O que é Selic e CDI

O que é Selic, CDI e IPCA? Entenda e invista melhor

Selic, CDI, IPCA e TR…São siglas que podem dificultar bastante que alguém que ainda é novato no mercado financeiro entenda seus investimentos. Porém, isso acaba hoje! Neste artigo, vamos explicar toda essa “sopa de letrinhas” te dizendo o que cada uma delas significa e mostrando como elas afetam seus investimentos! E vamos começar falando da mais comentada de todas, a Selic.

O que é a Taxa Selic?

Se tivéssemos que resumir em uma linha, seria: O custo do dinheiro. Dizemos que a Taxa Selic é o “custo do dinheiro” porque ela é a taxa básica de juros da economia. Simplificando, ela é o quanto você vai receber se emprestar dinheiro para o Governo do Brasil. Entrando lá no site do Tesouro Direto, você vai encontrar um investimento chamado Tesouro SELIC, o investimento mais seguro do país:

 

Fonte: Tesouro Direto

Se você investir nesse título, todo ano até seu vencimento ele vai render um valor muito próximo da Taxa Selic acumulada no período. E quem define a Taxa Selic? O Banco Central, órgão responsável pela manutenção da estabilidade financeira e monetária do BrasilInclusive, a Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. 

Mas como isso acontece?

Pense assim: se a taxa de juros está baixa, ou seja, o governo está pagando pouco para você emprestar seu dinheiro para ele, talvez você decida não emprestar, não é?

Talvez você prefira comprar algo que você queira, abrir um negócio, investir na Bolsa ou algo assim. Talvez você até pegue um empréstimo, quando os juros estão baixos. Por isso, dizemos que a Selic baixa estimula o consumo e o investimento, barateando o crédito e o custo do capital. 

Ou seja, mais dinheiro circula, tornando o ambiente, também, mais propenso à inflação. Por outro lado, com uma taxa de juros mais alta, o governo paga mais pelo seu dinheiro, e talvez você, as empresas, os bancos e todo mundo prefira emprestar para ele mesmo, em vez de consumir ou investir na Bolsa de Valores.

Assim, a Selic alta acaba retraindo o consumo e os investimentos devido o encarecimento do crédito e custo de capital, tirando dinheiro de circulação e baixando a inflação. Recentemente, a flutuação da Selic foi assim:

Fonte: Banco Central

Vale lembrar que ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras de vários investimentos de Renda Fixa.

A Selic também influencia as taxas nominais, que ditam os títulos prefixados. Você nunca vai ver elas muito distantes da taxa básica de juros.

Por isso, quando você vê notícias de discordâncias entre o presidente da República e o presidente do Banco Central sobre o rumo da Taxa Básica de Juros, é importante que você entenda que esse é um assunto sério que envolve inflação, empréstimos, consumo, e mais. E falando em inflação.

O que é o IPCA?

IPCA é a sigla que damos ao principal índice de inflação do Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE e é tido como o indicador oficial de inflação do Brasil, sendo utilizado no regime de metas do Banco Central. 

As informações para calcular esse índice têm coleta, em geral, do dia 1 a 30 do mês de referência. O IPCA mede o preço de uma cesta de consumo representativa para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, em 13 áreas ​geográficas: 

  • Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, B​​elo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal, Goiânia e Campo Grande.​

Os bens considerados para o cálculo se dividem nas categorias: 

  • Alimentação e bebidas, educação, vestuário, transporte, comunicação, habitação, moradia, despesas pessoais e artigos de residência. 

O peso de cada item é definido com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). Finalmente, cabe mencionar que o histórico recente do IPCA no Brasil está assim:

 

Fonte: Banco Central

 

O IPCA é essencial para o conceito de meta para a inflação. Essa meta é anunciada publicamente e funciona como uma âncora para as expectativas sobre a inflação futura, permitindo que desvios do alvo sejam corrigidos ao longo do tempo.

