Você já pensou em investir em Renda Fixa no exterior, mandando seu dinheiro lá para fora e recebendo juros regulares em dólar, com segurança?
Isso não é um sonho: é uma possibilidade real ao seu alcance!
Neste artigo, vamos falar mais sobre a Renda Fixa internacional, as razões para você considerar investir nela, e 5 tipos de investimento com os quais você pode começar!
Por que investir em Renda Fixa no exterior?
A Renda Fixa é o investimento favorito dos brasileiros.
Segundo a B3, em 2024, havia 17,7 milhões de investidores em Renda Fixa no Brasil.
E, para muitos, a nossa Renda Fixa é a melhor do mundo, devido às altas taxas de juros reais (ou seja, acima da inflação) que possuímos no Brasil.
Porém, também vale lembrar que o mercado de capitais brasileiro corresponde a meros 2% do volume global. Ou seja, há cerca de 50 vezes mais movimentação de capital lá fora do que no mercado nacional.
Isso, aliado a incertezas macroeconômicas, crise fiscal e Risco-Brasil, leva muitos investidores a buscarem Renda Fixa no exterior, para aproveitar:
- Rendimentos em dólar e proteção cambial, expondo seu patrimônio a moedas além do real, protegendo-se da desvalorização da nossa moeda.
- Segurança, pois os títulos do Tesouro dos EUA são considerados os investimentos mais seguros do mundo, como veremos a seguir.
- Menor risco de inflação, já que a taxa de juros no Brasil é alta porque a inflação e o risco fiscal são elevados. Se o governo precisar cortar os juros no futuro, a rentabilidade da renda fixa pode cair rapidamente. Já no exterior, os juros são mais estáveis e previsíveis.
Mas quais os investimentos que você pode usar para levar parte da sua Renda Fixa “lá para fora”?
É disso que falaremos a seguir!
Quais os principais investimentos de Renda Fixa internacional?
Para este artigo, separamos 5 investimentos de Renda Fixa em dólar que você pode fazer para internacionalizar seus investimentos:
1. Treasuries
Treasuries é o nome dado aos títulos do tesouro dos EUA – o equivalente dos nossos títulos do Tesouro Direto aqui no Brasil.
A diferença é que esses investimentos são conhecidos como os mais seguros do mundo. Basicamente, “risco zero”.
Mas o que eles são, exatamente?
Bom, o Estado americano é historicamente deficitário. Conforme dados do Departamento de Tesouro americano, nos últimos 50 anos os EUA tiveram apenas 5 anos com superávit (arrecadação superior aos gastos). E a última vez que isto aconteceu foi em 2001.
Isso quer dizer que os Estados Unidos precisam financiar seus gastos pesados com a emissão de dívidas, e os Treasuries são justamente esses títulos.
Existem quatro principais tipos de Treasuries:
- Treasury Bills (T-Bills): títulos de curto prazo (até 1 ano) vendidos com desconto e sem pagamento de cupons (juros). O investidor ganha no vencimento.
- Treasury Notes (T-Notes): títulos de médio prazo (de 2 a 10 anos) que pagam juros semestrais (cupons) e devolvem o valor principal no vencimento.
- Treasury Bonds (T-Bonds): títulos de longo prazo (acima de 10 anos, podendo chegar a 30 anos), também pagando juros semestrais.
- Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS): que ajustam seu valor de acordo com a inflação para proteger o investidor da perda de poder de compra.
Vantagens dos Treasuries:
✅ Segurança máxima
✅ Variedade de prazos
✅ Liquidez
✅ Proteção cambial
2. Municipal Bonds
Como você vê, os Treasuries são apenas mais uma forma de realizar um dos investimentos mais tradicionais do mundo: emprestar dinheiro para o Governo.
E, no Brasil, apenas o Governo Federal pode emitir dívida. Porém, em diversos países, esse não é o caso.
Os Municipal Bonds (ou munis) são títulos de dívida emitidos por municípios, governos estaduais, distritais e até mesmo autoridades de trânsito.
Através deles, você empresta dinheiro para construir escolas, pontes e hospitais, por exemplo, e o governo local promete te pagar de volta com juros.
Existem 2 tipos principais de Municipal Bonds:
- General Obligation Bonds (GO Bonds): garantidos pela capacidade de arrecadação de impostos do governo emissor, e, por isso, considerados mais seguros, pois o governo pode aumentar impostos para pagar a dívida.
- Revenue Bonds: com juros pagos exclusivamente com a receita gerada por um projeto específico, como pedágios, taxas de água ou energia elétrica. Apresentam risco maior, pois dependem do desempenho financeiro do projeto financiado.
Outros países também já contam com esta opção de investimento, como Reino Unido, Canadá, Austrália, Japão e Alemanha, mas é mais difícil encontrá-los disponíveis em sua conta global para aquisição.
Para acessar Municipal Bonds de países que não os EUA, é mais prático fazê-lo por meio de algum ETF, como o Vanguard Total International Bond Index Fund, por exemplo.
Vantagens dos Municipal Bonds:
✅ Rendimentos isentos nos EUA
✅ Renda passiva estável
✅ Proteção cambial
3. Certificates of Deposit
Se você entende bem como os CDBs funcionam aqui no Brasil, você já tem uma boa noção do que são os Certificates of Deposit lá nos Estados Unidos!
