Warren Buffett

Warren Buffett: quais as ações do maior investidor da história, e como ele investe?

Neste texto você vai aprender:

Hoje, vamos explicar tudo que você precisa saber sobre o método Warren Buffett de investimento, dizer qual estratégia ele usa para escolher ações e o que ele busca nas empresas nas quais coloca seu dinheiro!

Assim, você saberá como ele administra uma carteira de investimentos que é vencedora há muitas décadas, e como esses ensinamentos podem ser usados na sua carteira!

QUEM É WARREN BUFFETT?

Para quem não conhece ele tão bem, Warren Buffett é, inegavelmente, um dos maiores investidores da história!

Começando a empreender ainda quando criança, vendendo pipoca, chicletes e refrigerantes, pouco a pouco, Buffett foi acumulando riqueza, e sempre teve um olho para como conseguir dinheiro.

Ao longo da juventude, foi juntando mais e mais dólares, aprendendo sobre investimentos na Bolsa e ampliando seu patrimônio através do investimento em ações.

A primeira ação que Warren Buffett comprou foi aos seus 10 anos de idade, e ele conseguiu acumular mais de 90 mil dólares antes mesmo de se formar no ensino médio.

Depois disso, com os ensinamentos de seu mentor Benjamin Graham, ele realizou investimentos de sucesso, até se tornar dono da Berkshire Hathaway, empresa que administra até hoje, investindo mais de 350 bilhões de dólares.

EM QUAIS AÇÕES WARREN BUFFETT INVESTE?

A empresa que Buffett comanda hoje, a Berkshire Hathaway, que ele adquiriu nos anos 1960, é uma holding que figura entre os maiores acionistas de empresas gigantescas…

Nela, ele e seu parceiro de negócios, Charlie Munger, administram bilhões de dólares, investindo em ações de boas empresas a preços atrativos!

Fonte: CNBC

Podemos ver que, apenas entre as 15 maiores posições da Berkshire Hathaway, aparecem algumas companhias famosas, como:

  • Apple
  • Bank of America
  • American Express
  • Coca-Cola
  • Chevron
  • Kraft Heinz
  • HP
  • Citi Bank
  • E outras…

Alguns casos que valem ser mencionados mais a fundo são:

1. Coca-Cola

Coca-Cola talvez seja a compra mais conhecida e característica de Warren Buffett…

Até porque ele sempre foi consumidor da empresa, então ele experimentava “em primeira mão” a qualidade de seu negócio.

Como investidor, a história de Warren Buffett com a companhia começou 35 anos atrás, em 1988, quando ele comprou suas primeiras ações dela. 

A empresa passava em todos os filtros de Buffett, e ele via muito potencial de longo prazo nela, mesmo quando muitos outros discordavam.

De lá para cá, as ações KO valorizaram mais de 2.260% enquanto o S&P 500 registrou um retorno de cerca de 1.440% no mesmo período.

Mas ele não ganhou apenas 2.260% com essas ações…

Até hoje, a Coca-Cola já gerou um retorno de mais de 5.000% para a Berkshire, pois Warren Buffett reinvestiu os dividendos recebidos pela ação da Coca, aumentando cada vez mais sua posição.

2. Apple

A Apple também é um investimento emblemático de Buffett!

A Apple é hoje, de longe, a maior posição da Berkshire Hathaway… mas nem sempre foi assim.

Muita gente, inclusive, acredita que Buffett entrou “tarde demais” na empresa, mas isso é apenas mais um exemplo de aderência dele ao método que usa.

A Berkshire Hathaway só entrou na Apple quando Buffett e Munger realmente entenderam o negócio da empresa. 

E tudo bem. Eles dizem que não têm pressa, mas sim apego à sua estratégia. E isso que faz eles serem investidores diferenciados.

3. Nubank

E, finalmente, um investimento brasileiro de Buffett!

Em junho de 2021, quatro meses antes do IPO do Nubank, o bilionário fez um aporte de US$ 500 milhões no banco digital. E não parou por aí…

Segundo a Bloomberg, antes da oferta inicial de ações, a Berkshire Hathaway chegou a aumentar sua participação na fintech brasileira para 10% das ações colocadas na oferta inicial.