A meta para a inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e cabe ao Banco Central (BC) adotar as medidas necessárias para alcançá-la. O IPCA também é indexador do Tesouro IPCA+ e do novo Tesouro Renda+.

Além disso, ele também define a rentabilidade das Debêntures, títulos de dívida emitidos por empresas como forma de captar recursos financeiros junto aos investidores.

O que é CDI? Qual a diferença para a Selic?

Mas agora, você pode estar se perguntando: “Entendi o que é SELIC e IPCA, mas o que é aquele CDI que eu tanto vejo quando vou no banco e na minha corretora?” Então vamos explicar: CDI é simplesmente a sigla para Certificado de Depósito Interbancário.

Segundo as regras do Banco Central, as instituições financeiras são obrigadas a terminar todos os dias com saldo positivoPorém, caso um banco tenha mais saques que o previsto, superando o número de depósitos, pode ser que sua conta fique negativa ao final do dia.

Para resolver isso, ele precisa pegar dinheiro emprestado de outro banco, em uma operação de curtíssimo prazo, apenas um dia. Mas esse dinheiro não é emprestado “de graça”. É cobrada uma taxa de juros própria para essa operação, que é o CDI. Ou seja, essa é a taxa que os bancos cobram um do outro para emprestar dinheiro entre si. 

Como o CDI impacta os seus investimentos

Mas, hoje, o CDI já é muito mais do que isso. Essa taxa também serve como base para remunerar diversas aplicações financeiras, como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e até serve como benchmark para fundos de investimento.

Por isso que você certamente já deve ter visto um investimento que oferece rendimento de, por exemplo, 110% do CDI. Isso significa que ele pagará uma taxa equivalente a 110% da variação do CDI durante o período de aplicação.

Esses investimentos costumam ser chamados de “renda fixa pós-fixada”, pois os ganhos são calculados com base na variação do CDI ao longo do tempo, e você não sabe exatamente qual será a rentabilidade. Mesma coisa que investimentos atrelados ao IPCA e à Selic. E falando em Selic, o CDI é sempre bem próximo dela! Por isso, dá quase para considerar a mesma coisa. 


O que é a Taxa Referencial?

Finalmente, aquela sigla que ninguém te explica o que é, mas que pode mexer sim no seu dinheiro. Estamos falando da TR, ou Taxa Referencial. Calculada pelo Banco Central, a Taxa Referencial é uma taxa de juros utilizada no cálculo de remuneração de alguns investimentos e também para a atualização monetária de valores.

Ela chegou a ser bem mais importante na década de 90, mas, ao longo dos anos, perdeu relevância como referência de remuneração de investimentos, e, desde 2012, tem se mantido em patamares muito baixos, muitas vezes próximos a zero.

Mesmo tendo menor abrangência no mercado, ela ainda é usada como parte da rentabilidade de alguns ativos financeiros, como:

Poupança

Desde 2012, com a mudança no cálculo da sua remuneração, o rendimento da poupança funciona assim:

  • Se a Selic for maior ou igual a 8,5% ao ano: rendimento de 0,5% ao mês + TR.
  • Para taxa Selic inferior a 8,5% ao ano: rentabilidade de 70% da taxa Selic + TR.

FGTS

No Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), uma alíquota de 8,0% do salário bruto é descontada mensalmente e é alocada em um fundo que possui rentabilidade de 3,0% ao ano + Taxa Referencial.

Títulos de Capitalização

Estas aplicações são oferecidas pelos bancos, onde o poupador pode concorrer ao sorteio de prêmios enquanto o dinheiro está aplicado.

A rentabilidade dos títulos de capitalização costumam ser a Taxa Referencial mais um valor fixo. Devido à baixa relevância da TR hoje em dia como taxa de remuneração, outros índices, como a Taxa Selic e o CDI que comentei, assumiram o holofote como referências para investimentos financeiros no Brasil.

E, agora, você conhece quatro siglas essenciais para entender o mercado financeiro e seus investimentos. Esperamos que tenha gostado do artigo, e continue nos acompanhando aqui na Faz Capital para ler os próximos!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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