Carteira de Investimentos

Carteira de Investimentos: como criar do zero?

Neste texto você vai aprender:

Como criar uma carteira de investimentos do zero? Essa é a pergunta que passa pela cabeça de quase todos os investidores iniciantes, que querem colocar seu dinheiro para trabalhar. E, neste artigo, vamos explicar exatamente isso.

Vamos contar o que você precisa saber sobre si mesmo antes de investir, e te mostrar 3 técnicas de administração de carteira que você pode usar. E você vai sair sabendo também as diferentes peças que você pode usar para construir seu portfólio, entre Renda Fixa e Variável.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA CONSTRUIR UMA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS

Não dá para querer investir seu dinheiro sem saber de algumas coisas básicas antes.

E a primeira coisa que você precisa entender bem é… você mesmo! Mais especificamente, você precisa ter uma boa noção de 2 pontos sobre você mesmo. Primeiramente:

Entender por que você está montando essa carteira de investimentos

E não, a resposta aqui não pode ser “para ganhar dinheiro” ou “para meu patrimônio não perder para a inflação”. Estamos falando de objetivos reais, que você quer atingir com esse investimento. Você quer uma casa nova? Pagar a faculdade de seus filhos? Ou simplesmente se aposentar com um conforto que o INSS não vai fornecer?

Qualquer que seja seu objetivo, é importante você ter clareza dele, pensar nele e até anotá-lo. Pois, fazendo isso, você dará um “peso” à sua carteira. Desta forma, ela vai deixar de ser só dinheiro e virar “o caminho para seus sonhos”. Assim, você montará ela com a seriedade que isso demanda.

O segundo ponto é:

Entender o quanto você está disposto a ver sua carteira cair no curto prazo

Os investimentos não ficam sempre parados. Eles têm dias bons e dias ruins, sobem e descem. Às vezes, eles têm até meses e anos bons e ruins. E você vai sentir isso pelo menos um pouco na sua jornada. Então, sua carteira vai ter momentos de resultados piores e até quedas. Isso é uma consequência de investir.

A questão é quanto você está disposto a ver sua carteira de investimentos cair no curto prazo, em questão de 1 semana? 10%? 30%? Talvez até 50%, se você for bem aberto a riscos? Essa é uma informação muito importante, pois ela não apenas vai te ajudar a escolher o método de montagem de carteira entre os 3 que vamos mostrar, como as peças que você vai usar e as proporções entre elas.

E aí, você já tem noção de quais objetivos quer alcançar investindo? E de quanto topa ver sua carteira cair sem perder o sono com isso? Se sim, agora vamos ver as 3 principais formas de montar uma carteira de investimentos!

AS 3 FORMAS DE CRIAR UMA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS

1) Buy and Hold

Esse método de investimento é extremamente famoso, e tende a ser o favorito de pessoas que querem investir com foco em uma carteira previdenciária, ou seja, com foco em gerar renda passiva no longo prazo.

Alguns dos maiores investidores investem através do Buy and Hold, como Warren Buffett, e, aqui no Brasil, como Luiz Barsi, o maior investidor pessoa física da Bolsa brasileira. O Buy and Hold tem foco maior em ações e, nessa frente, pressupõe comprar papéis de uma determinada empresa e mantê-las em sua carteira durante alguns anos, ou talvez para sempre. 

Isso porque o foco é ser “sócio” de seus investimentos no longuíssimo prazo, ganhando com a valorização, e os lucros/juros distribuídos por eles.

Assim, quem investe com esse método normalmente é quem não está muito preocupado se seus investimentos vão cair ou subir no curto prazo, então lembre de suas respostas lá atrás! Porém, para que o método seja bem-sucedido, ele requer bastante estudo, pois o foco é manter os investimentos por bastante tempo.

Vantagens do Buy and Hold: 

  • Custos mais baixos
  • Simplicidade
  • Desconsidera ruídos de curto prazo

Desvantagens do Buy and Hold

  • Requer tempo e estudo
  • Requer mais tolerância com quedas

O Buy and Hold é ideal para: 

Quem quer investir para o longo prazo, tomando suas decisões com pensamento forte por trás, e que está disposto a tolerar momentos ruins mantendo a carteira de investimentos.

2) CPPI – Constant Proportion Portfolio Insurance

O nome pode parecer difícil, mas garantimos que o CPPI é bem simples. Essa é uma estratégia utilizada na criação de um portfólio de investimentos que combina elementos de risco, como ações, com investimento em ativos de menor risco, como títulos de Renda Fixa

O objetivo principal do método CPPI é sempre te deixar com um “colchão de proteção”, enquanto ainda permite a participação nos ganhos de ativos mais arriscados. O investidor decidirá o quanto está disposto a ver sua carteira de investimentos cair e investirá em ativos de risco em proporção a isso, deixando o restante em ativos conservadores, que servirão como o “colchão”. 

O valor do multiplicador é baseado no perfil de risco do investidor e é obtido perguntando primeiro qual poderia ser a perda máxima em um dia no investimento arriscado. O multiplicador será o inverso dessa porcentagem. À medida que o valor da carteira muda ao longo do tempo, o investidor a reequilibra de acordo com a mesma estratégia.

Exemplo de carteira de investimentos com estratégia CPPI

Considere uma carteira hipotética de R$ 100.000, da qual o investidor decide que $ 90.000 é o piso absoluto, não pode cair mais que issoSe você considerar que 20% é a possibilidade máxima de “crash” de seus investimentos em risco, o valor do multiplicador será (1/0,20) ou 5.

Desta forma, com base nas informações fornecidas, o investidor alocaria 5 x ($ 100.000 – $ 90.000) ou $ 50.000 para o ativo de risco, com o restante indo para o caixa ou para o ativo conservador. Quando o valor do portfólio aumenta, a alocação em ativos de risco aumenta, e quando o valor do portfólio diminui, a alocação em ativos de risco é reduzida para proteger o capital. 