Quando abriu o capital, o banco digital chegou a ser avaliado em US$ 41,5 bilhões, valor que faria dele o maior banco listado da América Latina – superando o Itaú, inclusive.

E, desde então, os resultados foram… fracos.

O Nubank é uma das posições com pior desempenho na carteira da Berkshire.

Será que o Oráculo de Omaha viu algo que o mercado não viu ainda?

Isso só o tempo vai dizer!

Mas, mais do que as ações, é importante entender como Buffett chegou a essas compras.

E é isso que vamos mostrar a seguir!

QUANTO A CARTEIRA DE WARREN BUFFETT RENDE?

Com os conhecimentos de Warren Buffett e Charlie Munger, o patrimônio da Berkshire cresceu de forma inacreditável nas últimas décadas, através deste investimento inteligente em ações por parte de seus sócios.

Os resultados podem ser vistos nessa tabela abaixo, retirada da Carta aos Acionistas que os dois sócios disponibilizam anualmente aos acionistas da Berkshire e ao mercado de forma geral:

Fonte: Scribd

É possível ver que, desde 1965, o índice S&P 500, que representa a Bolsa dos EUA como um todo, cresceu uma média de 9,9% ao ano, enquanto a Berkshire Hathaway cresceu uma média de 19,8%, ou seja, o dobro.

Com isso, entre 1964 e 2022, o S&P 500 cresceu um total de 24.708%, enquanto a Berkshire cresceu ABSURDOS 3.787.464%…

Isso é um resultado que mais ninguém conseguiu obter com a consistência e longevidade de Buffett.

Agora, vamos descobrir ele escolhe ações, e como ele consegue esses resultados!

COMO WARREN BUFFETT INVESTE?

Apesar de ter começado sua jornada no mercado como um legítimo investidor em valor, buscando comprar empresas muito abaixo do seu valor intrínseco e vendê-las quando elas subissem, Buffett ficou mais conhecido por ser um símbolo vivo da filosofia do Buy and Hold!

A fortuna do Oráculo de Omaha, como é conhecido, veio majoritariamente dessa estratégia que ele aplica há pelo menos 50 anos, que, traduzida para o nosso idioma, significa “comprar e segurar”

O que é o Buy and Hold?

Esse método de investimento consiste em comprar ações de uma determinada empresa e mantê-las em sua carteira durante alguns anos, ou talvez para sempre. 

Isso porque o foco é ser “sócio de grandes negócios”, ganhando com a valorização, e os lucros divididos por eles, principalmente na forma de dividendos.

Quem investe com esse método não está muito preocupado se a ação vai cair ou subir nos próximos dias, e, portanto, essa técnica é o oposto de outras como day trade, por exemplo, que pressupõe comprar e vender ações em um mesmo dia, aproveitando a diferença entre o preço inicial e final. 

“Buy and Holders” como são chamados os investidores que seguem o Buy and Hold, compram uma ação porque acreditam no potencial da empresa de se valorizar no longo prazo. 

Por isso, para que o método seja bem-sucedido, é essencial que o investidor estude bem as empresas das quais deseja ser cotista, e crie uma carteira coesa com elas.

Porém, fazendo essa gestão ativa da forma certa, como Buffett faz, você pode ter várias vantagens.

Quais as vantagens do Buy and Hold?

  1. Custos mais baixos: Menos corretagem e IR sobre vendas;
  2. Simplicidade: Após estudar a fundo a empresa e comprá-la, você só precisa manter as ações em sua carteira, comprar mais e manter-se informado, sem grandes movimentações;
  3. Desconsidera ruídos de curto prazo: Os holders não se importam com quedas de curto prazo no mercado, que são justamente o que tira o dinheiro – e o sono – dos outros investidores;

Mas como Buffett decide em quais ações investir? É isso que descobriremos a seguir!

COMO WARREN BUFFETT ESCOLHE SUAS AÇÕES?

A verdade é que a análise de ações por Warren Buffett é surpreendentemente mais simples do que muitas pessoas imaginam…

Inclusive, o excelente livro “O Jeito Warren Buffett de Investir”, de Robert Hagstrom, resumiu os ensinamentos de Buffett em suas cartas ao longo dos anos em apenas 12 princípios, divididos em 4 pontos de análise:

1. Princípios do Negócio

Para Buffett, ações são uma “abstração”.

