ETFs

ETFs: o que são os Fundos de Índice e quais os principais?

Neste texto você vai aprender:

Você quer uma forma de investir em várias ações ao mesmo tempo, mesmo com pouco dinheiro, e ainda assim saber exatamente o que está comprando? Neste artigo, vamos mostrar as vantagens e desvantagens de investir em ETFs, além de apresentar alguns dos principais Fundos de Índice, como o BOVA11, o IVVB11 e até o HASH11 e o GOLD11!

Vamos te explicar TUDO que você precisa saber sobre esse tipo de investimento fantástico na Bolsa de Valores, e que muitas vezes é ignorado pelos investidores! 

Parece bom demais para ser verdade? Mas é verdade!

O QUE SÃO ÍNDICES DE AÇÕES?

Antes de entender o que é um ETF, existe um conceito essencial que você precisa conhecer.

Estamos falando do conceito de Índices.

Os índices são indicadores de desempenho de uma determinada carteira teórica de ativos, que têm como objetivo mensurar a valorização de um determinado setor do mercado ou segmento.

O exemplo mais clássico disso é… o Ibovespa!

O Índice Bovespa tem uma proposta clara: ser o principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 (a Bolsa brasileira) e reunir as empresas mais importantes do mercado de capitais brasileiro.

Para isso, como qualquer outro índice, o Ibovespa tem regras

Para entrar no índice, a ação precisa:

  • Estar entre os 85% de maiores ativos em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade; 
  • Ter 95% de presença em pregão;
  • Ter, pelo menos, 0,1% do volume financeiro no mercado à vista (lote-padrão);
  • Não ser penny stock (aquelas cotadas a menos de R$ 1,00);

Isso torna o Ibovespa um grande “filtro” para mostrar apenas o resultado de ações representativas para o objetivo que o Índice busca cumprir.

Mas isso não basta.

É preciso mais um passo para o Índice fazer sentido.

Vamos pensar em um exemplo:

Primeiro, pense na Petrobras, talvez a empresa brasileira mais famosa de todas! A Petrobras, como todos sabem, é uma empresa petrolífera, e tem, hoje, R$ 382,7 bilhões em Valor de Mercado, e uma liquidez média diária de negociação na Bolsa de R$ 1,6 bilhão ao dia. Suas ações são PETR3 e PETR4, e ela obviamente está no Ibovespa.

Outra ação que também está lá é a Petz, que usa as ações PETZ3. A Petz é uma empresa do ramo de pet shop, e faz a comercialização de produtos e serviços para animais, como rações e petiscos, itens de higiene, medicamentos, acessórios, brinquedos e outros. Porém, o valor de mercado da Petz, hoje, é de “apenas” 3,36 bilhões de reais, menos de 1% do valor da PetrobrasAlém disso, sua liquidez média diária é de R$ 78 milhões negociados ao dia.

Por isso, não faria sentido uma queda das ações da Petz afetar o Ibovespa tanto quanto uma queda da Petrobras, não é? É por essa razão que as empresas nos Índices têm pesos diferentes. Isso pode ser feito de várias formas, mas, no Ibovespa, o critério é Valor de Mercado.

Por isso, se fôssemos representar o Ibovespa com seus pesos respectivos em um gráfico, ele ficaria mais ou menos assim:

Fonte: Gráfico próprio com dados da B3

 

Ou seja, cada ação que passa nas regras do Ibovespa pega uma “fatia” de tamanho diferente dessa “pizza”, e o que determina o tamanho dessa fatia é seu Valor de Mercado. Assim, o Índice consegue representar mais fielmente o impacto que cada ação de fato tem na carteira.

 

O QUE É ETF E COMO FUNCIONA?

Certo, todo esse papo de Índices pode ter parecido meio deslocado dos ETFs até agora, mas não é!

E vai ser muito mais fácil você entender o que são ETFs agora!

A sigla ETF é a abreviação de Exchange Traded Fund.

Fundamentalmente, o ETF nada mais é do que um Fundo de Investimento em Ações, mas que, em vez de estar disponível na área de “Renda Variável” ou de “Fundos” da sua corretora, está listado na Bolsa de Valores.

Assim como as ações de uma empresa de capital aberto, como as ações VALE3 da Vale ou BBAS3 do Banco do Brasil, você pode comprar e vender “cotas” de um ETF no home broker de sua corretora, e acompanhar seu código e cotação variando de minuto a minuto.

Porém, o ETF não é um Fundo de Ações normal…

Diferentemente disso, a carteira de um ETF não é montada por um Gestor, a partir de sua estratégia para tentar maximizar o retorno. A carteira de um Fundo de Índice é gerida a partir do processo de Gestão Passiva, ou seja, ela replica um Índice. O Gestor não pode decidir colocar essa ação ou aquela, mais peso nessa ou mais peso naquela… ele só obedece o Índice que o ETF segue.

Por exemplo, um Fundo de Índice que segue o Ibovespa terá aquela composição exata que te mostrei antes. Se o Ibovespa cair 1% um dia, o  ETF também vai cair praticamente 1%. Se ele subir 1%, sua cota do ETF vai subir aproximadamente 1% também. (É uma aproximação porque os ETFs têm taxa, o que altera um pouco esses movimentos)

 

QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE INVESTIR EM ETF?

Essa natureza passiva das carteiras dos ETFs gera uma série de características próprias!