Vantagens do CPPI: 

  • Possibilidade de perda controlada
  • Clareza
  • Simplicidade

Desvantagens do CPPI: 

  • Potencial de retorno menor
  • Necessidade de adequar a carteira ao longo da jornada

 

Aprenda a gerar dividendos e planejar seus investimentos!

O CPPI é ideal para: 

Quem quer investir controlando os riscos, mesmo abdicando um pouco dos possíveis retornos, e se sente bem atualizando e corrigindo a carteira de investimentos.

3) Constant-mix – Alocação de Ativos

Ao contrário do método CPPI, que é baseado em um modelo dinâmico, o método Constant Mix segue uma abordagem estática. No método Constant Mix, também conhecido aqui no Brasil como “Alocação de Ativos”, o investidor decide uma proporção fixa de alocação entre diferentes classes de ativos, como Ações, títulos de Renda Fixa e outros. 

Essa proporção é mantida constantemente ao longo do tempo, independentemente das flutuações nos valores dos ativos. Digamos que o investidor decidiu fazer uma carteira extremamente simples: 70% em Renda Fixa e 30% em açõesEle pensou em seus objetivos, sua tolerância ao risco, e decidiu que essa é a carteira ideal para ele.

Então ele investe assim, e cada vez que ele coloca mais dinheiro, ele busca manter assim.

  • Ações subiram? Ele compra mais Renda Fixa.
  • Ações caíram? Ele coloca mais em Ações.

Esse é o método de pensar em um alvo e seguir com ele para sempre.

Vantagens do Constant-mix/Alocação de Ativos: 

  • Lógica clara que pode ser levada para dentro das classes de ativos
  • Facilidade total de saber o que comprar (a carteira “te diz”)

Desvantagens do Constant-mix/Alocação de Ativos: 

  • Necessidade de certo conhecimento financeiro para criar sua carteira ideal
  • Necessidade de monitoramento e ação regular

Constant-mix/Alocação de Ativos é ideal para: 

Quem se conhece bem e sabe quais investimentos quer ter. Além disso, é importante estar olhando para a carteira regularmente. Pensou em qual dessas estratégias de montagem de carteira combina mais com você? 

E agora vamos mostrar quais as “peças” ou seja, os investimentos que você pode usar para criar sua carteira!

OS DIFERENTES TIPOS DE INVESTIMENTOS PARA SUA CARTEIRA

As principais peças utilizadas em carteiras de investimentos podem ser, basicamente, divididas em 2 grandes “grupos”.

Renda Fixa

Primeiramente vamos analisar os investimentos em Renda FixaEsses são basicamente aqueles investimentos em que você empresta um dinheiro para alguém, e recebe juros em troca de ter emprestado esse dinheiro. 

Esse pagamento de juros pode ser feito de 3 formas principais:

  1. Prefixada: Ou seja, quando a sua rentabilidade já é determinada no momento da aplicação (ex: 10% ao ano). Você já sabe exatamente quanto vai receber desde o início;
  2. Pós-fixada: Quando a sua rentabilidade é atrelada a uma variável determinada, mas cuja rentabilidade é desconhecida no momento da aplicação (ex: 110% do CDI ao ano);
  3. Atrelada à inflação: Quando a sua rentabilidade é atrelada à inflação no período de investimento (ex: IPCA + 5% ao ano);

No entanto, existem vários fatores que influenciam a rentabilidade dos títulos de Renda Fixa, como SELIC, CDI, IPCA, e encorajamos muito que você assista a esse vídeo para entendê-los melhor:

Esse “setor” da sua carteira de investimentos pode ter uma variedade grande de investimentos também, desde títulos do Tesouro Direto, emitidos pelo Governo, até LCIs e LCAs, que te permitem investir no mercado imobiliário e no agro tendo lucros regulares, e as famosas CDBsPor isso, recomendamos que você estude bastante as possibilidades para montar a parte de Renda Fixa de sua carteira, seja ela do tamanho que for!

Renda Variável

Como já vimos, a Renda Fixa é quando você empresta seu dinheiro adquirindo um título. Já a Renda Variável, por outro lado, é o nome dado aos investimentos que você compraPode-se tratar de um imóvel que você adquiriu, ações de uma empresa, criptomoedas e vários outros ativos.

A grande diferença entre as rendas Fixa e Variável é que, na Renda Variável, não há garantia de retorno. A empresa que sempre paga dividendos pode parar de pagar. Seu apartamento pode não alugar um tempo. A criptomoeda que você comprou pode começar a despencar em vez de subir.

Por isso, dizemos que a área de Renda Variável é o setor de “risco” da sua carteira. É aqui que você vai colocar o capital que você topa ver caindo no curto prazo, para que ele tenha possibilidade de crescer e trazer grandes retornos no longo prazo.

Por isso, nossas recomendações aqui é que você foque em:

  • Diversificar seus investimentos em Renda Variável (e em Fixa também)
  • Investir em ativos que você entende e conhece
  • Aprenda cada vez mais a fazer a boa seleção de ações

Assim, você vai conseguir criar uma carteira equilibrada e com potencial!

COMO A FAZ CAPITAL PODE AJUDAR?

Sabemos que, mesmo com guias como esse, tem bastante gente que prefere ter a ajuda de um profissional para pensar em todos esses pontos e encontrar a sua carteira ideal.

E isso é uma excelente ideia, mas… Você precisa ter certeza de que o profissional te auxiliando é competente, e que ele alinhamento de interesses com você.

É por isso que deixamos a dica de você clicar aqui e falar com um especialista da Faz, que pode te ajudar a investir melhor com total transparência!

 

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.