Se você não os entende, eles são, basicamente, uma forma de emprestar dinheiro para uma instituição bancária, que depois o empresta seu dinheiro a terceiros, pagando juros a você.
Estes tipos de certificados são populares aqui no Brasil por sua simplicidade. Para um investidor que não quer estudar a fundo opções de investimento, a escolha de um deles depende basicamente de dois fatores: prazo de vencimento e taxa de juros.
Naturalmente, a tendência é que, quanto mais longo o prazo de resgate, maiores os juros, mas é preciso consultar a instituição bancária escolhida para ter certeza.
Existem Certificates of Deposit de duas categorias: zero-coupon e tradicionais.
- Zero-coupon são vendidos por um valor inferior ao de face (você paga, digamos, US$ 900 por um CD de US$ 1.000, embolsando a diferença no vencimento).
- Tradicionais costumam pagar cupons em dinheiro na conta do investidor anualmente. Desta forma, investindo em uma cesta de CDs com vencimentos em meses diferentes, o investidor pode receber um fluxo de renda passiva bastante previsível e constante.
➡️ Além disso, vale mencionar que, assim como CDBs são cobertos pelo FGC até R$ 250 mil por CPF por instituição aqui no Brasil, por lá os CDs têm cobertura do FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), que garante o pagamento de até 250 mil dólares caso a instituição financeira não honre suas obrigações!
Por que investir em Certificates of Deposit?
✅ Proteção do FDIC
✅ Renda passiva previsível
✅ Proteção cambial
4. Perpetual Bonds
Quanto tempo de investimento você considera “longo prazo”?
6 meses? 2 anos? 15 anos?
A percepção de prazo varia muito de investidor para investidor, e de local para local.
Uma coisa com a qual todos podem concordar, no entanto, é que “para sempre” é longo prazo, não é?
É aí que entram os Perpetual Bonds, títulos de dívida sem vencimento, ou seja, que pagam juros (cupons) indefinidamente.
Ou seja, eles funcionam como uma Renda Fixa vitalícia, desde que o emissor (geralmente bancos ou governos) continue honrando os pagamentos.
Nesses investimentos, o Coupon Type é o nome dado à forma como os juros são calculados. Normalmente são Fixed (os juros são sempre os mesmos contratados), Floating (a taxa varia conforme um índice ou outro ativo) e Step-Up (a remuneração aumenta com o passar do tempo).
Mas como isso faz sentido para o emissor? Ganhar o dinheiro uma vez e pagar para sempre?
Bom, o que torna esse título interessante para o emissor é o fato de que ele nunca precisa devolver o principal, apenas pagar os juros periodicamente, o que melhora sua estrutura de capital e liquidez.
Além disso, muitos desses Perpetual Bonds são callable, ou seja, pode ser recomprado pelo emissor, encerrando o investimento.
Vale mencionar que essa opção de encerrar o investimento é do emissor, não do investidor. Se você precisar do principal em uma emergência, terá problemas em acessar o dinheiro, ou seja, a liquidez pode ser um problema.
Por que investir em Perpetual Bonds?
✅ Cupons eternos
✅ Juros (normalmente) mais altos que a média dos Bonds
✅ Proteção cambial
5. Convertible Bonds
Muitos investidores vivem na dúvida sobre qual percentual alocar em Renda Fixa e em Renda Variável…
Os Convertible Bonds podem ajudar com isso, por serem um investimento que começa como Renda Fixa, mas que você pode converter futuramente em ações.
Conhecidos no Brasil como debêntures conversíveis, esse tipo de ativo funciona inicialmente como qualquer título de dívida de uma grande empresa: tem prazo, taxa de juros, rating de risco, etc.
A principal diferença é o direito que vem embutido nele…
Geralmente ao final do prazo do bond, o investidor pode optar por receber o principal investido ou convertê-lo em ações da companhia emissora.
O preço para se ter esse direito é uma rentabilidade mais baixa do que ele teria com um Bond puro, mas o benefício de poder se tornar acionista da empresa emissora lá na frente pode valer a pena.
Na verdade, de acordo com um estudo do gigante de serviços financeiros UBS, na média, sim, vale a pena.
Não só os convertible bonds apresentaram volatilidade menor do que ações, trouxeram uma rentabilidade anual superior.
Ou seja, pode ser um investimento muito interessante lá fora para quem quer rentabilidade e flexibilidade!
Por que investir em Convertible Bonds?
✅ Rentabilidade e volatilidade historicamente boas
✅ Flexibilidade para trocar por ações no vencimento
✅ Proteção cambial
Vale a pena investir em Renda Fixa internacional?
Agora que você já sabe bem mais sobre Renda Fixa internacional, será que vale a pena colocar parte do seu dinheiro em aplicações fixadas no exterior?
Existem diversas vantagens nessa decisão – porém, investir em Renda Fixa lá fora pode ser mais desafiador do que fazer isso no Brasil.
Por isso, recomendamos que você fale com um de nossos assessores antes de fazer esse investimento! Através do ecossistema da XP Investimentos, é possível encontrar grandes oportunidades nesses segmentos!
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