.

6️⃣ Cotas de Fundos de Investimentos em Participações (FIPs)

Cotas de FIPs também fazem parte dos ativos elegíveis para aluguel, oferecendo uma abordagem única para aqueles que buscam exposição a empresas não listadas na bolsa de valores tradicional.

Essa variedade de ativos disponíveis para aluguel atende a diferentes perfis de investidores, permitindo que cada um escolha estrategicamente os instrumentos que melhor se alinham aos seus objetivos e visão de mercado.

Tipos de contratos

No universo do aluguel de ativos, a compreensão dos tipos de contratos é crucial para investidores que desejam explorar essa estratégia com eficiência. Vamos explorar as modalidades de contratos disponíveis, considerando as nuances específicas de cada tipo:

Reversível ao Doador

  • O doador, quem emprestou as ações, tem o direito de encerrar o aluguel a qualquer momento, mesmo antes do término do período acordado.
  • A taxa de aluguel será proporcional ao tempo em que os ativos estiveram emprestados.

Reversível ao Tomador

  • Neste caso, é o tomador que pode encerrar o aluguel antes da data de liquidação.
  • O tomador tem até 4 dias para devolver os ativos ao doador.

Reversível ao Tomador e Doador

  • Tanto o doador quanto o tomador têm o direito de encerrar o contrato conforme as regras acordadas anteriormente.

Vencimento Fixo

  • Neste contrato, nem o doador nem o tomador têm a flexibilidade de encerrar o empréstimo antes do vencimento.
  • Ambas as partes devem cumprir estritamente o prazo acordado em contrato.

Com esses diferentes tipos de contratos, os investidores têm a flexibilidade de escolher a modalidade que melhor se alinha às suas estratégias e necessidades específicas, garantindo uma abordagem personalizada e eficaz no aluguel de ativos.

 

Como fica o Imposto de Renda?

É necessário pagar Imposto de Renda sobre os ganhos obtidos com o aluguel de ações. Os rendimentos provenientes do aluguel de ações são considerados ganhos de capital e, portanto, estão sujeitos à tributação.

A alíquota do Imposto de Renda incidente sobre esses ganhos é de 15%.

Como Declarar o Aluguel de Ações?

Na declaração de Imposto de Renda, os rendimentos do aluguel de ações devem ser informados na ficha de “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”.

Consulte seu contador ou utilize plataformas especializadas para garantir a precisão na declaração.

 

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Aluguel de ações na XP

Veja o passo a passo para realizar o aluguel de ações na XP:

1. Possuir um Home Broker e conta em corretora autorizada
Antes de começar, certifique-se de possuir um home broker ativo e uma conta em uma corretora autorizada a realizar transações de aluguel de ações.

2. Informar ações disponíveis para locação
Os doadores, aqueles que desejam emprestar suas ações, devem informar à corretora quais ações estão disponíveis para locação. Nesse momento, também são estabelecidas as condições da negociação, como prazo e taxa de aluguel.

3. Garantias para tomadores
Os tomadores, interessados em realizar a transação, devem apresentar garantias. Estas podem incluir ativos como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário ou do Agronegócio (LCI ou LCA) e títulos do Tesouro Direto.

4. Execução da transação
Com todas as informações em mãos e as condições acordadas, a transação de aluguel de ações pode ser executada. A corretora desempenha um papel fundamental nesse processo, garantindo a segurança e a eficácia da operação.

5. Acompanhamento e gerenciamento
Após a conclusão do aluguel, é essencial acompanhar o andamento da operação. Os investidores podem gerenciar suas posições e ajustar estratégias conforme necessário.

Na XP Investimentos, também é oferecido o serviço de Custódia Remunerada. Com esse serviço, o cliente pode deixar toda sua carteira de ações disponível para aluguel de forma automática, sem impedir outras operações com o ativo objeto ou seus derivativos.

Aluguel de ações compensa?

A resposta depende dos objetivos e estratégias de cada investidor. Para aqueles em busca de diversificação e potencial de lucro em mercados em baixa, o aluguel de ações pode ser uma ferramenta valiosa. No entanto, é crucial realizar uma análise cuidadosa dos custos envolvidos e estar ciente dos riscos associados a essa prática.

O aluguel de ações é uma estratégia que pode ampliar suas possibilidades no mercado financeiro. Ao compreender seus meandros, você estará melhor equipado para tomar decisões informadas e otimizar seus investimentos. Lembre-se sempre de buscar orientação profissional antes de embarcar em novas estratégias financeiras.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.