Vantagens de investir em ETFs:

  • Diversificação

A primeira e mais óbvia vantagem dos ETFs é a diversificação. Ao comprar cotas de um ETF, você já está comprando uma “cesta” com dezenas de ações de uma vez só. Investir em todas essas ações separadamente custaria muito dinheiro. Assim, o investimento em ETFs diminui o risco e proporciona uma grande diversificação  mesmo se você tiver pouco capital.

  • Economia de tempo

Ao adquirir um ETF, você não precisa gastar tempo analisando ação por ação. Você pode simplesmente entender as regras do Índice que ele segue e pronto. Você também não precisa avaliar o gestor do fundo, já que a estratégia é apenas replicar o desempenho de um Índice pré-definido. Portanto, investindo em ETFs você poupa tempo para fazer outras coisas que te interessam!

  • Baixo custo

Finalmente, vale mencionar que ETFs são muito baratos do ponto de vista de taxas. Justamente por haver pouco “trabalho de gestão”, a taxa de administração para ETFs é relativamente baixa quando comparada a de outros fundos. Ela gira em torno de 0,2% ao ano, enquanto, para Fundos de Ações tradicionais e de gestão ativa, é normal encontrarmos taxas que variam entre 2% e 3%.

 

Desvantagens de investir em ETFs: 

Porém, nem tudo são flores…

ETFs também têm desvantagens, como:

  • Baixo controle da composição da carteira

Embora a gestão refletindo um índice proporcione diversificação rápida e barata, além de economia de tempo, você abdica do controle. Você não decide em quais ações investe e não investe, e pode acabar colocando seu dinheiro em um ativo no qual não colocaria, ou deixar para trás um no qual gostaria de investir.

  • Sem benefício tributário

Diferente do que acontece com ações, o investidor não tem isenção de Imposto de Renda para vendas de ETFs que não ultrapassem R$ 20 mil. Para os ETFs, a alíquota é sempre de 15% sobre os lucros obtidos, não importando o volume da venda.

  • ETFs não pagam dividendos

Os ETFs, hoje, não pagam dividendos no Brasil. IMPORTANTE: Isso não quer dizer que você não recebe dividendos de ações, ou que eles somem ou vão pro bolso da gestão do fundo… Eles simplesmente são reinvestidos no próprio ETF automaticamente, antes de chegarem a você.

Para alguns investidores, isso pode ser uma benção, pois eles já reinvestiriam os dividendos nos ETFs de qualquer jeito. Porém, outros investidores gostam de receber o dinheiro mesmo, então isso poderia ser um ponto negativo.

Porém, vale ressaltar que isso deve mudar em breve, pois já foi aberta a porta para que ETFs que pagam dividendos cheguem à B3 em breve!

Os ETFs que já existem não começarão a pagar dividendos, mas devemos ver vários novos Fundos do tipo surgindo com essa proposta!

 

QUAIS OS PRINCIPAIS ETFs DISPONÍVEIS HOJE?

BOVA11 – O ETF DO IBOVESPA

Começando com um dos mais famosos, cujo foco é a Bolsa por completo!

Índice que segue: Ibovespa 

Busca representar: Resultado das empresas mais importantes do mercado de capitais brasileiro

Carteira: 

Fonte: Gráfico próprio com dados da B3

 

IVVB11 – O ETF PARA INVESTIR NO EXTERIOR

A gente não mencionou antes, mas os ETFs podem ser uma forma interessante de investir no exterior também! 

Índice que segue: S&P 500

Busca representar: Resultado das 500 principais empresas dos Estados Unidos

Carteira: 

Fonte: Seeking Alpha

 

HASH11 – O ETF DE CRIPTOMOEDAS

Além disso, ETFs também podem ser usados para acessar outros mercados, como o de criptomoedas!

Índice que segue: Nasdaq Crypto Index

Busca representar: Resultado das principais criptomoedas em circulação

Carteira: 

HASH11
Fonte: Gráfico próprio com dados do HashDex

 

GOLD11 – O ETF DE OURO

Além disso, ouro também aparece na Bolsa em forma de ETF!

Índice que segue: iShares Gold Trust

Busca representar: Performance do preço do ouro, em dólar

 

DIVO11  – O ETF DE DIVIDENDOS

Índice que segue: Índice Dividendos IDIV

Busca representar: Performance das melhores pagadoras de dividendos da Bolsa

Carteira: 

 

Fonte: Gráfico próprio com dados da B3

SMAL11 – O ETF DE SMALL CAPS

Índice que segue: Índice Small Caps SMLL

Busca representar: Resultado de empresas brasileiras de baixa capitalização de mercado

Carteira: 

Fonte: Gráfico próprio com dados da B3

 

VALE A PENA INVESTIR EM ETFs?

Agora que você já conhece melhor os ETFs e entende como eles funcionam, talvez já esteja pensando em adicioná-los à sua carteira…

 

Aprenda a gerar dividendos e planejar seus investimentos!

 

Porém, é importante lembrar que ETFs são ativos de renda variável, que apresentam riscos, e que devem compor seu portfólio de forma planejada e inteligente.

Se você tem interesse em um acompanhamento profissional para montar sua carteira e, quem sabe, investir em ETFs, temos o que está precisando!

A Faz Capital conta com um time de assessores profissionais de investimentos muito bem treinados para ajudar todos os nossos clientes a investirem de forma personalizada para seus objetivos!

Dessa forma, todas as decisões financeiras que você fizer terão uma segunda opinião especializada para te deixar tranquilo com seu patrimônio!

É só apertar aqui para falar conosco!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.