Ou seja, são uma forma abstrata de representar algo que existe realmente no mundo físico.

O Oráculo de Omaha, diferente de muitas pessoas estudiosas do mercado, não vê as ações da Bolsa de Valores em termos de teorias do mercado, tendências de setor, cenários macroeconômicos…

Ele vê elas como pequenas partes de um negócio.

Essa é a primeira coisa à qual ele presta atenção.

Por isso, ele está interessado em entender o negócio por trás das ações, e, para isso, usa 3 princípios:

  • O negócio deve ser simples de entender, ou seja, ele foca na sua esfera de conhecimentos e não compra o que não entende;
  • O negócio deve ter um histórico de operações consistente, deve ter tido resultados interessantes no passado;
  • O negócio deve ter perspectivas boas de longo prazo, porque de nada adianta o negócio ter ido bem no passado se você ter motivos reais para julgar que ele vai ir mal no futuro;

Apenas se esses 3 princípios são confirmados, Buffett passa para a segunda parte de sua análise:

2. Princípios de Gestão

Para Buffett, as companhias que a Berkshire compra devem ter gestores honestos, competentes, e nos quais ele pode confiar.

Até por isso, ele disse na Carta aos Acionistas deste ano: “Somos compreensivos com erros nos negócios, mas nossa tolerância para má conduta é zero.”

Portanto, ele aplica os 3 princípios seguintes para escolher suas aquisições:

  • A gestão deve ser racional, ou seja, aplicar os recursos e esforços de forma que faça sentido para a atividade da empresa;
  • A gestão deve ser transparente, e não esconder nada dos acionistas;
  • A gestão deve resistir ao “Imperativo Institucional”. “Imperativo Institucional” é o nome que Buffett deu à tendência de gestores de imitarem os comportamentos uns dos outros, mesmo quando são irracionais. O gestor ideal, para Buffett, deve estar pronto para ir contra a maioria quando necessário para o negócio;

Até aqui, se o negócio e a gestão passaram, tudo bem…

Mas é hora de Buffett julgar se o negócio é realmente lucrativo, e ele tem alguns métodos para isso!

3. Princípios Financeiros

Esses são os 4 princípios pelos quais Buffett avalia a excelência e o desempenho do negócio.

  • A empresa deve ter bom ROE, ou seja, bom retorno em relação ao PL que os acionistas colocaram nela;
  • A empresa deve ter bons “lucros do proprietário”, que são LL + depreciação e amortização – investimentos em capital;
  • A empresa deve ter boas margens de lucro, o que é auto explicativo;
  • Para cada dólar retido, a empresa deve criar pelo menos 1 dólar de valor de mercado, pois só assim vale a pena investir nela;

4. Princípios de mercado

E, mesmo quando o negócio é bom, a gestão é competente e os resultados são satisfatórios… a ação ainda precisa passar numa última prova…

E essa aqui MUITA gente esquece em seus investimentos.

Especialmente investidores novatos.

Você precisa pagar um valor bom pela ação.

Até por isso, lembramos daquela frase clássica de Buffett: 

“É melhor comprar uma empresa maravilhosa a um preço justo do que uma empresa justa a um preço maravilhoso”

Portanto, os 2 últimos princípios são:

  • Você precisa saber o valor real do negócio, para ter alguma noção de quanto pagar por ele;
  • O negócio precisa ser comprado com um desconto significativo em relação ao seu valor real, para que você tenha uma margem de segurança, e um lucro potencial já de início se o negócio for bem;

Apenas depois de todos esses 12 princípios Warren Buffett realiza suas compras.

É claro: você não precisa seguir todos os princípios dele à risca.

Talvez alguns deles te ajudem, realmente, a escolher melhores ações e se sentir mais tranquilo com seus investimentos.

Talvez você prefira inclusive ter um profissional te ajudando a montar sua carteira de investimentos e a escolher suas ações…

Nesse caso, é só apertar aqui para falar conosco e descobrir como nossos profissionais podem te ajudar a investir melhor!

Esperamos que este artigo tenha te ajudado a entender melhor o método de investimentos do maior investidor do mundo, e nos vemos no próximo!

 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.